Agora sim, aqui fica um pequeno relato da minha semaninha de férias em Portugal, em pleno mês de Janeiro. Fui sozinha, o que (aqui entre nós) faz toda a diferença em termos de liberdade de movimentos. Sem ter que me preocupar em conciliar desejos, gostos e agendas de mais ninguém, consegui maximizar o tempo e fazer (quase) tudo o que planeei! E soube muito bem!
Lisboa
O ponto de chegada e o de partida é sempre Lisboa, claro, o que me permite passar sempre 3 ou 4 dias na capital, onde revejo família e amigos, visito os meus sítios do costume e dou uma vista de olhos pelas novidades. Desta vez fiquei em Telheiras, em casa de uma das minhas cunhadas, mesmo ao pé de uma estação do Metro, o que calhou muito bem pois estava sem carro. Assim que cheguei fui matar saudades da minha filhota mais velha, com quem me cruzei um dia em Lisboa, já que no dia seguinte ela rumava a Boston para começar o segundo semestre. Já não a via desde finais de Novembro, quando ela foi a Urbana passar o Thanksgiving. E tive um cheirinho do que é a sua vida quando está em Lisboa, com o namorado. Estas mini férias não podiam ter começado melhor! No dia seguinte de manhã, levei-a ao aeroporto e depois rumei à estação do Oriente onde apanhei o comboio até Coimbra.
Quando regressei a Lisboa, já no final da semana, visitei o meu antigo escritório (sempre uma incrível viagem no tempo), passeei pelo Chiado (lindo) e pelo renovadíssimo Saldanha e dei um saltinho às Amoreiras, onde já não ia há muito, muito tempo. E conheci o Time Out Market, no Mercado da Ribeira, um food court gigante, com uma oferta gastronómica muito interessante, num ambiente muito giro e descontraído (e barulhento). Foi aí que almocei e jantei com amigos e pus a conversa em dia com algumas das pessoas com quem tenho mais prazer em estar e conversar. Infelizmente o tempo não dá para tudo e desta vez não consegui passear à beira rio, nem conhecer o MAAT. Fica para a próxima!
Lisbon by night - Rossio
Metro - uma galeria de arte aberta a todos
Once upon a time ...
Coimbra
Chegada a Coimbra, há que fazer um shift de 180º. Ali tudo gira em torno da família e dos amigos-família. Passei muito tempo com os meus pais, muito carentes de mimo e atenção da filha mais velha, e com os meus sobrinhos. Passeei pela baixa da cidade num dia cinzento e chuvoso, que me deixou com um misto de tristeza e nostalgia. Que saudade dos tempos em que a cidade se vivia na baixa. Tantas horas que lá passei! E estive com os meus amigos de sempre, numa experiência que é sempre meia bipolar - ora "parece que nada mudou", ora pergunto "mas que raio se passa aqui?". A distância não mata, mas amolece e é preciso remar com força contra a maré, que há coisas boas de mais para se perderem. Festejámos os meus 51 anos, sem a pompa e circunstância que os 50 mereceram, mas ainda assim com muito mimo. Fomos ao Itália, no Parque da Cidade, o que já é uma tradição.
E depois regressei a casa. Calhou ser no fim de semana em que esteve em vigor a Travel Ban do Trump, pelo que no terminal internacional de Chicago havia manifestações de apoio aos emigrantes e refugiados, e advogados a oferecer os seus serviços gratuitos aos que tivessem problemas em entrar no país por causa da ordem executiva, numa mobilização reconfortante, que talvez seja forte o suficiente para resistir à merda que por aqui vai e à que ainda está para vir. Fingers crossed!
Trump vai criar grandes problemas a muita gente.
ResponderEliminarMas também não vai ter um minuto de sossego o grande fdp!!
Boa semana