sexta-feira, 29 de novembro de 2013

E foi assim o nosso Thanksgiving

Começou cedo. De amanhã, ainda em nossa casa, fiz o arroz e preparei as batatinhas para, mais tarde, serem assadas no forno. A Mafalda, como sempre, ficou encarregue da doçaria e não desiludiu! Fez um bolo de chocolate (a sua receita habitual - da avó do marido de uma amiga minha!) e uma tarte de maçã (receita da Leonor de Sousa Bastos, a sua chef favorita).

Em casa da Cecília e do Tom (que vivem na downtown Champaign, num apartamento muito giro, num edifício recuperado que já foi um templo massónico!), o perú, recheado com stuffing, feito de castanhas, vegetais variados e especiarias, foi para o forno por volta do meio-dia. Leva 5 longas horas a atingir o ponto!  

Nós chegámos por volta das 2 da tarde. E a partir daí foi muita conversa, com música de fundo, interrompida por (ocasionais) choros de bebé. Entradinhas diversas, que até incluiram o saudoso "tremoço" que a Cecília conseguiu encontrar num supermercado internacional! 

O jantar começou por volta das 6 da tarde: o perú assado, acompanhado por cranberry sauce, batatinhas assadas, arroz e salada. Para sobremesa, ao bolo de chocolate e tarte de maçã, juntaram-se uma salada de fruta e uma pumpkin pie.  

O final da noite foi a jogar dominó!


(Não consegui fotografar o perú inteiro. Quando dei por ele já estava assim!)




segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sunday Brunch





Foi ontem, em nossa casa, com uma família da Catalunha (nem pensar em dizer que são uma família de Espanha!) que, como nós, decidiram recomeçar do outro lado do Atlântico. São tantas as afinidades!

Um casal, com 2 filhos. Viviam em Barcelona. Ela arquitecta e professora universitária. Ele publicitário, a trabalhar por conta própria. Ela teve uma oferta de emprego na University of Illinois em Urbana-Champaign e decidiram arriscar. Saír da sua zona de conforto, como agora se diz! As coisas não estavam a correr tão bem como estavam habituados, por causa da crise. Sempre a crise.

O filho mais velho é colega do Miguel na High School. Jogam futebol juntos. Foi, assim, que nos conhecemos.

E esta é a parte que eu mais gosto nesta nossa aventura – a possibilidade de conhecer pessoas novas. De conversar, descobrir de onde vêm, o que faziam antes, porque razão aqui estão e o que desejam para o futuro. E se tivermos sorte, encontraremos algumas com quem quereremos partilhar momentos da nossa vida futura. Porque há sempre espaço para novos amigos!

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Thanksgiving


Estamos em contagem decrescente para o Thanksgiving, um dos mais importantes feriados nacionais nos Estados Unidos. E como as Universidades e as escolas encerram por alguns dias, o entusiasmo à sua volta é enorme.

O primeiro Thanksgiving remonta a 1621, ano em que um grupo de Pilgrims se reuniu, à volta de uma mesa, para celebrar e agradecer terem conseguido sobreviver mais um duro inverno e o sucesso das colheitas. Tornou-se feriado nacional em 1863, em plena guerra civil, por decisão de Abraham Lincoln.  

Actualmente, celebra-se na 4ª quinta-feira do mês de Novembro e marca o início da holiday season, que se prolongará até à passagem do ano. 

É um fim-de-semana prolongado, em que as famílias se reúnem, o que significa uma gigantesca movimentação de pessoas em todo o país. A confusão nas auto-estradas e nos aeroportos, os atrasos dos aviões, tudo agravado pelo mau tempo que nesta altura do ano já se faz sentir um pouco por todo o norte do país, são um clássico desta época. 

Tudo começa com um grande jantar na 5ª feira, uma mesa grande, toda decorada, em que não pode faltar o tradicional perú assado recheado, puré de batata doce, baked potatos, legumes e saladas, tarte de abóbora e tarde de maçã (a minha favorita, sempre!).

Nós vamos jantar com os outros portugueses que vivem em Urbana-Champaign – a Cecília, casada com o Tom, australiano e a sua bebé Amy de 8 meses e o Daniel, casado com a Christine, canadiana, e a sua bebé Beatriz de 2 meses. É um grupo muito simpático, em que tentamos falar inglês, para que o Tom e a Christine não se sintam deslocados, mas em que invariavelmente acabamos a falar alto, sobre Portugal e em português! Nada a fazer!

