terça-feira, 17 de abril de 2018

Amigos

No fim de semana passado, festejámos em grande os 50 + 1 da minha amiga Sara, que tenho o privilégio de conhecer desde os primeiros tempos em Urbana. Conhecemo-nos na High School, onde os nossos filhos eram colegas, e rapidamente nos tornámos amigas, e aos poucos inseparáveis. É com ela que faço as minhas "noitadas" de Sexta-feira, é a ela que mando uma mensagem quando a meio do fim de semana me apetece sair e ir tomar um café. É com ela que partilho as coisas boas e também as menos boas. Sei o que ela gosta, e como vai reagir nas mais diversas situações. Acho que uma das razões pelas quais nasceu entre nós uma enorme cumplicidada é o facto de as nossas vidas, apesar de só se terem cruzado muito recentemente, apresentarem uma série de paralelismos engraçados. 

Há quem ache que os grandes amigos são aqueles que fazemos quando somos mais novos, porque nos acompanham desde sempre e estiveram presentes em todas as diferentes fases da nossa vida; há ainda quem ache que se temos a sorte de ter bons amigos, não há necessidade, nem espaço, para novos. Eu não acho nada disso. Adoro os meus amigos de sempre e sou uma sortuda porque tenho muitos. Mas há sempre espaço para novos, que têm o condão de nos ajudar a descobrir um bocadinho mais de mundo, e isso é tão bom. Certamente que o facto de, ao longo da minha vida adulta, ter vivido em vários locais diferentes, fez com que não me "acomodasse", mas tenho a certeza que não é preciso atravessar o Atlântico para fazer novos amigos! Basta olhar com atenção à nossa volta, baixar a guarda e deixar as pessoas entrar. Obviamente que nem todas se vão tornar nossas amigas, mas se tivermos sorte vamos encontrando ao longo da vida algumas que vieram para ficar e ficaram mesmo.
 

Sara, 14 de Abril de 2018

 
Aqui com o seu mais  que tudo, Victor, o nosso guru cinematográfico, 
que é das pessoas mais genuinamente boas 
e interessantes que conheço.

domingo, 15 de abril de 2018

Psicanálise barata

Me: "I need some help around here!"

Also me: "No, no ... not like that. Here, let me ..."



Frases roubadas de um qualquer Instagram, que quando li pensei logo "yap, that's me". Mas depois pensando melhor, concluí que, na verdade, essa não sou eu. Eu não peço ajuda, porque (ahahah) ninguém faz as coisas (tão bem) como eu. Sim, isto é o que eu efectivamente penso. Seja fazer a cama, arrumar a cozinha, dobrar a roupa acabada de secar, ou qualquer outra tarefa do género, ninguém faz como eu, e o meu eu (ligeiramente) obsessivo não sabe lidar com isso. E pensa que mais vale fazer já, do que depois vir por trás e ter que refazer o que alguém fez mal. Como se estivessemos a falar de tarefas altamente qualificadas que só um ser treinado ao mais alto nível conseguisse fazer. E o pior de tudo é que apesar de ter lucidez suficiente para esta auto-crítica, depois nunca dou o passo seguinte de passar das palavras à acção. Talvez um dia ...

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Gerações




Terça-feira passada. O Rui com o Ivan e o Dan. Ivan foi o seu primeiro estudante de doutoramento. Hoje é Professor na Universidade de S. Paulo. O Dan é o seu mais recente doutorado. Defendeu a tese na semana passada e decidiu não prosseguir a vida académica. Vai para Londres, trabalhar no mercado financeiro. Duas opções de vida muito diferentes. Não tenho dúvidas que no mercado financeiro se faz mais dinheiro, muito mais dinheiro, se se for minimamente bem sucedido, mas a vida académica dá-te uma liberdade e uma independência que dificilmente se encontra em outras profissões, e isso vale muito. Vão por mim que vivo rodeada de académicos há mais de 2 décadas.