quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Comunicado (no dia em que faz 24 anos)

"Para aqueles que ainda não sabem, estamos muito felizes por partilhar que vamos casar no próximo dia 24 de Junho." Facebook da Mafalda, 28 de Janeiro de 2018





Parabéns, querida Mafalda! Duplamente, neste dia em que fazes 24 anos. Desejo do fundo do coração que a vida te sorria sempre, por muitos anos, ao lado dos que amas, a fazer o que gostas. Faz hoje 24 anos que a minha vida mudou para sempre. Há 24 anos que me desafias como mãe. E que desafio gigante! Talvez o maior da minha vida. Tenho a certeza que nem sempre acertei, que nem sempre tomei as melhores decisões ou disse as palavras certas no momento certo, mas tudo o que fiz foi sempre no pressuposto inabalável de que era o melhor para ti. Infelizmente, isto de ser mãe não vem com manual de instruções. Nem poderia vir, porque cada filho é único e irrepetível. Love you até ao infinito e mais além!

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Idolos da adolescência

Este Domingo o Rui esteve a ver excertos da final do open da Australia em Ténis ganha pelo Roger Federer. Com a diferença horária e a velocidade a que actualmente as notícias viajam, já sabia o resultado muito antes de ver o jogo, mas vale sempre a pena ver o "velhote" Federer a arrasar! Ver ténis na televisão tem sempre o condão de me transportar à minha adolescência e às tardes de domingo que passava deitada no sofá a ver ténis, especialmente as finais dos torneios do Grand Slam.

Na altura, a rivalidade Borg/McEnroe estava ao rubro (sim, sou mesmo desse tempo ...) e tanto que sofri a torcer pelo meu ídolo Bjon Borg. Adorava-o. Não perdia uma final. Tive durante anos um poster dele no meu quarto. Seguia com muita curiosidade a sua vida fora dos campos de ténis, com muitas limitações, que na altura não havia internet, nem redes sociais e ele era uma pessoa especialmente reservada. Mas lá fazia o que podia e até acho que não saber muito aumentava a sua aura. Para além do BB, no meu quarto houve também posters do Paul Newman e do James Dean! Tão adolescente que eu era!

Quando falo destas coisas em frente aos meus filhos eles olham-me sempre com um ar que é um misto de surpresa, gozo e embaraço. Esta coisa de saber pormenores da vida da mãe antes de ser mãe, ou para além do seu papel de mãe, pode ter muito que se lhe diga. No fundo, acho que é sempre difícil imaginar os pais noutro papel que não seja o de pais.  Muitas vezes, como filhos, preferimos não saber muitos pormenores. E como pais preferimos que os filhos não saibam muitos pormenores! E quando assim é, tudo se conjuga para que o pacto de silêncio funcione!


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sábado, 27 de janeiro de 2018

Adenda ao post anterior

Ainda bem que os tempos do "eu não gosto de festejar os meus anos" já lá vão! Foi ontem e foi muito bom! Casa e coração cheios.

Obrigada, Cristina! Amiga de sempre, que pelo exemplo e persistência, mas principalmente pelo exemplo (não conheço ninguém que goste tanto de celebrar os seus anos e os anos daqueles que ama), me fez repensar e aprender a celebrar o dia dos meus anos. 

Para o ano há mais, e ao ritmo que isto anda, os 53 estão mesmo ali ao virar da esquina!


sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

52

Número demasiado grande, que ainda não reconheço como sendo meu. Demoro sempre algum tempo a habituar-me à minha nova idade e depois passa tudo tão rápido, numa corrida veloz e imparável, que não nos dá descanso. Confesso que continuo sem conseguir digerir muito bem esta coisa da passagem do tempo. É demasiado definitiva e irreversível. Sinto-a quando me olho ao espelho, e vejo cada vez mais rugas e cabelos brancos, ou quando olho para os meus pais, ou para os meus filhos. Tento não perder demasiado tempo na saudade, não vá descurar o que tenho e que está mesmo à minha frente, mas o meu lado nostálgico ainda ganha muitas vezes.

