quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

The fab city

Mais umas fotos da nossa visita relâmpago a Chicago:


Assim que chego à Downtown não resisto a tirar mais uma foto dos arranha-céus. Adoro olhar para cima e ver os reflexos que fazem umas nas outras e o céu azul por entre as gigantescas colunas de aço e vidro. Acho que estou a ficar com uma boa coleção (um dia destes reúno-as num só post).


Vista da janela do nosso quarto do hotel. Nós estávamos de férias, mas para muitas pessoas era um dia de trabalho normal.


Ainda cheirava a Natal, mas a voracidade com que tudo passa é avassaladora e a verdade é que o Natal, que tantos dias levou a planear e a preparar, já lá vai e agora é ver as montras com as sugestões para a Noite do Ano Novo. Que depressa virá e irá, e assim sucessivamente.


A caminho do United Center. Tivemos muita sorte com o tempo. Esteve sol e temperaturas "amenas" para esta atura do ano em Chicago. Num dia normal de finais de Dezembro, o frio é tal que não dá para estar assim parado no meio da rua sem se ficar imediatamente com o nariz e as orelhas congelados e com a sensação de que podem estilhaçar-se a qualquer momento. 


Última foto antes de regressarmos a casa.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Chicago Bulls

Aquando da nossa primeira estadia neste país, entre 1989 e 1994, éramos fans incondicionais dos Chicago Bulls de Michael Jordan (e Scottie Pippen), a equipa de basketball de Chicago. Foram os anos de ouro da equipa, em que dominaram por completo a NBA. Na altura, a vivermos num orçamento de estudantes, nunca fomos ver um jogo ao vivo, pelo que estava mais do que na altura de o fazer, apesar de presentemente, a equipa estar longe do protagonismo e carisma que já teve! Uns dias antes do Natal comprámos os bilhetes para o jogo de ontem com os Indiana Pacers, e lá fomos até à Windy City, que como sempre não desiludiu. 

Ficámos num hotel na Downtown e fomos de autocarro até ao famoso United Center para evitar a confusão do trânsito e estacionamento. Ficámos no "terceiro anel", que os melhores bilhetes atingem um valor obsceno que, sinceramente, não acho que valha a pena gastar. Os Bulls ganharam, num pavilhão cheio e num jogo renhido até ao último minuto. Muito bom! 







(Mais uma prova de que a colheita de 1966 é a melhor!)

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

O nosso Natal



Este ano tivemos direito a decorações novas. Esta árvore de Natal e a rena foram das últimas aquisições e as minhas preferidas. Acho que nos vão acompanhar por muitos e bons anos! E para o ano, quem sabe, posso tentar aumentar a colecção.



Herdámos este Feliz Natal de uns amigos brasileiros que uns dias antes do Natal regressaram (de vez) ao Brasil. Pendurei-o não lado de fora da nossa porta de entrada e agora não há alminha que bata à porta que não tente desejar-nos um feliz Natal em português. Mas o "feliz" é difícil de pronunciar.


Jantar de despedida uns dias antes do Natal. Dos Rios-Neto, os amigos brasileiros (pai e filho) que regressaram ao Brasil e dos Font que foram passar o Natal a Barcelona. Nesse dia, por volta das 7 da noite, começou a cair uma freezing rain que quase nos fez cancelar o jantar. Uns amigos americanos não foram, com medo de conduzir nas estradas geladas e super escorregadias, mas o resto do pessoal não se intimidou. A 10 Km/hora e a evitar a todo o custo travar, lá conseguimos chegar. E valeu bem a pena!


Na semana antes dos exames finais, o Miguel teve uma festa de Natal com troca de prendas - Secret Santa - no seu Dormitório, com o pessoal do seu piso. Estando ele a viver no maior dorm da University of Minnesota - 800 alunos ao todo, numa torre de 13 ou 14 andares - o convívio é feito piso a piso. É entre este pessoal que estão os seus maiores amigos.



