segunda-feira, 11 de abril de 2016

O jantar

Desde que existimos como família que (regra geral) esta é a única refeição do dia em que nos sentamos todos à mesa, ao mesmo tempo. Parece pouco. Num mundo ideal partilharíamos mais refeições com os nossos, mas na verdade, sempre que olho à minha volta, fico com a sensação que fazemos mais do que muitas famílias, seja porque não é possível ou conveniente, seja porque simplesmente não o valorizam ou cultivam.

Desde a nossa primeira casa que todos têm o seu lugar específico à mesa, que não muda, excepto por motivo de força maior, como seja termos convidados para jantar. Nas 3 últimas casas - Restelo, Vermont Ave e Delaware Ave - porque já todos eram suficientemente crescidos para terem voto na matéria, a escolha do lugar à mesa foi activamente discutida e até negociada pelos meus filhos, cientes da importância da decisão!


Regra geral, os nossos jantares são animados e barulhentos, ou não houvessem aqui várias costelas "Pratas Jorge", como gosta de dizer o meu excelentíssimo marido! Seja futebol, política, economia ou simplesmente o dia a dia de cada um, há sempre motivo para conversa. Na verdade, muitas vezes, são animados demais, a roçar a discussão acesa, normalmente entre o Rui e a Mafalda, cujas opiniões e temperamentos fortes,  os levam ao limite e ao confronto com demasiada facilidade. 


Não há televisão na nossa sala de jantar, nem sequer ângulo para ver a que está na sala de estar. E não são permitidos computadores, ipads ou telemóveis à mesa, apesar de estarem todos à mão de semear e serem muitas vezes permitidas consultas para esclarecer um qualquer facto objecto de uma das discussões acesas acima mencionadas! É que às vezes mais vale ir rapidamente ao Goggle, do que deixar os ânimos aquecer demasiado!

Em breve também esta rotina de nos sentarmos os 5 à mesa a jantar vai ficar reservada a datas ou celebrações especiais, por isso a quis aqui congelar para memória futura (isto numa altura em que não nos sentamos todos juntos há vários dias).



1 comentário:

  1. Também já falta pouco para essa rotina (que não é muito cumprida, diga-se em abono da verdade) ser alterada.
    Não podemos fazer parar o tempo e fazer com que parem de crescer.

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