sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Há 20 anos atrás ...


Fui mãe pela primeira vez!

Dois dias antes, um Sábado, tínhamos ido ao cinema ver o filme In the name of the father, com o fabuloso Daniel Day-Lewis. Não sei se por ser um filme muito intenso, que mexeu muito comigo, se por o som dentro da sala estar estupidamente alto, principalmente na cena inicial em que há a explosão no pub, a Mafalda esteve em permanente agitação, dentro da minha barriga. Eu devia ter percebido que a sua agitação não era normal. Devíamos ter saído da sala a meio do filme.  Mas ficámos até ao fim e na madrugada do dia seguinte, o “saco das águas” rompeu-se. 

Apanhou-me(nos) de surpresa, claro. Ainda faltava um mês! Fomos para o hospital. Ligaram-me a uma máquina. Tinha algumas dores e algumas contracções. Chorei. Estava em pânico. Não era suposto nascer já! E se não estivesse preparada para vir cá para fora? As horas seguintes foram de espera. O Rui estava comigo. Ainda conseguiu ver o jogo do Super Bowl (jogo da final do campeonato de futebol americano) na televisão que tínhamos no quarto!

Durante a noite as dores intensificaram-se mas eu achei que era normal. Aguentei. Fui muitas vezes à casa de banho. O Rui dormitava num sofá que havia ao lado da cama. Quando já não aguentava mais, quando as dores se tornaram insuportáveis, chamámos uma enfermeira. Era de madrugada. A enfermeira chamou logo outra enfermeira. Que chamou a médica. A partir daí foi tudo muito rápido. E de uma intensidade e magnitude que não consigo descrever. Acho, sinceramente, que só quem já viveu esta experiência consegue perceber. A Mafalda nasceu às 6 horas da manhã.

Pequenina, pequenina! Completamente careca. Senti um alivio tão grande quando a ouvi chorar e me disseram que estava tudo bem! Eu estava exausta, mas feliz. E é isso que mais lhe desejo, desde esse primeiro dia, todos os dias: que seja feliz! Que se realizem todos os seus sonhos, desejos e aspirações. A fasquia está sempre lá bem no alto, onde ela a coloca. E eu/nós estamos sempre aqui. Parabéns, Mafalda!





terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Welcome to America # 3


Num destes dias fui ao supermercado com um casal amigo (nós temos carro, eles não e, por isso, às vezes aproveitam a minha boleia). Entre outras coisas, compraram cervejas e cigarros. Aqui, quando se compra qualquer uma destas coisas, pedem sempre para ver um documento de identificação para verificar a idade. Quer seja a um miúdo de 18 anos, ou a um individuo de 50! 

Estavam eles na caixa a pagar as compras, um ao lado do outro, e o empregado pediu para ver um documento de identificação. O marido mostrou o seu passaporte. Logo de seguida, foi a mulher que tirou o dinheiro da carteira e fez menção de o entregar ao empregado. Que não o aceitou, pois a pessoa que mostrou a identificação tem que ser a pessoa que faz o pagamento!

“Mas ele é meu marido e está aqui mesmo ao meu lado”, disse a minha amiga.
“Ainda assim, tem que ser ele a pagar”, foi a resposta do empregado.

A olhar para ele, com um sorriso que indiciava um "sabe que está a ser estúpido, certo?", ela entregou o dinheiro ao marido. Que o entregou ao empregado. Que o aceitou. 

É a lei, cumpre-se. Sem desvios, nem facilitismos. Nunca se sabe se o Big brother is watching you!

domingo, 26 de janeiro de 2014

Depois da tempestade virá a bonança ... Certo?


Máxima - 17º C / Mínima - 24º C  
É a previsão da temperatura para amanhã!

Todos me dizem que este Inverno estás a ser excepcionalmente frio e com muito mais neve do que o habitual. O mais rigoroso dos últimos 20/25 anos, dizem. Espero que sim, pois não foi isto que me venderam! A diferença entre o que tem sido estas três primeiras semanas de Janeiro em Urbana-Champaign e, para aí, no Alaska, ou na Sibéria, ou na Gronelândia, não deve ser muito grande. E parece que vai continuar por mais uns dias.