Passámos a noite de Natal com os nossos amigos Parente, em nossa casa. Ao nosso bacalhau assado com batatinhas, juntou-se uma sopa de marisco e uma massa com lulas recheadas. Os queijos, as sobremesas e o vinho deram o toque final. Um belo jantar!



No dia de Natal de manhã fizemos a nossa troca de prendas (sem registo fotográfico) e depois para o almoço, em família, reciclei os restos do bacalhau e acho que o nosso fiel amigo ainda estava mais apetitoso do que na véspera. 



Two out of three, not bad!


E para terminar, aqui ficam mais 2:





E agora vamos ali num instante a Chicago, usufruir de uma das prendas de Natal para a família. O que será?

sábado, 24 de dezembro de 2016

Um Natal diferente

Pela primeira vez desde que existimos como família de mais de 2 (22 anos!), vamos passar o Natal em nossa casa, cumprindo um sonho da Matilde de acordar no dia 25 de manhã e poder, com tempo e ao som de música natalícia, abrir os presentes que durante dias lhe acenam desde debaixo da árvore de Natal, em vez de ter que se levantar cedo e a correr para fazer mais de 200 Km de carro para ir almoçar a casa dos avós. O cenário na cabeça dela inclui, claro, neve a cair lá fora e este ano um Natal branquinho não é de todo um sonho impossível, apesar de não estar nas previsões.

Pela minha parte, é com um misto de tristeza e de alívio que tenho vivido estes dias. Não ir a Portugal nesta altura do ano significa não participar, com a familia e amigos, em muitas tradições que me são muito queridas. Jantares de Natal, consoada e dia de Natal com a família, muitas trocas de prendas, a passagem de ano com os amigos. Claro que todo este frenesim tem os seus custos, e é não os ter que me dá a sensação de alívio e descanso que sinto este ano, numa altura em que o stress costuma tomar conta de mim. 


Temos a casa decorada desde o princípio do mês e as prendas todas compradas há vários dias (confesso que este ano me rendi às compras on-line, o que tornou o processo bem mais eficiente). Tenho a ceia de Natal programada, incluindo o bacalhau já demolhado e (quase) pronto a ir ao forno, mas este ano o nosso fiel amigo terá que partilhar o protagonismo com algumas tradições gastronómicas italianas e suecas, numa verdadeira consoada multicultural. Depois conto!


Nem tudo será perfeito - longe disso - pois muitos dos que me são queridos estão longe, incluindo a minha filhota mais velha que, ao contrário do resto da família, manteve a tradição de ir a Portugal nesta altura do ano. Era o que ela queria (estar com o namorado que vive em Lisboa) e há muito que percebi que nesta coisa dos filhos o melhor para mim é o que for melhor para eles. É o chamado amor incondicional! Mas há que aproveitar ao máximo a vida imperfeita que se tem, viver o momento, em vez de estarmos sempre a lamentar o que não temos ou à espera daquele momento perfeito, que nos vai trazer mesmo aquilo que queremos. Carpe Diem.



FELIZ NATAL

domingo, 18 de dezembro de 2016

Meu rico filho

Quando vives num sítio onde o clima não é temperado, mas de extremos, e onde o teu dia-a-dia é muitas vezes determinado pelo tempo que faz, uma das primeiras coisas que fazes quando acordas de manhã é ver as previsões meteorológicas no teu telemóvel. Faz parte da tua rotina e hoje, para mim, não foi excepção, apesar de ser Domingo, ter as compras de Natal todas feitas (!!!!!) e não haver nada que me obrigue a sair à rua se não quiser. É verdade que combinei ir ao cinema com uma amiga (ver Manchester by the Sea, que tenho muuuuuuita vontade de ir ver) e que me dava jeito ir ao Supermercado fazer as compras da semana, mas ninguém morre se em vez de hoje for amanhã ou depois.

