quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Natal 2015

A Ceia de Natal foi em Lisboa com os Loja Fernandes. Não faltou o tradicional bacalhau com batatas e couves, e os doces de Natal - sonhos, filhoses e bolo rei. Mas o que chegou, viu e venceu foi o bolo de chocolate da Mafalda, que estava delicioso! Houve muitas prendas, conversas e brincadeiras. Foi uma boa Noite de Natal!






O Dia de Natal foi em Coimbra com os Pratas Jorge. Perna de perú recheada e mais doces de Natal, e bolo de bolacha e mousse de chocolate. Foram precisos vários dias e muita força de vontade para acabar com todos os restos! Mais prendas e muitas surpresas, entre elas um mega trampolim para os meus sobrinhos ginastas!






sábado, 26 de dezembro de 2015

Lisboa

Lisboa é linda. A luz, o rio, as pontes, os miradouros, a calçada, as ruas estreitas que serpenteiam as colinas, a zona ribeirinha, o casario dos bairros típicos. Mas Lisboa está feia. O trânsito é caótico, o ar poluído, os passeios estão sujos ou ocupados com carros.

Durante meses, leio artigos de jornais e revistas, em blogues e nas redes sociais, que falam de listas e rankings que a põem na lista das mais bonitas, charmosas e atractivas. Ouço falar dos restaurantes, lojas e mercados espectaculares que vão abrindo e que fazem as delícias de todos. Dos espectáculos e festivais que enchem o Verão. Parece a cidade mais interessante, moderna e cosmopolita da Europa. 

Depois, chego cá, e o que vejo é uma cidade invadida por carros, que a entopem e poluem. Passeios cheios de piriscas e montes de lixo à volta dos contentores. Construções degradadas e entaipadas, outras novas, mas que a descaracterizam. Muitos pedintes e arrumadores de carros, e vendedores ambulantes de chinesices, que nos interrompem o passo e os pensamentos, num contacto que não pedimos e que não desejamos.

No meu primeiro dia em Lisboa, fui passear ao Chiado. As ruas estavam cheias de gente, iluminadas, a cheirar a castanhas assadas. Desci a Rua Garrett até às Galerias do Chiado, a aproveitar ao máximo cada passada. Montras natalícias, gente gira, muitos turistas. Mas mesmo ali, no coração da cidade, há carros demais a circular, numa competição desenfreada com os peões pelo domínio das ruas e vielas. No regresso a casa, subimos a Avenida da Liberdade de carro. Pouco mais de um kilómetro, que demorou mais de meia-hora, num pára-arranca que me deixou enjoada e irritada. E o cenário repete-se, onde quer que se vá. 


Dois dias depois, na véspera de Natal, comprei o Expresso e o primeiro artigo que li foi a habitual crónica da Clara Ferreira Alves na revista. Sobre Lisboa. E confesso que me revi na descrição crua e revoltada que faz da cidade e do gigantesco, e aparentemente insolúvel, problema de trânsito, que a vai consumindo e dominando. Infelizmente, ao contrário de muitos (a acreditar nos relatos cor-de-rosa que leio por aí), eu não consigo gozar tudo o que   esta cidade tem para oferecer, se para lá chegar tiver que perder horas em filas de trânsito, a cheirar gasolina queimada.

Lisboa é linda, mas está feia. Ainda assim, é sempre bom voltar!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Wish list # 3

Também na minha lista de prendas está este bule, lindo, da Anna Westerlund. Não é para usar, que não sou pessoa de beber chá. É mesmo como peça decorativa. Acho que bem acondicionado, sobrevive a uma viagem transatlântica! As jarras e as taças também são lindas. É só mais uma ideia... 



(http://annawesterlund.com)

domingo, 20 de dezembro de 2015

Já cheguei

A minha sogra costumava contar que, quando os filhos eram adolescentes, e saiam à noite com os amigos, ela não conseguia dormir enquanto eles não estivessem de volta a casa.  Ia para a cama, mas ficava acordada, de certeza a pensar nas mil e uma coisas que podiam correr mal. Eu, agora mãe de um adolescente, confesso que quando ele sai à noite, eu faço a minha vidinha normal, o que inclui ir para a cama quando tenho sono e dormir. 

Mas depois, quando acordava a meio da noite, pensava logo se ele já teria chegado a casa. Ou se lhe teria acontecido alguma coisa. E ficava a matutar naquilo até que me levantava e ía espreitar, para ter a certeza que ele estava de volta à sua caminha. Até que combinámos que quando ele chega a casa me manda uma mensagem, que normalmente não me acorda, mas fica à minha espera, na mesa de cabeceira. Não custa nada. Basta um "já cheguei", para que, no momento certo, eu tranquilamente me vire para o outro lado!


E, entretanto, falta muito pouco para que o "já cheguei" tenho todo um outro significado. Já estamos no aeroporto internacional de Chicago. Aqui vamos nós outra vez. Até já!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Wish list # 2

Não é por falta de ideias ou de desejos que ainda não voltei à minha wish list para este Natal/Aniversário. É mesmo falta de tempo... Como aqui contei, no topo da minha lista, está uma nova máquina fotográfica. Tirar fotos com o telefone é super prático e conveniente mas a qualidade ainda deixa muito a desejar. Logo a seguir, e porque adoro carteiras e nunca é demais ter mais uma, vem esta que é linda, linda:



Cuyana Cinch Bag


Também há em preta. São da Cuyana (http://www.cuyana.com/cinch-shoulder-bag-black.html). Custam só $250.00!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Estudar ao som dos Beatles!

