Lisboa é linda. A luz, o rio, as pontes, os miradouros, a calçada, as ruas estreitas que serpenteiam as colinas, a zona ribeirinha, o casario dos bairros típicos. Mas Lisboa está feia. O trânsito é caótico, o ar poluído, os passeios estão sujos ou ocupados com carros.
Durante meses, leio artigos de jornais e revistas, em blogues e nas redes sociais, que falam de listas e rankings que a põem na lista das mais bonitas, charmosas e atractivas. Ouço falar dos restaurantes, lojas e mercados espectaculares que vão abrindo e que fazem as delícias de todos. Dos espectáculos e festivais que enchem o Verão. Parece a cidade mais interessante, moderna e cosmopolita da Europa.
Depois, chego cá, e o que vejo é uma cidade invadida por carros, que a entopem e poluem. Passeios cheios de piriscas e montes de lixo à volta dos contentores. Construções degradadas e entaipadas, outras novas, mas que a descaracterizam. Muitos pedintes e arrumadores de carros, e vendedores ambulantes de chinesices, que nos interrompem o passo e os pensamentos, num contacto que não pedimos e que não desejamos.
No meu primeiro dia em Lisboa, fui passear ao Chiado. As ruas estavam cheias de gente, iluminadas, a cheirar a castanhas assadas. Desci a Rua Garrett até às Galerias do Chiado, a aproveitar ao máximo cada passada. Montras natalícias, gente gira, muitos turistas. Mas mesmo ali, no coração da cidade, há carros demais a circular, numa competição desenfreada com os peões pelo domínio das ruas e vielas. No regresso a casa, subimos a Avenida da Liberdade de carro. Pouco mais de um kilómetro, que demorou mais de meia-hora, num pára-arranca que me deixou enjoada e irritada. E o cenário repete-se, onde quer que se vá.
Dois dias depois, na véspera de Natal, comprei o Expresso e o primeiro artigo que li foi a habitual crónica da Clara Ferreira Alves na revista. Sobre Lisboa. E confesso que me revi na descrição crua e revoltada que faz da cidade e do gigantesco, e aparentemente insolúvel, problema de trânsito, que a vai consumindo e dominando. Infelizmente, ao contrário de muitos (a acreditar nos relatos cor-de-rosa que leio por aí), eu não consigo gozar tudo o que esta cidade tem para oferecer, se para lá chegar tiver que perder horas em filas de trânsito, a cheirar gasolina queimada.
Lisboa é linda, mas está feia. Ainda assim, é sempre bom voltar!
No meu primeiro dia em Lisboa, fui passear ao Chiado. As ruas estavam cheias de gente, iluminadas, a cheirar a castanhas assadas. Desci a Rua Garrett até às Galerias do Chiado, a aproveitar ao máximo cada passada. Montras natalícias, gente gira, muitos turistas. Mas mesmo ali, no coração da cidade, há carros demais a circular, numa competição desenfreada com os peões pelo domínio das ruas e vielas. No regresso a casa, subimos a Avenida da Liberdade de carro. Pouco mais de um kilómetro, que demorou mais de meia-hora, num pára-arranca que me deixou enjoada e irritada. E o cenário repete-se, onde quer que se vá.
Dois dias depois, na véspera de Natal, comprei o Expresso e o primeiro artigo que li foi a habitual crónica da Clara Ferreira Alves na revista. Sobre Lisboa. E confesso que me revi na descrição crua e revoltada que faz da cidade e do gigantesco, e aparentemente insolúvel, problema de trânsito, que a vai consumindo e dominando. Infelizmente, ao contrário de muitos (a acreditar nos relatos cor-de-rosa que leio por aí), eu não consigo gozar tudo o que esta cidade tem para oferecer, se para lá chegar tiver que perder horas em filas de trânsito, a cheirar gasolina queimada.
Lisboa é linda, mas está feia. Ainda assim, é sempre bom voltar!
Esse flagelo do trânsito não é um exclusivo de Lisboa.
ResponderEliminarE tens razão - dá cabo dos nervos!!
Boa semana