sexta-feira, 31 de julho de 2015

12 anos

Quando soube que estava grávida da Matilde, desemboquei num turbilhão de emoções que, às vezes, quando olho para ela, ainda recordo. A minha primeira reação foi de pânico. E agora? Tinha acabado de receber uma proposta de trabalho, que no dia seguinte recusei. Teríamos que mudar de casa, que o nosso T3 de Miraflores, de repente, tornou-se (aos meus olhos) minúsculo. Já tínhamos 2 filhos. Um casalinho. Quase ninguém tem mais de 2 filhos, pensei. E o dinheiro, meu Deus, onde é que vamos ter dinheiro para pagar a casa grande que teríamos que comprar e manter os miúdos no colégio e a empregada, que ainda por cima tinha jurado, quando o Miguel, aos 3 anos foi para o colégio, que nunca mais trataria de um bebé. 

Depois do pânico inicial, que me revisitou ocasionalmente durante toda a gravidez, acalmei e desfrutei o momento. A verdade é que sempre quisera ter 3 filhos e se não fosse naquela altura, dificilmente seria, pois que me aproximava perigosamente dos 40. Não foi uma gravidez totalmente planeada, mas também não foi um acidente. Se acontecesse, acontecia.

Felizmente, aconteceu! Hoje não consigo imaginar a minha vida sem esta miúda querida, simpática, carinhosa, atenciosa, serena e bem disposta. A minha maior e melhor companheira. Gosta (ainda gosta!) de ir comigo para todo o lado. Percebe logo se estou triste ou incomodada com alguma coisa, e desfaz-se em atenções e carinho. (Quase) nunca vai para a cama sem me dar um beijinho e assim que acorda de manhã vai-me dizer bom dia. Foi ela que completou a familia e foi ela que me completou como mãe. Parabéns Matilde do meu coração!









terça-feira, 28 de julho de 2015

Uma escapadela ao Algarve



Fizemos uma viagem relâmpago ao Algarve que nos soube muito bem e que me permitiu fazer 3 dias de praia. Soube a pouco, mas foi melhor que nada! E agora que vivo bem no interior dos Estados Unidos (o que por vezes me deixa ligeiramente claustrofóbica), estar à beira-mar é um verdadeiro privilégio. Foram 3 dias, em 3 praias diferentes, com muitos amigos, de cá e de lá.

1º dia: Praia Maria Luísa, com a família de um amigo de sempre do Miguel. 



2º dia: Praia do Castelo (perto da Galé) com a Cecília, o Tom e a Amy.










3º dia: Praia do Garrão (perto de Vale do Lobo) com a família Ramos. 




sexta-feira, 24 de julho de 2015

Férias, família, amigos, 50 anos

Estou de férias e agora, que estou longe e que sou trabalhadora por conta de outrem, a coisa ganha todo um novo significado! Depois de uma viagem longa e cansativa, pautada por atrasos constantes, comida reles e um cansaço crescente, muito devido à minha desesperante incapacidade de dormir sentada, chegámos finalmente a Lisboa.

O primeiro voo, entre Indiannapolis e NY, fez-se bem, num avião muito pequeno, tipo casca de noz, que tremia por tudo e por nada. Fez-me lembrar a avioneta que, há muitos anos, nos levava do Funchal ao Porto Santo. Quanto à paisagem, nada a reclamar!



O segundo voo, esse sim, foi (é sempre) "barra pesada". Sonho com o dia em que possa viajar em primeira classe (talvez daqui a uns 10 ou 15 anos, quando não tivermos filhos para sustentar ...). Viajámos durante a noite, pelo que, pouco a pouco, o cansaço vai tomando conta de nós. Infelizmente, eu não consigo dormir, tenho dificuldade em encontrar uma posição confortável no pequeno espaço a que tenho direito e, desta vez, tive o azar de a minha televisão não funcionar. E já quase no final da viagem levei com o Miguel em cima, que coitado, desesperado, tentou "deitar-se" e dormir.