As temperaturas têm estado sistematicamente negativas. E quando há um pouco de vento, o que felizmente não é muito frequente por estas bandas, mas às vezes lá calha, parece ainda mais frio. É o que chamam o “wind chill factor”, que é a temperatura que se sente realmente no corpo tendo em conta o factor vento. Esta chega à vontade aos – 25ºC ou - 30º C. É um frio indescritível. Que dificulta a respiração. Que dói no corpo.

Para além do frio, tem nevado todas as semanas. É preciso limpar periodicamente a neve desde a porta de casa e da garagem até à rua, se não arriscamo-nos a ficar sitiados na nossa própria casa. As estradas ficam cobertas de gelo (com o frio, a neve transforma-se rapidamente em gelo), o que obriga a uma condução super defensiva, sob pena de derraparmos ou rodopiarmos sobre 4 rodas, sem qualquer controlo sobre o carro, experiência que, por mais ligeira que seja, altera logo o ritmo dos meus batimentos cardíacos!

A Mafalda costuma dizer que o ser humano não foi feito para viver neste tipo de clima. Se calhar tem razão. Mas a verdade é que com as mordomias do Séc. XXI o nosso dia a dia não sofre grandes alterações. O que a mim me espanta acima de tudo é como é que se vivia neste tipo de clima há 100 ou 200 anos atrás, sem a tecnologia que hoje temos ao nosso dispor, que tanto nos facilita a vida e nos garante conforto.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

48


Quando era miúda/adolescente imaginava muitas vezes como seria a passagem de ano do ano 1999 para o ano 2000. Logo de seguida, pensava  que nessa altura teria 33 anos. Meus Deus, tão velha, pensava! Era o mais velha que me imaginava!

Hoje faço 48 anos! Será um ano para mais tarde recordar ou nem por isso? Será provavelmente o ano de um desejado recomeço profissional, assim colaborem os Serviços de Emigração dos USA. Será também o ano de mudança para uma casa nova. Só por isto (e espero que por outras coisas boas) será provavelmente um ano que recordarei de forma especial.

Há 1 ano atrás, neste dia, estava em Lisboa. Não tinha planeado nada de especial. O Rui estava nos USA e chovia copiosamente em Lisboa, pelo que planeei um jantarzinho caseiro com os miúdos e um serão a ver televisão.

Em vez disso, tive um jantar de anos surpresa, organizado pela minha amiga Cristina. Ela sabe que não lido muito bem com esta coisa da passagem do tempo e que o dia de anos pode ser especialmente propício a pensamentos menos joviais, pelo que apareceu em minha casa, eram quase 8 da noite, muito bem acompanhada e com tudo o que era preciso para me prepararem um jantar de anos!

Às 3 amigas que vieram de Coimbra  juntaram-se 5 de Lisboa (incluindo as minhas 2 cunhadas) e, em conjunto, proporcionaram-me um jantar de anos que, para mim será inesquecível! Pela surpresa e pela companhia, especialmente pela companhia. 

Este ano estou por casa. Está tanto frio que os miúdos não tiveram escola! Só a Mafalda teve aulas, que a Universidade só encerra em situações extremas.  Com (quase) todos em casa, tive que alterar os planos que tinha para uma parte deste dia, mas tudo bem. Toca a re-organizar o dia e aproveitar este presente inesperado! Mais logo, vêm uns amigos cá a casa tomar um café e, se o frio nos der umas pequenas tréguas, vamos jantar fora. Apetece-me muito um risotto.

Entretanto, ontem chegou cá a casa esta beleza e hoje, logo de manhã, deliciei-me com um Livanto longo, que me soube às mil maravilhas!


quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Coisas de que tenho saudades # 3

De ouvir o programa da manhã da Rádio Comercial, com o Pedro Ribeiro, a Vanda Miranda, o Vasco Palmeirim e o Nuno Markl. Principalmente agora que vai voltar o  grande Ricardo Araújo Pereira, com uma nova edição de A Mixórdia de Temáticas! 

