quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Os últimos dias do ano

Uns dias em Lisboa, com amigos e parte da família. Que luz e que sol!


(Fomos à Portugália, mesmo ali à beira Tejo, ao lado do Padrão dos Descobrimentos. 
O Miguel estava com desejos de comer 1 bitoque e eu de ver o rio)

 (Os primos na noite de Natal em casa do avô João)


Depois, uns dias em Coimbra. Mais amigos e o resto da família. 


(Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, com o Sol quase a esconder-se)


(O rio Mondego)

(Amigas)

(Os primos em casa dos avós na Bencanta)

Faltam poucas horas para o ano acabar. Vão ser passadas com os amigos de sempre em Cernache. Afinal de contas, em equipa que ganha não se mexe! Um bom ano para todos!


quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Uma chegada pouco auspiciosa

Depois de uma viagem muito looooonga, que nos trouxe de Urbana-Champaign até Lisboa, com passagem por Chicago e Viena, e que durou cerca de 18 horas, há lá coisa melhor do que sair do aeroporto e desembocar na 2ª circular em dia de jogo do Benfica e compras de Natal no Colombo? 

Pois foi o que nos aconteceu e que me ía deixando à beira de um ataque de nervos, que só não se consumou porque a minha mente estava demasiado ocupada a tentar controlar o gigantesco enjoo que o constante pára-arranca e frenéticas mudanças de faixa de rodagem, numa tentativa vã de fintar o caos instalado à nossa frente, me provocou.

Mas pronto, já lá vai. Depois da tempestade, veio a bonança e agora é só mesmo aproveitar a família e os amigos, o sol maravilhoso de Lisboa e as iguarias com que nos têm presenteado, que infelizmente ainda não incluíram um belo de um polvo à lagareiro, com que sonho acordada. Literalmente!

Para todos, um Bom Natal e um Próspero (que palavra horrorosa) Ano Novo!  



sábado, 20 de dezembro de 2014

Talvez um dia

Eu seja uma daquelas pessoas que ainda o mês de Dezembro vem longe e já têm todas as prendas de Natal compradas! Desconfio sempre que é mentira e apetece-me logo dar-lhes um murro no nariz. Mas normalmente, fico-me pelo sorriso amarelo e uma exclamação qualquer que demonstra a minha (falsa) admiração.

Ou uma daquelas pessoas que um belo dia decidem ir ao centro comercial mais próximo e, cheias de imaginação e inspiração, compram as prendas todas de uma assentada, como se fosse o exercício mais banal do mundo. 

Ou ainda uma daquelas que decide comprar tudo online ou, pura e simplesmente, não comprar prendas a ninguém, e dá o dinheiro a uma qualquer instituição de apoio social.

Tudo estádios da evolução humana a que ainda não cheguei. Eu tenho que pensar muito e demoradamente sobre o assunto, tenho que fazer listas, tenho que me deslocar a várias lojas, uma em cada ponta da cidade, muitas vezes para chegar à brilhante conclusão de que a minha ideia genial final não o era. 

Neste momento, a umas horas de entrar no primeiro avião de regresso a Portugal, já só desejo conseguir comprar a prenda que me falta (a última é sempre a mais difícil) no aeroporto de Viena, onde vamos fazer escala!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Dezembro

O mês de Dezembro arrasa-me! Esta semana, para além da preparação para as férias de Natal, que implicam uma viagem transatlântica da família inteira, está recheada de eventos.  No meu trabalho, na escola da Matilde e com amigos. Winter Arts Festival, Cookie exchange, Movie night, Glogg time, festejos e despedidas. Pequenos-almoços, almoços e jantares. Muitas trocas de prendinhas, que é preciso primeiro comprar e embrulhar. E as prendas de Natal para comprar. 

E isto é só o começo. Tenho a certeza que as próximas 2 semanas, em Portugal, serão ainda mais intensas. Estaremos uns dias em Lisboa, antes do Natal e depois em Coimbra, entre o Natal e o Ano Novo. Tenho que arranjar um calendário especial, só para estes dias. Que a idade pesa e a memória já me atraiçoa! Pode ser que assim não me esqueça de nada, nem de ninguém, não sobreponha eventos e consiga manter a minha sanidade mental!

Dá para perceber que esta época festiva me deixa demasiado stressada? 






domingo, 14 de dezembro de 2014

Houston

Já fui e já voltei. Passaram a correr os meus 3 dias em Houston. Foi bom. Trabalhei sem ter a sensação de que estava a trabalhar. Arejei e descansei das rotinas do dia a dia. Comecei a ler um livro que estava, intocável, há vários meses em cima da minha mesinha de cabeceira. Pus em dia os episódios de uma das minhas séries preferidas de sempre: The Newsroom, que infelizmente está a acabar (o último episódio de sempre será emitido hoje à noite). 

Nem tudo correu da melhor maneira possível. Os dias de viagem foram cansativos. Na ida, estivemos quase 6 horas no aeroporto de Chicago, sendo que 2 delas foi à espera do piloto do avião que ... não apareceu. Na volta, um dos nossos voos foi cancelado, o que obrigou a uma mudança de rota, que atrasou o nosso regresso a casa. Aquele atraso que chateia mesmo!

Não fiquei a conhecer Houston, na verdade quase não saí do hotel em que estava instalada e onde decorria a conferência. Mas fiquei a conhecer melhor os meus companheiros de viagem, pessoas com quem nos últimos meses me cruzei inúmeras vezes no trabalho, mas de quem sabia muito pouco. É sempre uma incógnita e um desafio este convívio "forçado" com pessoas até então quase desconhecidas. Se tivermos sorte, podem-se criar cumplicidades duradouras. Mas isso só o tempo o dirá.