Quando hoje acordei, às 8 da manhã, estavam -14º em Urbana e tudo branquinho lá fora. Está frio, mas nada que me impedisse de ir à minha vidinha, não fora as estradas estarem geladas, o que torna o exercício da condução, especialmente a arte de travar, um bocadinho stressante. A simples visão de uma curva mais acentuada faz aumentar o meu ritmo cardíaco, já para não falar da aproximação a um cruzamento com stop ou o semáforo vermelho.

Por força das circunstâncias, para além de Urbana, o meu telemóvel mostra também as temperaturas de Minneapolis e Boston (e também Lisboa e Coimbra, por curiosidade, ou  por masoquismo, não sei). E por isso sei que hoje às 8 da manhã estavam -28º em Minneapolis! E 1 horas depois, continuavam -28º. E agora que são quase 10 da manhã continuam -28º. O que é um frio para lá de surreal. Pensei logo, no meu rico filho, claro.

É certo que hoje é Domingo, o que significa que às 8 da manhã ele estava com toda a certeza a dormir, bem quentinho na cama. Também é certo que está em plena época de exames (ainda lhe faltam 2) o que significa que, muito provavelmente, vai passar o dia todo a estudar, sem precisar de sair do Dorm, onde anda sempre de t-shirt. Mas tenho a certeza que já deve ter pensado várias vezes onde raio é que estava com a cabeça para escolher ir estudar para a University of Minnesota, quando podia muito bem estar, por exemplo, em Santa Bárbara, Califórnia! Ou se calhar não, que este meu rapaz vê sempre o copo meio cheio. Stay warm, Miguel!

domingo, 4 de dezembro de 2016

Descubra as diferenças





A primeira foto foi tirada a 21 de Novembro de 2015. A segunda hoje - 4 de Dezembro de 2016. A primeira neve. Esta primeira neve é sempre recebida com um misto de entusiasmo e de resignação. Entusiasmo pela beleza de ver a neve a cair lá fora, para mim uma das mais belas manifestações da natureza. E este ano veio ao Domingo, o que nos permitiu ver o espectáculo em casa, ao quentinho. Resignação pela antevisão dos meses que aí vêm, de muito frio, tardes curtas e noites longas, estradas e passeios gelados, casa espezinhada e por aí fora...

Infelizmente apesar da neve que continua a cair lá fora, ainda tenho que sair para ir ao Supermercado, que a vida não pára - e não nos podemos dar ao luxo de parar - e mais logo temos uma movie night em casa de amigos. E por falar em cinema, ontem fomos ver Loving, a história, baseada em factos reais, de um casal interracial, cuja luta pelo direito a casar e constituir família terminou, nos finais dos anos sessenta, no Supreme Court, que determinou que a proibição dos casamentos interraciais, que em meados do Século passado ainda vigorava em vários estados do Sul (nomeadamente na Virgínia onde a história do filme de ontem se passou), era inconstitucional. Uma das mais importantes decisões  do Supreme Court em termos de direitos civi (civil rights). Gostei muito. 

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(Cena do filme)

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(Cena da vida real)

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Coisas boas do Outono

Sofá, manta e almofadas. Café e torradas. E aquecimento central que não sou pessoa de lareira. E a nova grelha televisiva com séries novas e novas temporadas das séries de sempre. Adoro, não sei para onde me virar e felizmente que há a box ou o pessoal cá em casa iria sofrer muito! A grande novidade - excelente novidade - este ano foi This is Us. Uma série verdadeiramente à minha medida. Sobre pessoas e famílias. Sobre o passado e o presente, que se interligam na perfeição. Sobre o amor, encontros e desencontros. Mágoas e ressentimentos e arrependimentos e tudo o mais que compõe a vida. Um must see dentro do género de Brothers and Sisters e Parenthood, mas para melhor.


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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Em Roma sê romano

Na quinta-feira passada celebrou-se o Thanksgiving, uma das mais importantes festas americanas, em que a família se junta e agradece (dá graças). E agora que a nossa família, à semelhança de milhares de famílias americanas, se encontra espalhada por 3 Estados diferentes, o Thanksgiving adquiriu todo um novo significado. A Mafalda e o Miguel vieram a casa e estivemos todos juntos, pela primeira vez, desde meados de Agosto! E eu agradeci. 



