Desde que conheço o
Rui que ele adora ler o Expresso ao
Sábado de manhã. E fá-lo sempre de uma forma bastante exaustiva. De preferência
no café, acompanhado por uma meia-de-leite e um croissant com queijo. É quase
um ritual.
Há 25 anos atrás
quando viemos pela primeira vez para os USA pensámos fazer uma assinatura anual
do jornal, mas desistimos quando descobrimos o preço. Eram cerca de 40 contos
(200 euros), se a memória não me atraiçoa, um valor que para nós, na altura,
era impensável.
Resolvemos o
problema de uma maneira mais amadora. Todas as segundas-feiras a minha mãe
mandava-nos o jornal por correio. Normalmente, chegava na 2ª feira seguinte, enrolado
em papel pardo. Líamos o jornal com mais de uma semana de atraso, o que, na
verdade, era mais ou menos irrelevante. Recebíamos o caderno principal, e os
cadernos de Economia, Internacional e Desporto. Eu normalmente ficava-me pelo
primeiro, o Rui devorava-os todos!
Hoje, está tudo à
distância de um click. É tão fácil. E imediato. Quer seja através do acesso
gratuito que a maior parte dos jornais disponibiliza, ou assinando as versões
digitais mais completas, não interessa onde estamos ou que horas são, basta ter
um computador (ou um tablet ou um smartphone) e ligação à internet. E estamos sempre a par do que se passa em Portugal, e não só.
A primeira coisa
que a Mafalda faz de manhã quando liga o computador é ler a crónica diária do
Miguel Esteves Cardoso no Público. O
Miguel toma sempre o pequeno-almoço a ler A
Bola. Eu, depois de os levar à escola, tomo o meu pequeno-almoço nas calmas enquanto passo os olhos pelos títulos do Público
e do DN e leio a meia dúzia de artigos
que me chamam a atenção e os 3 artigos que o The New York Times deixa ler gratutitamente por dia. O Rui lê vários jornais, generalistas e desportivos. E aos
Sábados, claro, lê o Expresso, de
preferência no Café Paradiso, acompanhado por um expresso macchiato e uma
bagel com manteiga. Pequenos ajustes que a vida vai impondo!
Eu, quando era criança, imaginava a vida depois do ano 2000 e pensava como nos desenhos dos Jetsons, carros que voavam, cápuslas onde a gente entrava e saia já vestido etc...
ResponderEliminarHoje olho e vejo que a vida continua mais ou menos como sempre, os carros, no chão, há armário para roupas etc... Mas a internet! Meu Deus! Como revolucionou tudo, como nos traz o mundo para cá, para o meu sofá! Aproxima tanto as pessoas!
Acho que a internet e o telemóvel foram sem dúvida a grande diferença do ¨futuro¨ ...Nem quero imaginar a vida sem eles!