domingo, 4 de janeiro de 2015

Os meus companheiros de viagem

(Aeroporto de Chicago - 3 de Janeiro de 2015)


Tenho viajado muito com eles. Só com eles. Assim o tem ditado a nossa (des)organização familiar. E tem corrido muito bem. Estão crescidos e ajudam em tudo. Carregam malas com destreza; Correm quando estamos com pressa; Sabem procurar e encontrar as informações que precisamos; Sabem ocupar o tempo morto nos aeroportos e aviões; Não fazem fitas porque detestam a comida dos aviões ou porque estão exaustos e cheios de sono ou fartos de esperar. Descomplicam, conversam e riem. 

Nem tudo é perfeito, claro. Implicam um com o outro; Deitam-se sobre mim nos aviões, para dormir (ou para tentar dormir) obrigando-me a ficar entalada e sem me poder mexer mais tempo do que o desejável e que me parece sempre uma eternidade; Censuram-me sem hesitações ou complacência quando acham que não tomo a melhor decisão ou não faço as perguntas certas; Quando me irrito e barafusto com os outros por isto ou por aquilo; Quando não lhes respondo imediatamente ou não satisfaço os seus desejos. Apesar de tudo isto, são uns excelentes companheiros de viagem! 

Ainda ontem acabámos de chegar de mais uma grande viagem. Maior do que esperávamos. Quase 23 horas desde que entrámos no aeroporto de Lisboa até chegarmos ao aeroporto de Chicago. O avião de Frankfurt para NY atrasou e perdemos a ligação para Chicago. Mas ainda conseguimos vir num dos últimos voos. Chegámos exaustos e cheios de sono. Felizmente, porque íamos chegar ao fim do dia, tinha reservado um quarto no hotel que há dentro do aeroporto, para descansarmos antes da última etapa da viagem que nos traria até Urbana. E foi o melhor que fiz. Soube tão bem, mas tão bem mesmo, chegar ao aeroporto e ir directamente para o hotel! 
  
De manhã, fresquinhos que nem uma alface, fomos levantar o carro e lá partimos com destino a Urbana, com uma breve paragem no Ikea, para nos abastecermos de bens essenciais! Afinal de contas, há que começar bem o ano!

1 comentário:

  1. Os garotos são uns compinchas, uns companheiros de viagem excepcionais.
    Tenho essa experiência, repetidamente, com as minhas filhas.
    A pequerrucha, entre nós, é conhecia por survivor.
    A gaja é que carrega as coisas dela, é que vai ver as portas de embarque, as horas de embarque, pergunta o que não consegue perceber.
    Até dá gozo viajar com ela.

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