Eram a minha companhia de manhã no carro desde que saía de casa até chegar ao escritório. E quantas vezes cheguei ao parque de estacionamento e me deixei ficar mais uns minutos sentada dentro do carro para acabar de ouvir uma qualquer maluquice, que me fazia soltar umas boas gargalhadas matinais. 

Pura diversão. E há pessoas que são pagas para fazer isto. Há empregos extraordinários!
 





segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Bendita Internet


Desde que conheço o Rui que ele adora ler o Expresso ao Sábado de manhã. E fá-lo sempre de uma forma bastante exaustiva. De preferência no café, acompanhado por uma meia-de-leite e um croissant com queijo. É quase um ritual.

Há 25 anos atrás quando viemos pela primeira vez para os USA pensámos fazer uma assinatura anual do jornal, mas desistimos quando descobrimos o preço. Eram cerca de 40 contos (200 euros), se a memória não me atraiçoa, um valor que para nós, na altura, era impensável.

Resolvemos o problema de uma maneira mais amadora. Todas as segundas-feiras a minha mãe mandava-nos o jornal por correio. Normalmente, chegava na 2ª feira seguinte, enrolado em papel pardo. Líamos o jornal com mais de uma semana de atraso, o que, na verdade, era mais ou menos irrelevante. Recebíamos o caderno principal, e os cadernos de Economia, Internacional e Desporto. Eu normalmente ficava-me pelo primeiro, o Rui devorava-os todos!

Hoje, está tudo à distância de um click. É tão fácil. E imediato. Quer seja através do acesso gratuito que a maior parte dos jornais disponibiliza, ou assinando as versões digitais mais completas, não interessa onde estamos ou que horas são, basta ter um computador (ou um tablet ou um smartphone) e ligação à internet. E estamos sempre a par do que se passa em Portugal, e não só.

A primeira coisa que a Mafalda faz de manhã quando liga o computador é ler a crónica diária do Miguel Esteves Cardoso no Público. O Miguel toma sempre o pequeno-almoço a ler A Bola. Eu, depois de os levar à escola, tomo o meu pequeno-almoço nas calmas enquanto passo os olhos pelos títulos do Público e do DN e leio a meia dúzia de artigos que me chamam a atenção e os 3 artigos que o The New York Times deixa ler gratutitamente por dia. O Rui lê vários jornais, generalistas e desportivos. E aos Sábados, claro, lê o Expresso, de preferência no Café Paradiso, acompanhado por um expresso macchiato e uma bagel com manteiga. Pequenos ajustes que a vida vai impondo!

sábado, 18 de janeiro de 2014

Bacalhau Espiritual


A Mafalda chegou na 4ª feira de Portugal e com ela trouxe, no fundo da sua mala, uma caixa de bacalhau seco desfiado! Assegurou-se antes que era permitido transportá-lo com ela no avião e durante a viagem declarou-o ao preencher os formulários de entrada nos USA. Correu tudo bem. Tanto no check-in como na alfândega não levantaram qualquer problema. E o bacalhau chegou são e salvo ao seu destino – a nossa casa! (Carne não se pode trazer. É proibido. Mas carne há cá muita!).


E hoje presenteou-nos com um bacalhau espiritual para o almoço, receita do José Avillez! É uma das minhas receitas preferidas de bacalhau e estava delicioso!








sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Welcome to America #2


A partir do dia 1 de Janeiro de 2014, a University of Illinois passou a ser um Smoke-Free Campus. Isto significa que é proibido fumar em toda a universidade: dentro de todos edifícios, incluindo os pavilhões desportivos e os parques de estacionamento, mas também nas ruas, passeios e jardins. E até dentro dos carros que circulem ou estejam estacionados dentro do perímetro da universidade. E estamos a falar de uma área que abrange cerca de 18 Km2!

As razões apresentadas em defesa desta medida são as habituais: os malefícios do tabaco, incluindo o secondhand smoke, e a necessidade de criar um ambiente mais saudável para todos. E claro, os custos acrescidos na área da saúde. Mas será razoável proibir que se fume ao ar livre ou dentro do carro de cada um? Estar-se-á a limitar de forma desproporcionada a liberdade individual dos fumadores, tendo em conta que de tal proibição não parece advir grande benefício para a saúde e bem estar dos não fumadores?  

