segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Fim de semana prolongado

Este fim de semana prolongado do Thanksgiving soube mesmo bem. Muito caseiro, mas com alguns programas fora. Muitos momentos em família e alguns com amigos, incluindo o jantar de Quinta-feira que foi em casa de amigos e o de Sábado em que tivemos amigos em nossa casa. Compras em dose moderada, pois não dá para ignorar completamente a Black FridayForam 4 dias (quase) perfeitos. 

Ainda me lembro bem de, há uns anos atrás, quando os miúdos eram mais pequenos, os fins de semana serem tão cansativos, que a partir do meio da tarde de Domingo eu já só desejava que Segunda-feira de manhã chegasse rápido para eles irem para a escola e eu poder ir trabalhar descansadamente! Pois esses dias já lá vão e agora, que estou naquela fase, digamos que, mais madura, em que já começo a antecipar o dia em que eles vão sair de casa, os fins-de-semana são muito mais doces. Principalmente, quando chove e faz frio lá fora e cá dentro está quente e acolhedor.  E eles andam por aqui, ora no quarto, ora no sofá, ora na cozinha à volta do frigorífico. 
Este longo fim de semana que passou teve tudo isto! 


Estou definitivamente a começar a sofrer (por antecipação) do "síndrome do ninho vazio", pelo que neste momento me dá um prazer muito especial tê-los ao alcance de um olhar. E não, não estou exagerar. Este fim de semana prolongado foi para os meus filhos mais velhos tempo de trabalhar nas suas candidaturas - ela à Graduate School, ele à Universidade. E ambos sonham alto pelo que, muito provavelmente, daqui a pouco mais de 9 meses estarão ambos de malas feitas, desejosos de iniciar mais uma fase das suas vidas. E eu, num misto de orgulho e tristeza, serei sempre a primeira a desejar que voem alto, mesmo que isso signifique que voem para longe. 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

My kind of movie

Não podiamos ter começado melhor este fim-de-semana prolongado do Thanksgiving. Ontem à noite fomos ver Spotlight e adorei. Conta a história, baseada em factos reais, da investigação levada a cabo em 2001 por uma equipa de jornalistas do Boston Globe que  desmascarou o escândalo de pedofilia na Diocese de Boston da Igreja Católica. Um abuso que se arrastou durante décadas, involveu muitos padres e ainda mais crianças, com o conhecimento e silenciamento da cúpula local da igreja católica, incluindo o Cardeal de Boston. Gostei de tudo neste filme! A história, o elenco, o ritmo. Várias vezes ao longo do filme pensei "Ainda bem que aqui estou. Gosto mesmo disto"!


Primary_spotlight

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Só mais este

E prometo que não falo mais da brilhante época futebolista do meu filho. 

Mas para aqueles que pensaram ao ler isto que eu estava a exagerar, que só podia ser coisa de mãe babada, que acha sempre que o seu filho é o melhor do mundo. Que o puto se calhar até dá uns toques, mas com certeza que não é nenhum Cristiano Ronaldo, só tenho a dizer que na terça-feira, durante o jantar de encerramento do futebol, o meu craque ganhou: 


Prémio: Top Defensive Player (ex aequo com Joe Wilson)

MVP - Most Valuable Player







Foi muito bom e acabou bem. Fez amigos para a vida (espero). Mais não se pode pedir!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Escolhas

No Sábado, ela foi ao cinema com as amigas ver o filme Suffragette. Saíram de lá silenciosas e surpreendidas. Afinal foi uma luta violenta. Afinal foi preciso que muitas fizessem sacrifícios enormes. E não foi assim há tanto tempo. E há países no mundo onde ainda está a acontecer. No final do filme, passou uma lista de países com as datas em que as mulheres conquistaram o direito de votar. O último era, claro, a Arábia Saudita onde, em pleno ano de 2015, as mulheres ainda não o conseguiram. 


