terça-feira, 28 de junho de 2016

Divagando...

Como eu me lembro do tempo em que tínhamos 3 meses de férias no Verão! Os meus filhos, cada um à sua maneira, estão todos a aproveitar bem este privilégio!




Esta foto foi tirada há uns dias atrás, quando a Matilde foi passar uma tarde com algumas amigas à piscina. Não sei se no futuro a vão conseguir reproduzir facilmente. No próximo ano lectivo, vão todas para a High School, seguindo caminhos diferentes. Duas delas vão para a Urbana High School, 1 para uma das escolas de Champaign e a outra vai passar 1 ano em Viena, Austria, aproveitando um ano de sabática dos pais.

Para o Miguel o desafio será ainda mais difícil, já que os seus amigos vão estar espalhados por todo o país, nas mais diversas Universidades e Colleges. Os fins de semana e férias em Urbana vão ter que ser muito bem geridos entre a família, a namorada e os amigos. 

Já lhes expliquei que as amizades não crescem, nem existem, em abstracto. É preciso investir nelas, de forma activa, carinhosa e constante. É preciso dedicar-lhes tempo e atenção. Eu não o tenho feito com a intensidade e regularidade que gostaria, sempre com a desculpa de que  neste momento a vida está demasiado complicada, mas muito em breve as coisas vão ser mais fáceis e vou poder fazê-lo com a dedicação que os meus amigos merecem (grande estupidez, eu sei, mas a voz que mo sussurra geralmente sucumbe à voracidade do dia a dia). 

Também já lhes expliquei que, muito provavelmente, não continuarão amigos de todos os seus actuais amigos. O tempo e a distância, e o destino, vão-se encarregar de separar o trigo do joio. Se forem espertos e tiverem sorte, ficarão os melhores. Muito frequentemente, olho para trás e fico surpreendida com o facto de haver tantas pessoas que em determinado momento da minha vida foram tão importantes e tão presentes, e depois desapareceram completamente, não sabendo eu sequer, em alguns casos, onde estão e o que fazem. 

Por razões óbvias, a dinâmica das amizades à distância é algo que me interessa e para o qual estou especialmente alerta, ainda que a prática fique, muitas (demasiadas) vezes, aquém da teoria, pelo que espero conseguir ver os sinais de alerta (se os houver) e ser uma boa conselheira nos momentos chave, pois se há coisa que também já percebi é que eles nos ouvem, ainda que, no momento, não pareça! 

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