Não sou fumadora e gosto de estar em ambientes livres do fumo dos cigarros. Acho que o meu bem estar social sofreu melhorias significativas após a aprovação e implementação da “lei do tabaco” que está atualmente em vigor em Portugal. É bom poder estar num café ou restaurante e não estar rodeada pelo fumo dos cigarros dos outros. Mas esta medida parece-me um pouco exagerada e, no entanto, por aqui não se ouvem grandes protestos, e muito menos comentários inflamados contra esta tirania do politicamente correto! 

E depois vemos este título no The New York Times de hoje – List of Smoking-Related Illnesses Grows Significantly in U.S. Report - e ficamos a pensar se não será mesmo melhor cortar o mal pela raiz. Perdoem-me os fumadores, principalmente os meus amigos fumadores, mas se calhar o vosso cigarro é ainda mais prejudicial do que eu pensava.

Podem ler o artigo do The New York Times aqui.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

13 de janeiro de 2014


Dia de operação ao joelho. Deixei o Rui na clinica às 7:15 da manhã. Depois de levar os miúdos à escola voltei. Passei a manhã na sala de espera. Numa das paredes havia um ecran grande onde podia ir acompanhando o percurso do Rui “lá dentro”. A cada paciente é atribuído um número (para garantir a sua privacidade) que nos permite, em cada momento, saber onde é que ele está. Enquanto estive à espera, saltitei do computador (havia internet grátis) para o livro que comecei a ler – Americanah da autora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie. Havia uma televisão ligada, mas não me incomodou. Ansiei por um café.

Por volta do meio-dia, vi no ecran que a operação tinha acabado. O Rui foi para o recobro. Logo de seguida, o médico veio falar comigo (um senhor de meia idade, muito calmo e simpático). Encaminhou-me para uma pequena sala onde me explicou, com uma voz pausada, o que tinha feito, mostrando-me fotografias das várias fases da operação, como tinha corrido e o que nos esperava nos dias que se seguirão. 

Voltei para a sala de espera a digerir a informação toda. O Rui nunca mais saía do recobro. Comecei a ficar com fome. Não havia nada para comer ou beber nas redondezas. Dividida entre o “não posso sair daqui, que o Rui já está no recobro e devo estar quase a poder ir vê-lo” e o “devia ir comer qualquer coisa enquanto ele está no recobro, se não vou ficar com uma bonita dor de cabeça.” Fui ficando, até que me vieram chamar. E lá fui eu de estômago vazio. Encontrei o Rui ainda meio “grogue” da anestesia.

Uma enfermeira muito simpática ía acompanhando a sua evolução, enquanto ía descarregando uma série de informação, documentação e instruções sobre o que fazer e não fazer nos próximos dias. Aos poucos, o Rui ía ficando cada vez mais desperto. Ao fim de cerca de 2 horas, deram-lhe alta e viemos para casa. Estava um lindo dia de sol e uns loucos 9º positivos!

Aqui fica a foto (nada bonita) do joelho para a posterioridade:



Mas o dia 13 de janeiro foi também o dia da primeira aula de dança jazz da Matilde. Finalmente! Ao fim do dia, levei-a ao estúdio, vestida e calçada a rigor, feliz da vida e com um sorriso de orelha a orelha! Quando a fui buscar, assisti, do lado de fora da porta envidraçada, à parte final da aula e não é que a miúda já acompanhava sem qualquer problema a coreografia que a classe vai apresentar no recital do final do ano lectivo (e que as outras miúdas tinham começado a ensaiar em Novembro). Temos bailarina!

domingo, 12 de janeiro de 2014

E agora as férias!


A chegada a Lisboa não foi auspiciosa. Eram 3 da tarde de um dia chuvoso e nessa manhã tinha havido greve no Metro. A 2ª circular estava o caos. E num ápice lá se foi a visão romântica da cidade que quem está fora vai construindo e retendo no seu imaginário!