Tem sido uma constante nesta casa, desde que o Miguel começou a estudar Física com o seu amigo Carl! Desde o ano passado que fazem grandes maratonas de estudo, normalmente ao Domingo à tarde, ora aqui em casa, ora em casa do Carl, e às vezes no Café Benne. Quase sempre ao som dos Beatles! Uma descoberta para o Miguel e uma re-descoberta para mim, que há muito não ouvia Let it Be, Hey Jude, Hello, Goodbye e tantos outros clássicos. E se primeiro era só quando estudava Física com o Carl, agora é constantemente. As músicas ficaram-lhe no ouvido e agora é vê-lo a cantar pela casa quando menos se espera. Definitivamente, podia dar-lhe para pior, muito pior! 






segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Sinal de casa cheia




Hábito estranho este de nos descalçarmos à entrada, quer seja da nossa casa, quer seja das casas que visitamos, especialmente neste último caso. Primeiro estranha-se e depois entranha-se. Primeiro sentimo-nos desconfortáveis, "despidos". Com o passar do tempo, começa a fazer parte da rotina e já nem notamos. E a verdade é que é muito mais higiénico.

No Sábado passado tivemos jantarada cá em casa, com os amigos do costume. Uma espécie de jantar antecipado de Natal. Multicultural para agradar a todos. Houve bacalhau com batatas, e guacamole, e uma espécie de paelha vegetariana, e doces tradicionais suecos e brigadeiros. Muita conversa, boa música e no fim um "Bom Natal e Feliz Ano Novo" que provavelmente só nos voltamos a encontrar em 2016 (ou, se calhar, não que ainda falta uma semana...).

(A foto é de má qualidade, e eu fiquei escondida, mas é o que há!)

domingo, 6 de dezembro de 2015

O complexo mundo das candidaturas à Universidade

Nos últimos tempos, a Mafalda e o Miguel têm passado muito tempo à volta das suas candidaturas à Universidade. Ao contrário do que acontece em Portugal, aqui nos Estados Unidos não há uma candidatura única e centralizada. Os alunos escolhem as Universidades a que se querem candidatar e têm que preparar, apresentar e pagar as candidaturas individualmente. É normal enviar entre 5 a 10 candidaturas, mas há quem envie 15 ou 20 (ou mais). É tudo feito online, claro, o que facilita enormemente o processo, mas ainda assim dá muito trabalho. Para cada Universidade há que preencher os vários formulários com todo o tipo de informação sobre o aluno, mas o que dá mesmo trabalho são os personal statements que quase todas pedem e que são específicos para cada uma. 

Nas melhores universidades, aquelas que todos ao anos recebem milhares de candidaturas, o personal statement é especialmente importante. É uma das coisas que separa o trigo do joio. Todas elas fazem uma triagem inicial, essencialmente, com base nas notas da escola secundária e do exame nacional. Quem consegue passar esta primeira fase (e são muitos os que conseguem, porque estamos num país com mais de 300 milhões de habitantes e que, para além disso, recebe milhares de candidaturas de todos os cantos do mundo), é depois sujeito a uma avaliação holistica, que leva em consideração tudo aquilo que os números não conseguem escrutinar: personal statementcartas de recomendação, prémios e menções honrosas, actividades extra-curriculares, voluntariado, e por aí fora. 

Felizmente os prazos de entrega das candidaturas variam de Universidade para Universidade, normalmente entre Novembro e Janeiro, o que permite apresentar várias sem perder a sanidade mental, mas há sempre momentos de stress, que deixam as famílias há beira de um ataque de nervos! O Miguel já entregou 3, e planeia entregar mais 3 ou 4. Felizmente é organizado, o que lhe permite gerir as coisas com níveis controlados de stress.  Até agora nunca deixou nenhuma para o último dia! A Mafalda é o oposto. Também já enviou 3 ou 4, de um conjunto cujo número total ignoro. Todas no último dia. É uma perfeccionista que acha sempre que o que escreveu pode ser melhorado. Eu estou sempre à espera que aconteça alguma coisa que a impeça de enviar as coisas dentro do prazo. Ela confia sempre que a tecnologia não vai falhar nos momentos cruciais!

E depois de carregar no "Submit" é esperar. No caso do Miguel, só lá para Fevereiro ou Março se sabem os resultados. E depois, tem até ao dia 1 de Maio para comunicar às Universidades que o admitiram, se aceita ou não a oferta. Este é o único prazo único em todo este processo. Nenhuma universidade pode exigir aos alunos que tomem uma decisão antes do dia 1 de Maio. Para que a escolha seja o menos condicionada possível. No caso da Mafalda, ainda não percebi bem qual é a cronologia, pois a selecção para os programas de Doutoramento é menos standardizada. Neste momento, só quero mesmo é que despachem as candidaturas. Depois, logo se vê.