O jantar foi em família, que os amigos são, afinal, a família que escolhemos. E não faltou o tradicional perú, que, por sinal, estava uma delícia!  


(Jantar em casa da Cecília, Tom, Amy e Max)


Parece que para evitar chatices, algumas famílias decidiram, antecipadamente, proibir a discussão de política à hora do jantar, mas entre nós houve conversa/discussão à grande e à francesa, apesar de não haver um único apoiante do Trump à mesa! 

No dia seguinte, eu e as minhas girls aventurámo-nos e fomos às compras para aproveitar os descontos da Black Friday (e que descontos!), e mais tarde jantámos com um outro grupo de amigos, os Parente e os Rios-Neto, numa de acabar com os restos (acho que é uma nova e excelente tradição que vai pegar) e fomos brindados com um guisado de perú (turkey stew) que estava divinal. Afinal de contas há que aproveitar os dotes culinários e o gosto pela cozinha, do nosso amigo Stephen Parente, americano de origem italiana. Desta noite, também muito animada, não há registo fotográfico (esqueci-me do raio da fotografia da praxe), mas aqui fica a minha palavra para mais tarde recordar. 

E com a rapidez com que sempre passam os bons momentos, este já lá vai. Já todos voltaram à sua vida, que o tempo não perdoa. E agora venha o Natal, antes que o pessoal perca a embalagem. 



sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Minneapolis em Novembro

Há precisamente 27 anos atrás, no início de Novembro de 1989, quando aterrei pela primeira vez em Minneapolis estava um frio de rachar e a cidade estava coberta de neve. Claro que, uns meses mais tarde, em pleno Janeiro e Fevereiro, apercebi-me que aqueles primeiros dias de Novembro representavam apenas a pontinha do iceberg que era o Inverno no Minnesota. Mas a primeira imagem ficou e voltei a lembrar-e bem dela quando há 2 fins-de-semana atrás fomos visitar o Miguel (este post está ligeiramente atrasado, mas pelo meio houve as eleições e os anos do rapaz e este foi ficando esquecido...).

Desta vez, Minneapolis recebeu-nos com muito sol e calor, e nós aproveitámos para passear nesta cidade que um dia foi a nossa casa, dando 
preferência a tudo o que implicasse estar ao ar livre. Revisitámos velhos lugares, como as Minehaha Falls e o Lago Calhoun, e conhecemos sítios novos como o Guthrie Theatre e o Mills District. Gostei muito, e gostei especialmente de ver como o Miguel está bem. Um jovem adulto interessante, interessado e equilibrado, que aproveita o tempo livre para se divertir com os amigos, mas que não perde de vista a big picture e a razão porque afinal ali está. A fazer figas para que assim continue...



Uma caminhada por Minehaha Falls








Lago Calhoun (o maior lago de Minneapolis)







Guthrie Theater/Gold Medal Park/Mills Distrcit






E, claro, Dinkytown um ponto de paragem obrigatório




terça-feira, 15 de novembro de 2016

18 anos

Parabéns ao melhor filho do mundo, que hoje atinge a maioridade! Sou uma mãe muito babada deste miúdo muito fixe, que assim de repente se transformou num jovem adulto, cheio de pinta e de personalidade, dono de uma cabeça que pensa e um coração que sente. Tudo o que é importante está lá e só desejo que, no meio da loucura que nos rodeia, seja capaz de ser muito feliz.