Foram dias muito intensos. Entre a família e os amigos. Entre Lisboa e Coimbra. Uma correria. Conseguimos estar com quase toda a gente que queríamos ver. Infelizmente não tanto tempo como gostaríamos. Soube a pouco o tempo que estivemos com cada um(a). Mas ainda assim soube muito bem!

À boa maneira portuguesa quase todos os encontros aconteceram à volta de uma mesa. Muitos almoços e jantares! Mais os 80 anos do meu sogro, umas Bodas de Prata de uns amigos, a ceia de Natal, o almoço de Natal, o Fim d´Ano. Muita comida. Come-se muito bem em Portugal, todos sabemos. Em casa e fora!

Logo no dia em que cheguei tive um cheirinho do que iam ser os dias seguintes. Jantar com 2 amigas (e umas quantas crianças) no Vasco da Gama. O sítio não era o ideal, mas isso foi (como quase sempre) completamente secundário.  Depois, enquanto uma delas foi com a  criançada ao espetáculo de Natal da Rádio Comercial, fiquei com a outra à conversa. Havia muita conversa para pôr em dia, apesar do enorme cansaço que sentia da viagem.  

No dia seguinte fui ao “meu” escritório rever as pessoas com quem tive o enorme privilégio e prazer de trabalhar durante muitos anos. E foi como se tivesse lá estado no dia anterior! Só que agora sem a preocupação de ter que resolver os problemas (sempre urgentes) dos clientes, sem ter uma série de telefonemas e e-mails em atraso, sem ter prazos a chegar ao fim. Estava tudo na mesma, excepto a “minha” secretária que estava ocupada por outra pessoa! Ouvi os desenvolvimentos de algumas histórias antigas, ouvi histórias novas de velhos clientes. Tudo me soou familiar, mas ao mesmo tempo muito distante ... Fomos almoçar todos juntos, como sempre fizemos ao longo dos anos para celebrar momentos importantes.

Num outro dia da semana seguinte, fui almoçar com a Rita, amiga e colega de escritório. Que saudades dos nossos almoços no pronto-a-comer do Castil e das nossas conversas sem fim. Partilhámos o mesmo gabinete durante 18 anos, sabíamos (quase) tudo da vida uma da outra. Não obstante as nossas diferenças, criámos uma enorme cumplicidade, de que sinto muita falta. Na verdade, conversar com a Rita tornou-se quase uma terapia! Durante muitos anos sempre me referi a ela como sendo “a minha colega de escritório”, até que me apercebi quão redutora era essa descrição.  
 
Ainda em Lisboa, fui ao Careca comer um croissant (e comprar 2 para o Miguel). Fui às Amoreiras, o meu centro comercial preferido. Fui ao Piazza di Mare, mas como era de noite perdi o melhor que aquele sítio tem. A vista deslumbrante sobre o rio Tejo e a ponte 25 de Abril. Fui à Loja das Conservas, na Rua do Arsenal, um espaço novo de venda de conservas nacionais. Não houve tempo para muito mais. Principalmente não houve tempo para ir ao Chiado, o coração da cidade, onde gosto muito de ir.

Em Coimbra, normalmente não vamos a sítios. Estamos com pessoas. Apesar de ter muita vontade de visitar o “novo” Museu Machado de Castro. Mas ainda não foi desta. Estamos com a minha família, a quem todo o tempo que passamos lá sabe sempre a pouco e estamos com  o nosso grupo de amigos, de longa data, dos tempos do liceu e da Faculdade. Nesta altura do ano, o ponto alto é a Passagem d´Ano, que fazemos juntos há décadas!

Os miúdos adoraram estar com os primos (grandes e pequenos), com os avós e com os tios. E com os amigos. E foi bom ver que o  fizeram de uma forma muito saudável e natural. Espero que apesar da distância consigam manter e fortalecer estes laços, pelo menos alguns deles, que outros irão naturalmente esvanecer-se, tal como se esvaneceriam se continuássemos a viver em Portugal. É assim a vida.