Mas como se costuma dizer, "se não os consegues vencer junta-te a eles", e é o que tenho tentado fazer, até porque a alternativa - não fazer anos - não é uma opção nada interessante! É mau sinal, mesmo! Durante muitos anos não fazia grande questão em celebrar o meu dia de anos. Dispensava festas, e bolos de anos e velas e os "parabéns a você", mas nos últimos tempos a minha disponibilidade tem vindo a aumentar. Que raio, já que o tempo passa, e não há nada a fazer, o melhor mesmo é celebrar. Com os amigos, comida e bebida, e música e muita conversa. É o que vou fazer logo mais à noite! 

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domingo, 21 de janeiro de 2018

One down, three more to go ...

Fez ontem um ano que o Trump tomou posse e as saudades e nostalgia dos tempos do Obama são tantas que às vezes até doi. Vive-se hoje numa América totalmente polarizada e dividida em que os espaços de consenso escasseiam e os que existem são relegados para planos obscuros como se qualquer tentativa de entendimento e de compromisso fosse uma traição à causa. Os que, como eu, anseiam pelo fim desta era, agarram-se a tudo o que nos permite relembrar a era Obama num misto de nostalgia e esperança.

Há vários meses que sigo a conta de Instagram de Pete Souza (fotógrafo oficial de Obama durante toda a sua presidência) que se transformou numa espécie de terapia colectiva, como Bárbara Reis do Público lhe chamou, no seu artigo Nostalgia por Obama torna livro de Pete Souza um blockbuster inesperado, que acabei de ler.  

Com quase 2 milhões de seguidores no Instagram, Pete Souza vai diariamente publicando fotos de Obama, muitas das vezes relacionadas com factos ou notícias do dia e que mostram de forma poderosa o contraste entre estes dois homens e tudo o que representam. Por exemplo, no dia em que se soube que o Trump tinha cancelado a visita a Londres, Pete Souza publicou uma foto de Obama em Londres, em 2016, a cumprimentar um polícia. No dia em que os media resolveram questionar se Trump sabe a letra do hino americano, Pete Souza publicou uma foto de Obama com a mão no peiro e a legenda "yes, he knew the words". E por aí fora, quase todos os dias.  

Ainda não comprei o livro do Pete Souza (Obama: An Intimate Portrait) porque está esgotadissimo desde antes do Natal, mas este está destinado a vir parar cá a casa ASAP! Há dias vi a entrevista que Obama deu recentemente a David Letterman no seu programa de entrevistas da Netflix, My next guest needs no introduction, e também gostei muito. É que além de tudo o resto, o homem destila charme por todos os poros! 

 One down, three more to go, e esperar que o pesadelo termine.

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Geometria Descritiva

Infelizmente, por razões óbvias, comprar arte não é algo que façamos com regularidade. Não é algo que façamos, ponto final. Gostava de poder dizer o contrário; gostava de ter as paredes de minha casa mais "compostinhas", mas arte a sério não é para o nosso bolso. Nada a fazer. Dito isto, pela primeira vez no verão passado, o Rui resolveu encomendar uma pintura sobre matemática, mais precisamente sobre geometria descritiva, a Luís Morgadinho, um pintor surrealista português, seu amigo de infância, e o resultado foi este:



Curiosidade: Quando no Verão voltámos para casa depois de passar as férias em Portugal trouxemos a pintura enrolada dentro de um tubo (daqueles próprios para transportar estas coisas). Veio connosco no avião pois não cabia dentro de nenhuma mala. Quando entrámos nos USA e passámos a alfândega fomos seleccionados aleatoriamente para inspeção das nossas malas e bagagem e eu pensei logo que o Agente ía implicar com a pintura e começar a fazer perguntas, mas o dito só tinha uma coisa em mente: enchidos! Sempre que uma mala era aberta para inspecção ele perguntava de forma insistente, enquanto revirava de forma pouco convicta o conteúdo da mala, se não trazíamos choriços. Acho que estava a espera de apreender uns quantos e, quem sabe, ter um jantar reforçado! Quanto ao tubo com a pintura, não lhe ligou nenhuma!

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Os anos 60 estão a bombar!

Por coincidência, nos últimos tempos tenho visto vários filmes e séries que se passam nos intensos anos 60. Que década do caraças! Tantas lutas históricas: Civil rights movement, movimento feminista, protestos contra a guerra do Vietname, protestos estudantis e por aí fora. 

