Há mais de 20 anos que passamos o fim d´ano com o mesmo grupo de amigos. Ao longo dos anos, o grupo foi crescendo. Novos amigos se juntaram. Muitas crianças nasceram. No início, íamos sempre passar 2 ou 3 dias fora: Fronteira, Santarém, Trás-os-Montes, Douro. Em determinada altura, já éramos tantos que se tornou difícil arranjar um sítio que nos acolhesse a todos nas condições que desejávamos. Depois, veio a crise e a ideia de várias famílias, algumas delas numerosas, irem passar uns dias fora, em época alta, cada vez se tornou mais difícil de concretizar. Tivemos que nos desenrascar com "a prata da casa". Neste caso, a casa dos Amado, em Cernache, que se tornou no nosso "sítio do costume" no que ao fim d´ano diz respeito. E que bem que os Amados nos recebem, ano após ano, numa celebração que, neste momento, já está muito bem oleada!
A noite começa na rua, à volta da churrasqueira, com enchidos a assar na brasa e muita bolha e cerveja para ajudar a aquecer, não a alma que essa está bem quente, mas o corpo. Depois, já dentro de casa, vem o ritual do corte do leitão, tarefa levada a cabo, de forma exímia, pelo nosso amigo R., que munido da sua tesoura da poda, lá vai esquartejando o animal sob o olhar atento do resto do pessoal. Só depois (e após dar o jantar às crianças) nos sentamos à mesa, para enfim, jantar, num ritual lento que se prolonga, sem pressas, até que as 12 badaladas nos obrigam a levantar e a festejar não só a chegada do novo ano, mas também o aniversário do nosso amigo A. Passado o momento alto da noite, ali continuamos, uns mais acordados do que outros, a ouvir música e a conversar, e às vezes a desconversar, sobre tudo e sobre nada, até que, sem darmos por ela, são quatro ou cinco da manhã!
No dia seguinte, sem pressa, voltamos todos ao "local do crime". Para comer os restos, fazer contas e arrumar a casa. E devo confessar que gosto particularmente deste "day after", mais calmo e informal. Ao contrário da noite anterior, o dia passa lentamente, sem horários a cumprir.
Foi exactamente assim que, há dias, entrámos em 2016. Por circunstâncias da vida, nem todos poderam estar presentes e as crianças são cada vez menos, que os mais crescidos já têm vida própria. Ainda assim, sinto sempre que sou uma sortuda, por ter estas pessoas ao meu lado, ano após ano, e perceber, uma e outra vez, que o gigantesco oceano que, em quase todos os outros dias do ano, nos separa não belisca em nada esta intimidade que o tempo construiu e a distância não perturba.
A noite começa na rua, à volta da churrasqueira, com enchidos a assar na brasa e muita bolha e cerveja para ajudar a aquecer, não a alma que essa está bem quente, mas o corpo. Depois, já dentro de casa, vem o ritual do corte do leitão, tarefa levada a cabo, de forma exímia, pelo nosso amigo R., que munido da sua tesoura da poda, lá vai esquartejando o animal sob o olhar atento do resto do pessoal. Só depois (e após dar o jantar às crianças) nos sentamos à mesa, para enfim, jantar, num ritual lento que se prolonga, sem pressas, até que as 12 badaladas nos obrigam a levantar e a festejar não só a chegada do novo ano, mas também o aniversário do nosso amigo A. Passado o momento alto da noite, ali continuamos, uns mais acordados do que outros, a ouvir música e a conversar, e às vezes a desconversar, sobre tudo e sobre nada, até que, sem darmos por ela, são quatro ou cinco da manhã!
No dia seguinte, sem pressa, voltamos todos ao "local do crime". Para comer os restos, fazer contas e arrumar a casa. E devo confessar que gosto particularmente deste "day after", mais calmo e informal. Ao contrário da noite anterior, o dia passa lentamente, sem horários a cumprir.
Foi exactamente assim que, há dias, entrámos em 2016. Por circunstâncias da vida, nem todos poderam estar presentes e as crianças são cada vez menos, que os mais crescidos já têm vida própria. Ainda assim, sinto sempre que sou uma sortuda, por ter estas pessoas ao meu lado, ano após ano, e perceber, uma e outra vez, que o gigantesco oceano que, em quase todos os outros dias do ano, nos separa não belisca em nada esta intimidade que o tempo construiu e a distância não perturba.
(Os homens na churrasqueira)
(O corte do leitão)
(As crianças)
(A fotografar as crianças)
(Não é fácil sentar esta gente toda)
(Os 3 mosqueteiros)
(O dia seguinte)
(No dia seguinte, juntaram-se a nós)
E é com estes teus posts que vou recordando a nossa malta que raramente vejo e conhecendo alguns novos que não conhecia.
ResponderEliminarAbreijos