Este ano o jantar será em casa da Cecília e do Tom. O perú já está encomendado. Cozinhá-lo está a cargo do Tom. O resto das tarefas estão divididas. Vai ser divertido. Será o início de uma "nova tradição"?

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

A minha "prima ballerina"


A Matilde adora dançar. Em Lisboa, teve aulas de ballet durante 3 anos. Em Junho passado, depois do espetáculo final, anunciou que aqui não queria continuar no ballet. Que queria experimentar outro tipo de dança. Menos clássica. 

Nestes primeiros meses decidimos não a inscrever em atividades extra-curriculares. Pensámos que o mais importante era aprender a falar bem inglês  e que esta missão iria consumir todas as suas energias (para além, claro, das tarefas normais da escola – testes, trabalhos de casa, projetos, etc.). Por outro lado, não sabendo ainda falar bem a língua, pensámos que seria difícil para ela gerir mais este espaço de interação com terceiros. Que só a iria stressar desnecessariamente. 

Não podíamos estar mais errados! É que a miúda precisa mesmo de dançar! Não passa um dia que não se feche no quarto a ensaiar coreografias de músicas que ouve no you tube! Para ela a dança não é uma fonte de stress. É algo que a faz feliz, muito feliz! 

E, por isso, já fizemos uma aturada pesquisa de mercado, já assistimos a umas quantas aulas e já escolhemos a escola/estúdio onde a vamos inscrever para, em Janeiro, começar as tão desejadas aulas de dança, mais precisamente de dança jazz! E só este plano a deixa com um sorriso estampado na cara!




segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Vida empacotada

Uma grande parte das nossas coisas estão empacotadas na garagem e no basement da nossa actual casa – uma casa que alugámos por um ano a um casal de professores universitários que está em licença sabática na costa leste.




Não tenho dúvidas que tivemos muita sorte em ter à nossa disposição uma casa completamente mobilada e equipada, onde nos instalámos no dia em que chegámos a Urbana-Champaign. Sem ter que procurar, sem ter que comprar coisas à pressa.

Mas tenho saudades das nossas coisas! Daquelas que sobreviveram o processo de selecção que fizemos antes de partir e que aguardam a mudança para a nova casa para verem a luz do dia! Esta mudança obrigou-nos a fazer isso – escolher, decidir aquilo com que queríamos realmente ficar e que valia a pena trazer connosco.

Quem me conhece sabe que não sou nada de acumular tralha. Mas ainda assim, ao fim de 18 anos a viver em Lisboa, é incrível a quantidade de coisas que tínhamos. Muitas delas eram coisas que não precisávamos, que quase nunca usámos, de que nem sequer gostávamos muito. Todas estas ficaram pelo caminho, juntamente com outras que, por razões práticas, não valia a pena trazer connosco.  

Irão certamente dar lugar a outras coisas, coisas novas, pelo menos novas para nós, que aqui há muitas lojas de artigos em segunda mão, onde se encontram verdadeiras preciosidades a bons preços - no outro dia comprei uma mesinha de apoio em madeira, numa loja vintage em downtown Champaign, que foi amor à primeira vista. 

É bom, de vez em quando, fazer esta limpeza e renovação! E, a seguir, começar tudo outra vez!

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Parabéns, Miguel!




Foi há 15 anos atrás que este miúdo nasceu! Em Lisboa, no Hospital S. Francisco Xavier, com 3,695 Kg e 50 cm de altura. Uns minutos depois, deitado ao meu lado numa maca, no corredor, já estava a mamar sofregamente, como se já o tivesse feito muitas vezes e, por isso, soubesse exactamente o que fazer!

O tempo passou, tão, mas tão depressa! Já é um adolescente. Giro, por dentro e por fora, generoso, independente, responsável q.b., com sentido de humor. Benfiquista de alma e coração, que ninguém é perfeito!

 





quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Stay at home mom


Tradicionalmente, o universo da maternidade divide-se entre as mães que trabalham fora de casa e são remuneradas por isso e aquelas que ficam em casa a cuidar dos filhos, sem direito a qualquer remuneração. Aos 47 anos e com três filhos crescidos, estou a viver pela primeira vez esta última realidade. E talvez porque o ano passado foi muito difícil e cansativo, em todos os aspectos, está a saber-me muito bem! 

