quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Freshman orientation

Ainda agora o ano começou, com todo um semestre de aulas pela frente e já fui, na segunda-feira, a uma sessão de apresentação da High School para os alunos que no próximo ano lectivo começam o ensino secundário. Apesar de não ser obrigatório ir e de eu, à terceira, não precisar propriamente de grande orientação, a verdade é que sinto sempre uma obrigação moral de ir. Se não for, sinto que estou a falhar em relação a este filho em concreto. Que não tem culpa nenhuma de ser o terceiro e que merece a mesma atenção e dedicação dos mais velhos.

Neste caso concreto nem tinha como não ir que a Matilde está numa excitação/ansiedade em relação à ida para a High School, e já deixou bem claro que não lhe passa pela cabeça saltar algumas etapas do processo.

A dita sessão foi composta por duas partes. Uma num anfiteatro, em que através de um powerpoint lá ficámos a saber tudo sobre a escola, a matrícula, os prazos, os cursos, e por aí fora. A outra foi no refeitório e era uma espécie de showcase, em que os diferentes grupos tentavam "vender" a sua actividade aos novos alunos, numa verdadeira manifestação das leis do mercado. Havia representantes dos vários clubes de actividades extra-curriculares e dos vários desportos, mas também professores dos vários grupos de disciplinas. Como aqui o currículo dos alunos não é fixo, podendo estes escolher (dentro de certos limites) as disciplinas que querem fazer para cumprir os requisitos que lhes permitirá acabar o secundário, todos procuravam cativar o maior número de alunos possível para as suas aulas.

E a Matilde lá andou a circular e a recolher informação, mostrando uma grande determinação em relação ao que quer e não quer fazer. Agora quer que eu marque uma reunião com o counselor, para começar a definir o seu currículo do 9º ano. E eu olho para ela, e ora vejo uma criança de 12 anos, ora vejo uma jovem pré-adolescente. Em qualquer caso, se há coisa que não lhe falta é motivação e empenho, e vontade de fazer coisas. Acho que os próximos anos vão ser animados!





domingo, 24 de janeiro de 2016

E a festa continua

Estes meus 50 anos mais parecem um casamento cigano! 


Ontem, fui muito mimada por todos, pelos que estão mesmo aqui ao lado e pelos que estão longe, mas ainda assim sempre presentes. E as surpresas continuaram. Muitas mensagens carinhosas, prendas, telefonemas (incluindo uma conference call surpresa que me ligou a um grupo barulhento de amigos em Portugal e Angola!) e visitas, que vieram brindar aos meus 50 anos, com um excelente champagne italiano! 


À noite, houve jantar fora, em família, a aproveitar a companhia destes miúdos enquanto ainda estão todos por aqui! Desconfio que no próximo ano será difícil repetir o programa.  Quando chegámos a casa, depois do jantar, pedi para tirar uma fotografia com os 3 e, não é que, nenhum refilou! 



Hoje, os nossos amigos catalães organizaram-me um jantar de anos na sua casa. Boa comida, boa bebida e excelente companhia a fechar, em grande, este fim de semana memorável. Deixo aqui uma foto da mesa do jantar, pronta a receber os convivas, pois como sempre esqueci-me completamente de tirar fotos do jantar propriamente dito!




Obrigada a todos, que me fizeram sentir tão especial! Foi uma honra poder inaugurar as comemorações dos 50 anos da excelente colheita de 1966! E, agora, abram alas que o próximo é o meu querido amigo J., que todos os anos faz questão de me lembrar que é uns míseros 31 dias mais novo do que eu! 


sábado, 23 de janeiro de 2016

Cinquenta



Já está e afinal não dói! E que venham muitos mais, que isto de andar por cá é mesmo bom! 



quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Desaniversário

Ainda faltava quase 1 mês para o meu 50º aniversário pelo que nunca me passou pela cabeça que, ao sair naquele dia à noite de casa, com a minha amiga C., me aguardava a maior e melhor festa de "desaniversário" de todos os tempos! 

Achava que ía a um "jantar de mulheres", daqueles que fazemos sempre que estou por Coimbra, e que tinha sido previamente combinado entre todas através de uma extensa troca de emails. Apanhei boleia da C., como sempre acontece, e o facto de ela me ter ido buscar um bom bocado antes da hora do jantar, para irmos as 2 beber uma cerveja, também não era nada anormal. Temos sempre muita conversa para pôr em dia! Fomos ao Chitimel, no Bairro Norton de Matos, porque ela queria comer tremoços e amendoins dos bons! Afinal ela queria era tirar-me de casa para que o resto da familia se podesse preparar para a festa! Coisa que eu não fiz. Saí vestida para um informal jantar de mulheres. Mas adiante...

