Fui uma sortuda! Quando olho para trás e revejo a minha infância e adolescência, percebo que tive a sorte imensa de ter uma mãe muito fixe. Muito presente, mas não intrometida. Tolerante e permissiva q.b. Que nos deixou viver sem impor demasiadas regras, sem manifestações de autoritarismo gratuito, com uma liberdade supervisionada! Uma mãe que nos deixava brincar na rua até anoitecer, que deixava a miudagem toda vir brincar para o nosso jardim, onde havia o único baloiço das redondezas, que não me chateava quando, em adolescente, passava tardes inteiras deitada no sofá a ler ou a ver televisão.
Uma mãe bonita, elegante, que vestia calças à boca de sino, usava sapatos de salto alto e pintava as unhas de vermelho! Uma mãe que tirou o seu curso e sempre trabalhou fora de casa, o que, por incrível que pareça hoje, não era assim tão frequente. Lembro-me bem que a maioria das mães dos meus colegas da escola primária estavam em casa.
É verdade, que em muitos aspectos ela teve a vida facilitada. Como sempre vivemos com os meus avós maternos, cabia em grande parte à minha avó, que estava em casa todo o dia, todos os dias, fazer as tarefas domésticas e também o papel de má da fita. Era ela a resmungona, a mandona, a que ralhava e nos impunha limites e dizia "não", fazendo da chegada da minha mãe a casa um dos momentos mais aguardados e desejados do dia.
Tive a sorte de ter uma mãe que, em muitos aspectos, esteve à frente do seu tempo. Uma verdadeira percursora! Há 30/40 anos atrás, quando ainda (quase) ninguém falava de nutrição, de ecologia, do ambiente, já ela sabia e punha em prática muitas das ideias que hoje damos por assentes. Comer de forma saudável, reciclar, reutilizar. Sempre o fez, não porque estava/está na moda, mas por convicção. É sempre a minha/nossa referência.
Sei que não lhe tenho facilitado a vida. Tem havido muitas despedidas, mais do que ela gostaria. Mas a seguir a uma despedida, vem sempre um regresso, e assim continuará sempre, pois a Bencanta será sempre o meu porto seguro. E é tão mais fácil seguir em frente quando sabemos que podemos sempre voltar para trás. Feliz dia da mãe para a minha mãe, para a minha irmã e para todas as minhas amigas!
Uma mãe bonita, elegante, que vestia calças à boca de sino, usava sapatos de salto alto e pintava as unhas de vermelho! Uma mãe que tirou o seu curso e sempre trabalhou fora de casa, o que, por incrível que pareça hoje, não era assim tão frequente. Lembro-me bem que a maioria das mães dos meus colegas da escola primária estavam em casa.
É verdade, que em muitos aspectos ela teve a vida facilitada. Como sempre vivemos com os meus avós maternos, cabia em grande parte à minha avó, que estava em casa todo o dia, todos os dias, fazer as tarefas domésticas e também o papel de má da fita. Era ela a resmungona, a mandona, a que ralhava e nos impunha limites e dizia "não", fazendo da chegada da minha mãe a casa um dos momentos mais aguardados e desejados do dia.
Tive a sorte de ter uma mãe que, em muitos aspectos, esteve à frente do seu tempo. Uma verdadeira percursora! Há 30/40 anos atrás, quando ainda (quase) ninguém falava de nutrição, de ecologia, do ambiente, já ela sabia e punha em prática muitas das ideias que hoje damos por assentes. Comer de forma saudável, reciclar, reutilizar. Sempre o fez, não porque estava/está na moda, mas por convicção. É sempre a minha/nossa referência.
Sei que não lhe tenho facilitado a vida. Tem havido muitas despedidas, mais do que ela gostaria. Mas a seguir a uma despedida, vem sempre um regresso, e assim continuará sempre, pois a Bencanta será sempre o meu porto seguro. E é tão mais fácil seguir em frente quando sabemos que podemos sempre voltar para trás. Feliz dia da mãe para a minha mãe, para a minha irmã e para todas as minhas amigas!
Conheço muito bem aquelas três caras lindas.
ResponderEliminarE o tempo e a distância não pagam essa memórias.
Aqui também se comemorou o Dia da Mãe ontem.
Beijinhos às três caras lindas
É tão bom ter uma mãe querida!!
ResponderEliminar