A possibilidade de ir, todos os dias, buscar a Matilde à escola, às 3 da tarde. De a acompanhar nos trabalhos de casa e nos passeios e lanchinhos que, às vezes, nos damos ao luxo de fazer, assim a meio da semana, só porque sim.  Poder ir ver os jogos de futebol do Miguel às 4 e tal da tarde, ou de o ouvir na galhofa com os amigos, no basement da nossa casa, depois das aulas. Estar em casa quando a Mafalda aparece para almoçar ou ir com ela fazer uma ou outra comprinha a meio do dia, tem sido um prazer e um privilégio.


Sei que não vai durar muito tempo e, se calhar, também por isso é que tem sido tão bom. Em breve, quando as rotinas estiverem todas estabelecidas e as burocracias tratadas, sei que novos desafios me esperam e que os vou receber de braços abertos. Mas, para já, I am a stay at home mom com todo o gosto!

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A primeira neve

Foi hoje! Quando acordámos estavam - 7º C e tudo branquinho! Mas a neve ofusca o frio! 

De manhã muito cedo, quando o dia está a começar e ainda não se vê vivalma na rua, a neve é de uma enorme beleza. Depois, aos poucos, as pessoas e os carros vão deixando as suas marcas e lá se vai a magia. 

Fica o frio, muito frio! Neste momento, a meio do dia, estão zero graus e isto é o mais quente que vamos ter hoje. Mas está um lindo dia de sol! 










sábado, 9 de novembro de 2013

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Coisas de que tenho saudades # 2


Peixe. Grelhado, assado, cozido, de qualquer maneira, que não sou esquisita. 

Por aqui, peixe fresco é praticamente sinónimo de salmão, que infelizmente não reúne o consenso em nossa casa. 

Bacalhau salgado não há. Na verdade, no outro dia, depois de muito procurar, encontrei umas embalagens de bacalhau salgado, num supermercado internacional, mas era "Made in China". Achei estranho. Não comprei. Mas um destes dias, arrisco. Quanto mais não seja dará para fazer um bacalhau com natas ou espiritual!

Assim, ficamos reduzidos ao atum (enlatado), que comemos com alguma frequência e de variadas maneiras. Na verdade, podiam ser mais variadas, mas até agora ainda ninguém reclamou! 

O engraçado é que quando vivíamos em Lisboa, a nossa alimentação já era largamente dominada pela carne, mas o peixe estava ali, disponível. E quando apetecia, era fácil satisfazer a vontade. Era uma questão de escolha e não uma imposição.

Como diz o ditado, "o fruto proibido é o mais apetecido"! 

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Outono # 2

As cores são irresistíveis! A pé ou de carro, parece que estou a entrar num quadro ou num cenário.  

Estas fotos foram tiradas no Domingo, à tarde, num parque perto da nossa casa. É assim o Outono no Midwest! Quando não está enevoado e a chover, como hoje ... 













domingo, 3 de novembro de 2013

Sweet November


O primeiro fim-de-semana de Novembro teve a despedida do Farmer´s Market, na sua versão outdoors, que só voltará em Maio. A partir de agora teremos uma versão indoors, mais pequena e certamente menos colorida. Vou ter saudades desta rotina dos Sábados de manhã!







Teve o último jogo da época dos Tigers, a equipa de futebol da escola do Miguel. Perderam a final dos Sectional - com um golo nos últimos minutose a oportunidade de chegarem à final estadual. Na Primavera começa tudo outra vez!





E teve um jantar em casa, com amigos, em que tivemos o privilégio de ter um Italiano/Napolitano a cozinhar uma massa fresca from scratch. Foi uma longa noite, mas valeu a pena. A iguaria ficou uma delícia. Mas o melhor da noite foi a conversa. Na cozinha, claro.











sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Halloween


Já passou. E dou a mão à palmatória: foi muito giro!

Mas afinal o Halloween é só uma espécie de Carnaval. Sem desfiles organizados, sem rainhas a tiritar de frio, sem sambódromos, sem martelinhos, nem bombas de mau cheiro.

Com muitas crianças e alguns adolescentes na rua, mascarados, super divertidos, a bater de porta em porta, repetindo a cantilena do "trick or treat" até à exaustão e a ser sempre muito bem recebidos pelos vizinhos, que os esperam nesta noite colorida e agitada, muitos deles com as casas decoradas para a ocasião, com abóboras, fantasmas, esqueletos, aranhas, e outras coisas do género.

Fui com a Matilde e 3 amigas da escola. Mantive-me sempre na retaguarda, uns bons metros atrás delas, como observadora, pronta a intervir se alguma coisa corresse menos bem. Mas não foi preciso.

Acabaram a noite com um balde cheio de doces, todas molhadas, pois quase no fim começou a chover, mas felizes da vida. Para o ano há mais!