No fim de semana passado fui ver o The Post. A-D-O-R-E-I! Na linha do Spotlight, que como disse na altura em que fui ver este último, é mesmo um dos meus tipos preferidos de filme. No caso do The Post, em causa estava a liberdade de imprensa, e mais uma vez se confirma quão importantes e determinantes foram as decisões do Supremo Tribunal Americano em momentos chave deste país. O Pentagon Papers case (contado no The Post) abriu caminho a uma jurisprudência fortíssima em defesa da liberdade de expressão e de imprensa nos USA, na altura sem qualquer paralelo na Europa (e ainda hoje sem paralelo em Portugal). 

Entretanto na televisão, acabei de ver uma série muito gira na Amazon Prime chamada Good Girls Revolt (que infelizmente parece não ir ter uma segunda temporada), que conta a história (baseada em factos reais) da luta de um grupo de mulheres pelo direito a serem jornalistas. Até aos anos 60, havia publicações nos Estados Unidos (e provavelmente noutros países) que empregavam mulheres como secretárias e como "investigadoras" (muitas delas até que se casassem, pois nessa altura iam para casa tratar do marido e ter filhos), mas que não as autorizava a serem jornalistas. As mulheres "ajudavam" os jornalistas no trabalho de investigação das histórias (muitas vezes eram elas que faziam a maior parte do trabalho), mas os autores dos artigos eram sempre os homens. 

Também na Amazon Prime, ando a ver a Marvelous Mrs Maisel, que num registo diferente (menos drama, mais comédia) conta a hstória de uma mulher, que após se divorciar do marido e descobrir que tem um talento natural para ser comediante, decide investir numa carreira profissional contra os usos e costumes daquela época. Apesar de esta história se passar um pouco antes - nos finais dos anos 50 em Nova Iorque - já se pode ver que estavam em desenvolvimento os movimentos de libertação que na década seguinte se tornaram incortornáveis. 

Estou a gostar muito deste passeio pelos anos 60 e fico sempre espantada quando penso que não foi assim há tanto tempo...

domingo, 14 de janeiro de 2018

Janeiro

O mês (o meu mês) começou muito bem, entre os meus amigos de sempre, que apesar da distância continuam lá, sempre lá, e nos recebem sempre como se nos tivessemos visto no fim de semana anterior.


Depois continuou assim-assim. O dia da viagem de regresso foi difícil e comecei a trabalhar no dia seguinte. Passaram exactamente 24 horas entre o momento em que me levantei na Bencanta e o momento em que entrei em minha casa em Urbana. Foram 3 voos, todos atrasaram (o que acabou por não ser mau de todo, pois deu para não perder nenhum) e chegámos a casa sem malas (que chegaram no dia seguinte, sem dramas). E a cereja no topo do bolo foi a enorme constipação que me atacou e que só agora me começa a dar tréguas.

Este ano não tenho resoluções de ano novo para aqui partilhar (digamos que o facto de nos últimos anos não ter cumprido com quase nada do que me propus fazer, me desmotivou ...), mas ía o Janeiro ainda no princípio quando tomei uma decisão que, não sendo life-changing, promete mudar alguns pormenores do meu dia-a-dia. Decidi desinstalar - e desinstalei - o Facebook e o Instagram do meu telemóvel. Não abandonei estas redes sociais (continuam instaladas no ipad) mas tirá-las do telefone que é aquela coisa que anda sempre comigo fez com que diminuisse consideravelmente o tempo que lá passo. 

A verdade é que dei por mim a passar todos os minutinhos mortos do meu dia (em casa, no trabalho, na rua, no carro, em restaurantes e por aí fora) a navegar no Instagram e no Facebook, o que para além da estupidez que é, só por si, estava a começar a afectar a minha visão. Sentia os olhos sempre irritados e inflamados. Aquela coisa de olhar para um ecran pequeno, a curta distância e sempre em movimento (muitas vezes movimentos rápidos, pois na verdade não estava a ver nada de especial, mas apenas a fazer deslizar as imagens para cima e para baixo a ver se alguma coisa me prendia a atenção) não pode ser lá muio saudável. E, so far so good!

Feliz 2018!