sábado, 12 de novembro de 2016

Missing him already


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Temos mais 78 dias de Presidente Obama (não é que esteja a contar!) e depois mergulhamos na Trumplândia, onde certamente nada de bom nos aguarda. Após o dia 20 de Janeiro nada mais será como dantes. Serão 4 anos (espero que não mais de 4) de tentativa de destruição daquilo que Obama construiu, de um clima de intolerância e descriminação, de perseguição, de ameaças, e de desafio às mais elementares regras de civilidade. Os primeiros 2 anos serão especialmente perigosos, tendo em conta que os Republicanos detêm a maioria no Senado e na Câmara dos Representantes. Assusta pensar em tudo o que, em termos legislativos, pode ser feito e desfeito em 2 anos, em áreas como a saúde, o comércio, o clima, e os direitos das minorias. Daqui a 2 anos haverão eleições intercalares para o Senado e para a Câmara dos Representantes, onde os democratas poderão continuar a conquistar lugares aos Republicanos e conseguir finalmente a maioria que lhes escapa há muitos anos (o que aconteceu nestas eleições, mas não em número suficiente para terem a maioria). 

E no topo de tudo isto temos o Supreme Court, com uma vaga por preencher neste momento, e outras possíveis nos próximos anos. A nomeação dos juízes para o Supreme Court Americano é uma das mais poderosas armas políticas de qualquer administração, não só pelo grande impacto que muitas decisões têm no dia a dia dos americanos, mas também porque normalmente têm efeitos muito duradouros, tendo em conta que as nomeações são vitalícias. Muitos dos avanços civilizacionais do Séc. XX deram-se por impulso de decisões do Supreme Court, daí que poder influenciar a tendência mais ou menos conservadora deste tribunal ser uma das grandes ambições de qualquer presidente.


Pensei mesmo que era desta que uma mulher chegava à Presidência dos USA, com todo o simbolismo que isso implicaria na luta pela igualdade de género. Não é que sinta uma especial empatia ou simpatia por HC, mas tenho a certeza que a sua administração estaria a anos luz da que vamos ter. 
Sei que HC desperta ódios de estimação em muita gente, nomeadamente em muitos democratas que nas Primárias apoiaram Bernie Sanders, e que agora votaram nos candidatos dos partidos mais pequenos (ambos patéticos, na minha opinião) e até em Trump. Sei que não tem o carisma e a capacidade mobilizadora de Obama. Mas bolas, será que esta gente não percebeu o que estava em causa? Ou não se preocupou o suficiente? Pensar em tudo o que foi preciso acontecer para que Trump ganhasse as eleições faz-me mergulhar numa enorme tristeza, uma tristeza (ainda) incrédula. Foi preciso que mais de metade das mulheres brancas votassem nele. Foi preciso que 30% dos latinos votasse nele (Trump teve mais votos de latinos e afro-americanos do que qualquer outro candidato republicano no passado). Foi preciso que Estados com longa tradição democrata dessem a vitória a Trump. E pergunto-me: Será que esta gente não viu o mesmo que eu? Um energúmeno egocêntrico, ignorante, mentiroso, racista, sexista, e abusador, com laivos de ditadorzeco de terceira categoria! 


Muitos perguntam, e agora? Agora é andar para a frente, estar alerta, discutir, e esperar que aconteça o que muitas vezes acontece nestas alturas: que apareçam pessoas inspiradoras e mobilizadoras, que saibam liderar a oposição, com grandeza e sentido de responsabilidade, e que daqui a 4 anos façam o que fez Obama há 8 anos atrás num país que estava farto de Bush! E a verdade é que nem tudo foi mau nestas eleições, apesar de neste momento ser difícil ver o copo meio cheio: HC teve mais votos do que Trump, apesar de não ter conseguido eleger tantos delegados, que são quem elege o Presidente, fruto do sistema eleitoral que existe (e que não vou discutir); Foram eleitos vários candidatos de grupos até agora muito pouco (ou nada) representados seja para o Senado e para a Câmara de Representantes, seja para órgãos estaduais, trazendo uma diversidade numa antes vista; Vários Estados votaram a favor de leis que vão impor um maior controlo na livre circulação de armas, um verdadeiro flagelo neste país; E vários legalizaram a marijuana para efeitos medicinais!