Só no próprio dia soube onde era o jantar, mas para ser honesta, nem liguei muito, pois nestas coisas, o que menos me interessa é a comida. Basicamente, não sou esquisita, pelo que qualquer sítio está bem para mim. À hora marcada lá fomos as duas para o restaurante e quando entrámos tive a maior surpresa de sempre - uma sala cheia. Muitos amigos e família, à minha espera, para festejar antecipadamente o meu big 50A primeira pessoa que vi quando entrei foi o meu cunhado J.L., em pé a olhar para mim e a sorrir. Por uma fracção de segundos não percebi bem o que se passava. Não fazia sentido nenhum ele estar ali! Dizem que estava genuinamente espantada e que até recuei uns passos, como que a ganhar um re-equilíbrio momentaneamente perdido.  

E, depois, foi uma festa! Recebi muitos beijos e abraços. Muitos mimos e sorrisos. Foi muito, muito, muito bom! Obrigada C. e a todos os que lá estiveram e que tornaram aquela noite num momento verdeiramente inesquecível! Foi uma verdadeira festa surpresa! 


(A foto de grupo)

(As mulheres)

 (Há muito tempo que não tirávamos uma foto a quatro!)

(BFF)

Chamaram-lhe uma festa de "desaniversário", o que me pareceu muito bem. Afinal de contas "des" é um prefixo de negação ... 

domingo, 10 de janeiro de 2016

Welcome 2016!

Há mais de 20 anos que passamos o fim d´ano com o mesmo grupo de amigos. Ao longo dos anos, o grupo foi crescendo. Novos amigos se juntaram. Muitas crianças nasceram. No início, íamos sempre passar 2 ou 3 dias fora: Fronteira, Santarém, Trás-os-Montes, Douro. Em determinada altura, já éramos tantos que se tornou difícil arranjar um sítio que nos acolhesse a todos nas condições que desejávamos. Depois, veio a crise e a ideia de várias famílias, algumas delas numerosas, irem passar uns dias fora, em época alta, cada vez se tornou mais difícil de concretizar. Tivemos que nos desenrascar com "a prata da casa". Neste caso, a casa dos Amado, em Cernache, que se tornou no nosso "sítio do costume" no que ao fim d´ano diz respeito. E que bem que os Amados nos recebem, ano após ano, numa celebração que, neste momento, já está muito bem oleada! 

A noite começa na rua, à volta da churrasqueira, com enchidos a assar na brasa e muita bolha e cerveja para ajudar a aquecer, não a alma que essa está bem quente, mas o corpo. Depois, já dentro de casa, vem o ritual do corte do leitão, tarefa levada a cabo, de forma exímia, pelo nosso  amigo R., que munido da sua tesoura da poda, lá vai esquartejando o animal sob o olhar atento do resto do pessoal. Só depois (e após dar o jantar às crianças) nos sentamos à mesa, para enfim, jantar, num ritual lento que se prolonga, sem pressas, até que as 12 badaladas nos obrigam a levantar e a festejar não só a chegada do novo ano, mas também o aniversário do nosso amigo A. Passado o momento alto da noite, ali continuamos, uns mais acordados do que outros, a ouvir música e a conversar, e às vezes a desconversar, sobre tudo e sobre nada, até que, sem darmos por ela, são quatro ou cinco da manhã! 

No dia seguinte, sem pressa, voltamos todos ao "local do crime". Para comer os restos, fazer contas e arrumar a casa. E devo confessar que gosto particularmente deste "day after", mais calmo e informal. Ao contrário da noite anterior, o dia passa lentamente, sem horários a cumprir.

Foi exactamente assim que, há dias, entrámos em 2016. Por circunstâncias da vida, nem todos poderam estar presentes e as crianças são cada vez menos, que os mais crescidos já têm vida própria. Ainda assim, sinto sempre que sou uma sortuda, por ter estas pessoas ao meu lado, ano após ano, e perceber, uma e outra vez, que o gigantesco oceano que, em quase todos os outros dias do ano, nos separa não belisca em nada esta intimidade que o tempo construiu e a distância não perturba.

 (Os homens na churrasqueira)
(O corte do leitão)

 (As crianças)

 (A fotografar as crianças)

 (Não é fácil sentar esta gente toda)

 (Os 3 mosqueteiros)

 (O dia seguinte)

(No dia seguinte, juntaram-se a nós)