sábado, 16 de maio de 2015

Movie update - o que vi e revi nos últimos tempos

Os últimos tempos têm sido cinematograficamente ricos e diversificados. Na última sessão das nossas movie nights, há já umas boas semanas atrás, (re)vimos O Veredicto, com o Paul Newman (1982). E na próxima semana, se tudo correr como planeado, vamos (re)ver 2001 - Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick (1968). Filmes antigos, que não via há muitos, muitos anos. Tantos, que podia fazer esta conta em décadas. Qualquer um deles dispensa apresentações, pelo que me resta dizer que tem sido muito bom este regresso ao passado. E sem que o tivéssemos combinado, tem sido isso que temos feito nas nossas movie nights. Rever filmes antigos que, o passar do tempo, não ofusca, nem desactualiza (agora, ando com vontade de rever Os Amigos de Alex, que me faz sempre, sempre, lembrar o meu amigo J).




Infelizmente, as nossas movie nights estão prestes a ser suspensas por 3 meses, já que a maior parte deste pessoal é professor universitário e, como tal, só volta a estar disponível a partir de meados de Agosto. Não têm 3 meses de férias (dizem eles...), mas aproveitam o Verão para ir trabalhar (ou não) para outras paragens. E é vê-los partir, uns agora, outros mais tarde, incluindo o meu excelentíssimo marido que foi o primeiro a ir, claro! 

Na televisão, o acaso levou-me a ver Silver Linings Playbook (não sei o nome em português). Estava com o Miguel a fazer zapping pelo Netflix e fomos atraídos pelo elenco - Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert de Niro. E gostei tanto do filme! Uma história cheia de pormenores e personagens deliciosos, um excelente conjunto de actores, e uma banda sonora que foi a cereja no topo do bolo. Tenho ouvido "Girl from the North Country" em repeat! Pat (Bradley Cooper), acabado de sair de uma instituição psiquiátrica e ainda em recuperação, volta para casa dos pais e vive obcecado em reconquistar a ex-mulher. Acaba por se cruzar com Tiffany, uma jovem viúva, com um lado negro e meio maluco, que (obviamente) acaba por o salvar (logo ela!) das suas obsessões e desequilíbrios. À sua volta, gira o pai (Robert de Niro) um viciado no jogo e nas apostas desportivas e o seu amigo de longa data; a mãe, uma mulher sábia, perspicaz e discreta, o pilar de normalidade no ambiente disfuncional da casa; e Danny, amigo que Pat conheceu no hospital em que ambos estavam internados. Muito bom. Se alguma vez ao fazerem zapping, se cruzarem com ele, parem imediatamente e carreguem no Play!




Ainda na televisão, revimos Argo, o filme de e com o Ben Affleck, que conta a história (baseada em factos reais) do resgate de 6 funcionários da embaixada americana no Irão, que aquando da sua invasão em 1979 por apoiantes da revolução iraniana, conseguiram fugir e refugiar-se na embaixada do Canadá, em Teerão (os restantes 66 funcionários da embaixada estiveram reféns durante 444 dias). Para levar a efeito o resgate, um funcionário do CIA conseguiu entrar no Irão, fingindo ser um produtor de cinema de Hollywood, em busca do cenário ideal para o seu próximo filme de ficção científica, e sair do país a bordo de um avião da SwissAir com os 6 americanos, que com passaportes falsos (emitidos pelas autoridades Canadianas) fingiram fazer parte da equipa de produção. Esta história mirabolante foi mantida secreta durante 18 anos, para proteger os interesss diplomáticos canadianos.  



No cinema, o último filme que vimos foi While we were young, um filme engraçado, que conta a historia de um casal quarentão (Ben Stiller e Naomi Watts), nova-iorquino, bem sucedido, sem filhos, aparentemente com nada de que se queixar, mas que quando conhecem e se tornam amigos de um casal mais jovem e alternativo, começam a questionar a sua própria vida (way of life), e tudo aquilo que, com a idade, foram deixando de fazer. E é com uma pontinha de constrangimento que nós, quarentões (quase cinquentões) assistimos à sua tentativa, ingénua e claramente tardia, de mudar de vida e refazer as suas prioridades. O enredo propriamente dito não é brilhante e, quase no final, tem um twist que não se percebe muito bem, mas, tudo ponderado, foram 2 horas bem passadas.


1 comentário:

  1. Os Amigos de Alex marcaram um tempo, algumas gerações (a que viveu aquele época e a que viu o filme nos anos 80).
    Uma banda sonora que ainda hoje me faz companhia.
    Boa semana

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