Sei que a partir de agora vai haver uma enorme tendência para ver Trumpezinhos por todo o planeta, em qualquer eleição mais extremada. Vai ser um verdadeiro milagre da multiplicação. Mas calma, minha gente, não vai ser qualquer ditadorzeco em potência que vai conseguir atingir este nível. Façam o favor de não ser comichosos!


quinta-feira, 3 de novembro de 2016

E 108 anos depois ...

Os CUBS são world champions!!!! Não é bem do mundo, mas é assim que se intitulam: World champions, porque é a world series, apesar de ser um campeonato nacional, só com equipas americanas, jogado na América.  Falo, claro, de baseball e do fim de uma praga que se tinha abatido sobre a cidade e a equipa de Chicago, cuja última vitória na world series tinha sido em 1908! 

A final do campeonato de baseball americano joga-se à melhor de 7 jogos e é disputada entre os vencedores da National League e da American League. Este ano os Cubs enfrentaram os Indians de Cleveland, e depois de estarem a perder por 3-1, jogaram e venceram os 3 últimos jogos (que se realizaram todos em Cleveland), tendo ganho ontem o sétimo por 8-7, num jogo emocionante, cheio de reviravoltas, verdadeiramente impróprio para cardíacos. Sim, falo de baseball, aquele jogo que parece uma coisa do Século XIX, que dura horas e onde em 95% do tempo nada parece estar a acontecer! Mas ontem foi emocionante, juro!

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E agora há que continuar a ter esperança e aguardar que Terça-feira à noite os nossos piores pesadelos não virem realidade e que este país e o mundo não acordem na Quarta-feira e verifiquem que a vida se transformou num gigantesco e medonho Reality TV Show. 

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Natureza em todo o seu esplendor

No Sábado à tarde, passámos (mais o meu excelentíssimo marido do que eu, mas eu ajudei) cerca de 3 horas a apanhar folhas do nosso jardim. É uma daquelas tarefas ingratas e eu diria até desnecessárias, mas a quantidade de folhas é tão grande que parece que dificulta a sobrevivência da relva durante o Inverno. Deve ser uma questão de asfixia. E lá estivemos a apanhar folhas. Muitas folhas. Enchemos 17 sacos (que serão hoje recolhidos por funcionários da Câmara). No Domingo quando acordámos de manhã e abrimos a janela a relva já estava outra vez a ficar coberta de folhas. E ainda há tanta para cair ... Haja paciência!






sábado, 29 de outubro de 2016

Golden Golphers vs. Fighting Illini





Foi hoje o duelo entre os Golden Gophers da University of Minnesota e os Fighting Illini da University of Illinois em college football. Decidimos ir ver o jogo à última da hora e por quem torcemos? Na verdade, pensei que me iria sentir dividida, mas já não há nada a fazer, o nosso coração virou laranja! Mas a tarde foi toda maroon, com os Gophers a darem uma valente sova à equipa da casa.

O desporto universitário, e muito principalmente o college football, ao vivo é uma experiência única. A quantidade de gente que mobiliza é impressionante e a animação é constante. Há sempre muitos alunos, famílias, pessoas mais velhas, que se percebe logo serem presença habitual nos jogos pela parafernália alusiva à equipa que levam consigo. A marching band, composta por centenas de alunos, é uma das principais atracções e consegue manter o estádio animado durante horas. Infelizmente hoje, lá mais para o fim do jogo, não houve banda que animasse os adeptos, que isto de perder não tem piada nenhuma!



 (A bancada dos estudantes com a banda à frente)

 (A banda a tocar no relvado ao intervalo)





Mas o que é verdadeiramente único é o espectáculo que existe fora do estádio - o chamado tailgating. Horas antes do jogo começar, grupos de pessoas instalam-se nos relvados e parques de estacionamento à volta do estádio, com roulottes ou tendas, mesas e cadeiras, assadores e geladeiras, bandeiras, música e jogos e ali ficam, à conversa, a comer e a beber, num ambiente de festa que para muitos se prolonga até depois do jogo.