Quando finalmente chegámos a coisa até correu bem. O avião estacionou numa "manga", pelo que fomos poupados à habitual viagem de autocarro, as nossas malas chegaram rapidamente e, como era Domingo, não havia trânsito na 2ª circular! Fomos até casa do meu sogro, tomámos um duche rápido, que tínhamos pela frente o primeiro evento de comemoração dos 50 anos do meu excelentíssimo marido, que finalmente percebeu que a coisa é irreversível e, por isso, mais vale aproveitar e festejar. Tivemos um almoço de família, a que só faltou o meu sobrinho mais velho (que estava a trabalhar como monitor num campo de férias). Almoçámos no Darwin, o restaurante da Fundação Champalimaud, mesmo ali em cima do rio Tejo e, claro, aproveitámos para tirar umas fotos de família:





No dia seguinte, continuaram as festividades, mais uma vez junto ao Tejo, mas na outra margem, em Cacilhas, no restaurante Ponto Final, com amigos de longa data. Estava um fim de tarde espectacular, e poder ver o Sol a pôr-se sobre o rio, "atrás" da Ponte 25 de Abril, é um privilégio que nunca me canso de usufruir. Lisboa tem, de facto, uma luminosidade especial!










PS: O último grupo de fotos é da autoria de Fernanda Pratas.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Sunroom update

O antes, o depois e o agora:


(A carpete horrorosa)

(O soalho de madeira. O meu preferido, sempre)

(O tapete novo. A primeira aquisição para este espaço que espero me dê muitas alegrias!)


domingo, 12 de julho de 2015

Chicago, again and again

Este fim de semana voltámos a Chicago. Eu e o Miguel. A razão principal foi visitar 2 universidades - Northwestern University e University of Chicago -  aproveitando as visitas guiadas que organizam quase diariamente nesta altura do ano (Primavera e Verão), a pensar no processo de candidatura que os miúdos têm que começar a preparar já em Setembro/Outubro. São visitas muito  promocionais (há que vender o seu produto num mercado em que há muuuuuita concorrência), mas também muito informativas. 

Na Sexta-feira fomos directamente para Evanston, uma cidadezinha que fica imediatamente a norte de Chicago, junto ao lago Michigan, onde fica a Northwestern University, que visitámos nesse mesmo dia. Gostámos muito da Universidade (tamanho médio, campus moderno, uma enorme oferta de cursos e actividades extra-curriculares) e também da cidade, pequena mas diversificada, junto ao lago, o que lhe dá um ar de cidade balnear. 

Depois da visita, fomos até à Downtown Chicago, que fica a cerca de meia-hora de distância, se não houver trânsito ... Desta vez, fomos visitar o Navy Peer, uma zona descontraída, muito animada, de onde partem os barcos que fazem os passeios turísticos no lago. Não fizemos nada de especial. Andámos a pé, sentámos-nos junto ao lago a ver os barcos e comemos um gelado. Mas foi muito bom. 













No Sábado de manhã fomos visitar a University of Chicago, que fica em Hyde Park, na zona Sul de Chicago, onde vivia (e ainda tem casa) Barak Obama, que foi Professor na Law School da University of Chicago, até ser eleito Senador em 2004.  Hyde Park é um oásis dentro daquela que é considerada a zona mais problemática de Chicago (South Chicago), em termos de criminalidade, mas quem visita o campus não sente qualquer insegurança. A Universidade é uma das melhores nos USA, com uma enorme oferta na área das Liberal Arts. Tem um campus grande e urbano, com uma arquitectura mais clássica e mais integrado na comunidade em que está inserido. Gostei das visitas, principalmente da Northwestern University, mas suspeito que o futuro próximo do Miguel não vai passar por Chicago ...

Já fui muitas vezes a Chicago, mas esta foi a primeira vez em que fui só com o Miguel e foi muito bom. Eu já estou naquela fase em que olho para ele e só penso que falta muito pouco para ele abrir asas e voar e por isso sorvo cada momento com ele, às vezes de uma maneira demasiado lamechas para o gosto dele! 

