sábado, 20 de maio de 2017

Life goes on

Nos últimos tempos, tenho andado mais afastada deste meu cantinho. Tenho escrito muito menos do que gostaria. Mas muitas coisas aconteceram, algumas certamente dignas de registo, mas não tenho conseguido escapar à voragem do dia a dia, que me consome as energias e me deixa muito pouco tempo livre. Sei que falo de barriga cheia, já que tenho um horário de trabalho que me liberta relativamente cedo e vivo no local menos stressante que posso imaginar. Mas ainda assim parece que nunca tenho tempo. 

O Rui, Mafalda e Miguel, já acabaram as aulas, o que ainda me custa a acreditar. Parece que foi ontem que fui levar a Mafalda a Boston e o Miguel a Minneapolis, para começarem um dos mais intensos anos das suas vidas. E assim, num piscar de olhos (para mim, que eles ainda vivem noutro comprimento de onda), o ano lectivo acabou. Fui visitá-los muito menos do que queria, mas, lá está, o tempo não estica e, infelizmente, não dá para tudo. Agora, que começo a planear o próximo ano lectivo, fica a promessa (feita a mim própria) de ir mais vezes visitá-los. Estar com eles. Observá-los no seu espaço.

Entretanto, o Rui e a Mafalda já cruzaram o Atlântico. Enquanto que o Miguel já voltou para casa e vai lentamente retomando as velhas rotinas e o convívio com os seus amigos da High School. Tão bom ver que continuam amigos. Noto-o diferente, mais independente. Ter vivido sozinho estes últimos meses fê-lo crescer, deu-lhe confiança e determinação. Já não admite que eu lhe faça certas coisas, como se isso fosse uma ataque à sua adulthood! Deita-se tarde, dorme toda a manhã e passa a tarde deitado no sofá. Oh, férias de Verão! Como me lembro tão bem destes 3 meses de ócio! 

Por aqui é muito comum os miúdos a partir dos 16 anos arranjarem um Summer job. Assim que acabam as aulas, começam a trabalhar, num misto de ganharem algum dinheiro para si (e às vezes para a família) e de "fazerem currículo". Não é muito bem visto que se vá à procura do primeiro emprego com vinte e tal anos, sem nunca ter trabalhado antes. Por outro lado  como não há o hábito de as famílias irem de férias mais do que uma semana, o miúdos acabam por ficar em casa muito tempo, o que também incentiva a que arranjem alguma coisa para fazer. 


Mas eu costumo dizer que o trabalho deles é a escola. E se trabalharem muito e bem nos outros 9 meses do ano, merecem estes 3 meses de descanso e de "ronha". Que isto não dura sempre. Ah, pois não! Naturalmente que não tenho nada contra fazerem algumas coisas no Verão, seja voluntariado, trabalhar em part-time ou até full-time se é isso que querem, mas não é algo que eu imponha ou exija deles. Há um tempo para tudo (que ainda por cima passa tão depressa) e se tudo correr bem, irão ter muitos anos de trabalho pela frente ...


Há uns meses atrás o Miguel disse que estava a pensar arranjar um trabalho nas férias de Verão, mas a coisa acabou por não se concretizar. Pelo menos para já. Por um lado, como vai 3 semanas a Portugal em Julho, fica com o Verão cortado ao meio, o que não ajuda muito. Por outro lado, foi combinando programas com os amigos que lhe vão ocupando o tempo (neste momento está a caminho de North Carolina com 3 amigas para passar uma semaninha na praia na casa de uma delas). E por fim tem um amigo de Portugal que nos vem visitar em Junho por uma semana. Com tudo isto, lá deve ter chegado à conclusão que não teria muito tempo para trabalhar!




1 comentário:

  1. A Catarina anda a fazer uma série de entrevistas para ver o que vai fazer numa parte das férias de Verão.
    Nos últimos anos trabalhou aqui no MGM, este ano ainda não sabe.
    Boa semana

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