(Erin, Zoe, Matilde e Anna)

No Domingo, ele foi ao cinema com os amigos ver o último filme do 007, Spectre. Saíram de lá ruidosos e animados. Não foi mau, disseram, apesar de não chegar aos calcanhares de Skyfall. Depois vieram para nossa casa, festejar os 17 anos do Miguel!


(Victor, Hugo, Miguel, Bernie, Magnus, Joe, Mohamed, Dmisio e Noah)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

W.U.N.A.

West Urbana Neighborhood Association

Sabia da existência desta associação de moradores mas só recentemente aderi. Ainda estou para decidir se fiz bem ou mal ... A principal ferramenta da Associação é um e-mail de grupo, que serve para manter os moradores informados em relação ao que se passa qui no bairro, mas que acaba por ser o repositório de todo o tipo de informações, pedidos, comentários, desabafos, discussões, criticas. Conclusão, tenho e-mails a pingar na minha "caixa de entrada" constantemente.

Muita da informação é útil. Se alguém precisa do contacto de um canalizador, de uma costureira ou de um jardineiro, manda um e-mail e, em menos de um fósforo, tem um número muito considerável de nomes e contactos, com descrições pormenorizadas das razões pela qual tal prestador de serviços merece ou não a nossa confiança. Se alguém encontrou umas chaves na rua, lança o alerta e, regra geral, rapidamente as entrega ao dono. No outro dia, alguém se queixou de que roubaram a bicicleta à filha e não é que, dezenas de e-mails depois, encontraram o raio da bicicleta?


Mas para além disto, é impressionante o número de conversas infinitas sobre os mais variados temas, normalmente relacionados com a cidade ou o bairro. E há sempre, sempre, gente que tem tempo e paciência para discorrer profusamente sobre tudo e mais alguma cosa. Se for preciso mais do que uma vez ao longo do dia.

Só para terem uma ideia, recentemente, discutiu-se de forma minuciosa o que fazer ao cocó dos cães - devem os donos apanhar o dito e levá-lo para casa em saquinhos de plástico, será aceitável dispôr do dito nos caixotes do lixo que existem na via pública, ou deve a cidade instalar caixotes do lixo especiais para o efeito? Noutro dia, discutiu-se acaloradamente o que fazer em relação a um indivíduo que foi visto a bater a várias portas, em diversas horas do dia, e que alegava sempre que precisava de ajuda porque tinha deixado as chaves dentro do carro e não tinha forma de o abrir. É claro que ao fim do dia já toda a gente tinha uma descrição pormenorizada do indivíduo, e a verdade é que rapidamente deixou de ser visto nas redondezas.

É, sem dúvida, uma ferramenta útil, apesar de às vezes não ter muita paciência para tanta conversa. Mas é um daqueles problemas fáceis de resolver! Acho que fiz bem!



WUNA, O, WUNA
By Jeff Unger

What’s that noise, what’s that smell?
Let’s ask WUNA, I can’t tell.
Feral cats? City rats? Police training? (Rat-a-tat.)
Traffic circles, bike lanes, poop,
WUNA’s always got the scoop ...
Want a mattress? Need an herb?
They’re on the street, friend, at the curb.
Help! Someone’s snatched my front-porch pumpkin,
Please don’t accuse a country bumpkin.
We know not to cast aspersions –
Racial, ethnic, gender versions.
All are equal, free to post,
On any topic, coast to coast.
“Hey, I need a good proctologist,”
(Seamstress, painter, or geologist).
The questions come from near and far
(“Where might I find some Arctic char?”)
Few topics ever seem verboten:
There’s Carle and Wise and concealed totin’;
Taxes, Prussing, Steve Salaita,
On-list, off-list, day and nighta.
Discussions come, discussions go
Sometimes come back – AGAIN? – oh, no.
But in the end, despite its quirks,
We love our WUNA and its perks.


segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Sweet November

Sweet November, o tanas! 