Foi também a primeira vez que conduzi na cidade, o que quase me deixou à beira de um ataque de nervos! Até agora ou fui de comboio, ou o Rui conduziu ou deixámos o carro num dos estacionamentos da periferia da cidade e andámos de transportes públicos. Mas desta vez não dava. As 2 universidades ficam bastante distantes uma da outra e teríamos perdido demasiado tempo nas deslocações. Confesso que quando dei por mim no meio da cidade, rodeada por milhares de carros (era sexta-feira à hora do almoço) senti os meus níveis de stress a subir vertiginosamente, mas correu tudo muito bem. Abençoados telefones inteligentes, com GPS, e abençoado o meu co-piloto que se portou muito bem! 

Como ficámos instalados em Evanston, num hotel junto à Northwestern University, fizemos 4 vezes a North Lake Shore Drive, uma auto-estrada ao longo do Lago Michigan, com uma paisagem de cortar a respiração. Sei que esta Chicago não representa o todo, um todo que não é nada cor-de-rosa, ou não fosse Chicago a cidade mais violenta dos Estados Unidos, mas esta é a Chicago que me atrai uma e outra vez e que me faz ter sempre muita vontade de voltar.







quinta-feira, 9 de julho de 2015

Sunday brunch

Se há coisa que me dá prazer é degustar um bom brunch ao Domingo, na versão "substituto do almoço" e não propriamente uma "combinação de pequeno-almoço e almoço", que eu acordo muito cedo e não consigo ficar horas à espera para comer ... No Domingo passado fui com o Miguel experimentar mais um na downtown Champaign, num restaurante chamado Radio Maria, e aproveitei para tirar umas fotos. Segundo o Miguel, parecia uma turista, mas que eu saiba não é preciso viajar para tirar fotografias, certo? É por estas e por outras que tenho tão poucas fotos de Coimbra e de Lisboa. Mas esqueci-me de fotografar o brunch propriamente dito. Deve ter sido porque, quando finalmente veio, toda a minha atenção e energia estavam concentradas em devorá-lo e quando me lembrei da fotografia já era tarde demais...

(A aproveitar o tempo enquanto espera pela comida. E assim não tem que conversar com a mãe!)

(Esplanada de um bar - Blind Pig - que ao fim do dia costuma ser bastante frequentada)

(Um pequeno jardim na zona dos restaurantes)

(Vista geral de uma downtown não muito interessante ...)

terça-feira, 7 de julho de 2015

Miss my girls! E os Açores também ...


Esta foto foi tirada em Agosto de 2010, na Ilha Terceira, nos Açores, numa viagem memorável com os melhores amigos do mundo! Há muito que está na minha pasta das fotos especiais, mas ao olhar para ela, apeteceu-me abrir o baú das memórias açorianas e eis o que encontrei (e isto e só uma amostra muuuuuuito pequena do meu acervo fotográfico!):







E que saudades deste azul e verde, muito difícil de encontrar nesta combinação tão perfeita.



domingo, 5 de julho de 2015

4th of July, ou como estes tipos não brincam em serviço

É um facto por demais conhecido que os Americanos são um povo muito patriótico. Adoram pensar que vivem no melhor país do mundo. Veneram a bandeira e o hino nacional, que exibem e cantam com orgulho e emoção. E por isso adoram celebrar o 4 de Julho! E fazem-no em grande, claro. Umas semanas antes as lojas são inundadas de red, white and blue, e há de tudo e para todos os gostos. Desde roupa e todo o tipo de adereços pessoais, até à mais variada tralha para decorar a casa e o jardim, e o carro e o que mais houver.

E, claro, não podem faltar as paradas e o fogo de artifício. A música e os churrascos. No ano passado, confesso, fugi de tudo isto e refugiei-me em casa de uns amigos que viviam longe da confusão, mas este ano resolvi dar uma espreitadela, até porque a parada de Urbana passa a 100 metros da minha casa. E lá fui, e lá apanhei a seca do costume. Definitivamente, não fui feita para ir ver paradas e cortejos. E esta pareceu-me especialmente pobre e desinteressante. Mas, enfim, deve ser problema meu, que o resto do pessoal até parecia estar a divertir-se ...


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Mas o dia acabou bem. Os nossos amigos Cecília, Tom e a baby Amy, vieram jantar connosco e comemos uma grande bacalhoada!