Neste caso, correu bem. A maioria das pessoas revelaram-se  muito fixes! Passámos horas à conversa no bar do hotel, um espaço muito agradável e que se tornou no nosso ponto de encontro. Infelizmente, há sempre uma ovelha negra, neste caso uma colega que deve ter fobia de grupos e que passou o tempo todo a evitar o resto do pessoal! Como é que é possível, num contexto que claramente propicia o convívio, jantar todos os dias sózinha no quarto? Enfim ...

 (Estávamos em plena downtown)

 (Numa daquelas torres enormes)

 (O Bar)

(Holly, Evan and Stephanie - a ovelha negra não ficou na foto!)

E cá por casa parece que também correu tudo bem. A minha ausência não provocou nenhuma hecatombe. Afinal, parece que não sou insubstituível!

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Um Sábado robótico!

Todos os anos, no primeiro semestre, a escola da Matilde oferece robótica como actividade extra-curricular. No ano passado, achámos melhor ela não participar, tendo em conta que (quase) toda a sua energia era canalizada para a aprendizagem do inglês. E a última coisa que ela precisava era de mais uma fonte de esforço e stress. Este ano, ultrapassada que está a barreira da língua, quis participar e anda toda entusiasma.

É uma actividade exigente e intensa, que decorre tendo em vista a participação numa competição, que começa por ser local. Depois, para um conjunto menor de equipas, será estadual e, finalmente, para um conjunto ainda menor, será nacional. A competição tem várias vertentes, sendo que a mais interessante é, obviamente, a que envolve robótica propriamente dita. Cada equipa tem que construir um robot e programá-lo para fazer uma série de tarefas predeterminadas.

No fim de semana passado foi a competição local - aquela que reúne as equipas de Urbana-Champaign. Centenas de miúdos, muitas equipas (cerca de 30), e um programa intenso. A equipa da escola da Matilde era composta por 8 miúdas - a única equipa exclusivamente feminina! A maioria das equipas era mista, mas com predominância de rapazes, e algumas, em menor número, eram exclusivamente masculinas. Provavelmente não será ainda esta a geração que vai quebrar com o domínio masculino (pelo menos em quantidade) nas áreas da engenharia e tecnologias ...

A equipa da Matilde arrasou! Ficou muito bem classificada e avançou para a competição a nível estadual, que será em Janeiro. Way to go, girls!





sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Sinais da minha (aparente) americanização # 4

Comer sem usar a faca!

É verdade, os americanos (a grande maioria dos americanos) não comem com faca e garfo. Muitos nem sequer sabem como pegar na faca (com a mão direita) e garfo (com a mão esquerda) - ou vice-versa para os canhotos - como nós o fazemos. No início da refeição, se for preciso, pegam na faca e cortam tudo o que há para cortar no prato e depois poisam a faca e comem só com o garfo!  

2 ou 3 dias atrás, tive um almoço de trabalho, pedi um risotto (que estava delicioso) e quando dei por ela, no final da refeição, nem sequer tinha sujado a faca! Em casa os miúdos refilam. Não gostam que eu o faça. Para o Miguel (o Patriótico) é quase como se estivesse a renunciar a uma parte da minha portugalidade!!!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Este post não é sobre Sócrates

Muito se tem escrito sobre um artigo do João Miguel Tavares que saiu no Público (27/11/2914), em que basicamente este defendeu que tem o direito de presumir que Sócrates é culpado, com base no que leu, nos indícios, na sua experiência e na sua memória. E que tem o direito de o escrever.

Eu não iria tão longe, mas num ponto importante concordo com ele. Uma coisa são as instituições judiciais e outra é o espaço mediático. Os jornais não são os tribunais e os jornalistas não são juízes. E, portanto, as regras que se aplicam a uns e os princípios pelos quais se regem, não são (não podem ser e não devem ser) os mesmos. 

Mal estaríamos se os jornalistas, comentadores e fazedores de opinião tivessem que esperar pela "verdade" judicial para poder informar ou falar sobre determinado caso ou suspeito. Bem podíamos esperar sentados. E mal estaríamos se a investigação jornalística tivesse que passar pelo mesmo crivo da judicial. E com isto não estou a defender que na comunicação social e no espaço público em geral vale tudo. Estou apenas a dizer que os timings, as fontes, o tipo de provas e a ponderação dos indícios de uma investigação jornalística ou de uma coluna/texto de opinião, são necessariamente diferentes das exigências a que têm que obedecer os agentes judiciais.

Sempre que rebenta um escândalo, há uma enorme tendência para diabolizar os jornalistas e a comunicação social. E, pior ainda, para "meter tudo no mesmo saco". Há jornalismo sensacionalista, é verdade, que se instala à porta do tribunal ou do estabelecimento prisional e, à falta de notícias (a maior parte do tempo não acontece nada), vão discorrendo   banalidades, se não mesmo disparates e mostrando as mesmas imagens até à exaustão. 

Mas há muito mais. Na verdade, nos dias que correm, entre os meios tradicionais de comunicação, os blogues e as redes sociais, a quantidade e diversidade de informação e opinião é brutal. E é assim que deve ser. Se alguns se ficam pela manchete do Correio da Manhã ou pelos soundbytes da SIC ou da TVi, paciência. Cada um é livre de consumir a informação que quiser.  Mas não concordo com análises redutoras do que é a comunicação social e não concordo com a visão paternalista de quem acha que o leitor/ouvinte/telespectador não sabe separar o trigo do joio e filtrar a (des)informação com que é bombardeado.

Posto isto, recomendo a quem ainda não o fez, que veja o último Governo Sombra, inteiramente dedicado ao caso Sócrates. Uma prova de que boa informação pode vir nos mais variados formatos!