O frio chegou em força. É fechar janelas e ligar o aquecimento que durante a noite as temperaturas já andam muito próximo de valores negativos. Mudou a hora, o que significa que às 5 da tarde quando saio do trabalho já está quase de noite. As cores bonitas do Outono estão todas espalhadas pelo chão, deixando as árvores nuas, a adivinhar o que aí vem ... Não fora o meu filhote fazer anos (17 !!!!) e haver o Thanksgiving, que é sempre um bom motivo para uma jantarada com amigos (já que não há família por perto) e o mês de Novembro podia muito bem estar a disputar o lugar de pior mês do ano! Assim, acho que empata com Fevereiro, cuja única coisa boa é o facto de ser mais pequeno ...





quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Wish list

Estamos a chegar aquela altura do ano em que, a pouco e pouco, tudo começa a cheirar a Natal, apesar de por estas bandas ainda haver o Thanksgiving. O que me despertou para o tema foi um e-mail que recebi há uns dias atrás de uma das minhas cunhadas a perguntar como é que vai ser o Natal este ano. Todos os anos temos que acertar agulhas - umas vezes é a Noite de Natal em casa dos pais e o Dia de Natal em casa do sogro/cunhados. Outras vezes é ao contrário. O ideal seria alternar, para não termos que "discutir" o assunto ano após ano, mas a verdade é que vida é sempre mais complicada do que os planos teóricos e, por isso, nem sempre dá jeito alternar. 

Durante muitos anos, com os pais e os sogros a viver na mesma cidade, era fácil. Tudo acontecia, sem dramas, entre a Bencanta e os Combatentes. Mais tarde, com a ida dos pais do Rui para Lisboa, a coisa complicou-se um bocadinho. A tradição manteve-se - a noite com uns e o dia com os outros - mas as rotinas alteraram-se e lá nos habituámos a levantar cedo no dia de Natal para nos fazermos à auto-estrada. Agora que estamos do outro lado do Atlântico, tudo requer ainda mais (e melhor) planeamento, pois que o tempo se tornou num bem muito precioso. Mais uma vez, a tradição mantém-se, mas a verdade é que todos os dias (e noites) das 2 semanas de férias contam, mas já sei que por mais malabarismos que façamos, no fim, vai sempre saber a pouco. 


Claro que o assunto "Natal" trouxe, naturalmente, por arrasto o assunto "prendas". Felizmente que, neste campo, a minha lista está cada vez mais pequena. Isto de ter sobrinhos (e filhos) cada vez mais crescidos, que querem mesmo é dinheiro para depois comprarem o que quiserem, aliado ao facto de termos um espaço muito limitado dentro das nossas malas de viagem para transportar prendas, retirou bastante pressão dos meus ombros. 

Ter listas de prendas para dar aos outros mais pequenas, faz com que sobre algum tempo para pensar na minha própria lista de prendas. E como este ano, logo a seguir ao Natal, vem o meu big 50, há que aproveitar o momento. No topo da minha wish list está uma boa máquina fotográfica. Uma que seja relativamente pequena, leve, com uma boa definição e um bom zoom, que isto de só tirar fotografias com o telemóvel está a tornar-se muito redutor. Na verdade o que eu queria mesmo era um telemóvel com uma boa máquina fotográfica incorporada, mas acho que o actual estádio de desenvolvimento tecnológico ainda não permite ter um 2 em 1 que me satisfaça plenamente. 

Ao escrever estas linhas, lembrei-me da minha primeira máquina
 fotográfica. Uma Pentax comprada em Andorra, nos anos 80, numas férias de verão em que fomos de carro até França. Na volta, viemos por Andorra (que original!) naquela que foi, até agora, a minha única passagem por este Principado, então um verdadeiro paraíso comercial. Não faço a mínima ideia onde está esta minha primeira máquina. Às vezes tenho pena de me desfazer das coisas com tanta facilidade. Mas a verdade é que detesto  acumular tralha. Não é que tenha uma existência minimalista, tipo "viver melhor com menos", nada disso. Gosto muito de comprar coisas, mas não acumulo. Regra geral, se vem novo, sai velho, numa saudável rotatividade. Mas, de vez em quando, lá me lembro de uma qualquer velharia que desejava não ter "reciclado"...