quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Wish list

Estamos a chegar aquela altura do ano em que, a pouco e pouco, tudo começa a cheirar a Natal, apesar de por estas bandas ainda haver o Thanksgiving. O que me despertou para o tema foi um e-mail que recebi há uns dias atrás de uma das minhas cunhadas a perguntar como é que vai ser o Natal este ano. Todos os anos temos que acertar agulhas - umas vezes é a Noite de Natal em casa dos pais e o Dia de Natal em casa do sogro/cunhados. Outras vezes é ao contrário. O ideal seria alternar, para não termos que "discutir" o assunto ano após ano, mas a verdade é que vida é sempre mais complicada do que os planos teóricos e, por isso, nem sempre dá jeito alternar. 

Durante muitos anos, com os pais e os sogros a viver na mesma cidade, era fácil. Tudo acontecia, sem dramas, entre a Bencanta e os Combatentes. Mais tarde, com a ida dos pais do Rui para Lisboa, a coisa complicou-se um bocadinho. A tradição manteve-se - a noite com uns e o dia com os outros - mas as rotinas alteraram-se e lá nos habituámos a levantar cedo no dia de Natal para nos fazermos à auto-estrada. Agora que estamos do outro lado do Atlântico, tudo requer ainda mais (e melhor) planeamento, pois que o tempo se tornou num bem muito precioso. Mais uma vez, a tradição mantém-se, mas a verdade é que todos os dias (e noites) das 2 semanas de férias contam, mas já sei que por mais malabarismos que façamos, no fim, vai sempre saber a pouco. 


Claro que o assunto "Natal" trouxe, naturalmente, por arrasto o assunto "prendas". Felizmente que, neste campo, a minha lista está cada vez mais pequena. Isto de ter sobrinhos (e filhos) cada vez mais crescidos, que querem mesmo é dinheiro para depois comprarem o que quiserem, aliado ao facto de termos um espaço muito limitado dentro das nossas malas de viagem para transportar prendas, retirou bastante pressão dos meus ombros. 

Ter listas de prendas para dar aos outros mais pequenas, faz com que sobre algum tempo para pensar na minha própria lista de prendas. E como este ano, logo a seguir ao Natal, vem o meu big 50, há que aproveitar o momento. No topo da minha wish list está uma boa máquina fotográfica. Uma que seja relativamente pequena, leve, com uma boa definição e um bom zoom, que isto de só tirar fotografias com o telemóvel está a tornar-se muito redutor. Na verdade o que eu queria mesmo era um telemóvel com uma boa máquina fotográfica incorporada, mas acho que o actual estádio de desenvolvimento tecnológico ainda não permite ter um 2 em 1 que me satisfaça plenamente. 

Ao escrever estas linhas, lembrei-me da minha primeira máquina
 fotográfica. Uma Pentax comprada em Andorra, nos anos 80, numas férias de verão em que fomos de carro até França. Na volta, viemos por Andorra (que original!) naquela que foi, até agora, a minha única passagem por este Principado, então um verdadeiro paraíso comercial. Não faço a mínima ideia onde está esta minha primeira máquina. Às vezes tenho pena de me desfazer das coisas com tanta facilidade. Mas a verdade é que detesto  acumular tralha. Não é que tenha uma existência minimalista, tipo "viver melhor com menos", nada disso. Gosto muito de comprar coisas, mas não acumulo. Regra geral, se vem novo, sai velho, numa saudável rotatividade. Mas, de vez em quando, lá me lembro de uma qualquer velharia que desejava não ter "reciclado"...



1 comentário:

  1. Eu já sei que não vou poder ter férias no período do Natal.
    É a vida....
    Bjs, bfds

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