Este país pode ter muitos defeitos, que os tem, mas regra geral as coisas funcionam bem, quer no sector privado, quer no público. Não há grandes burocracias, as pessoas e os serviços são eficientes. Nem tudo é perfeito, claro (por exemplo o sector bancário deixa muito a desejar, comparado com o Europeu) mas não temos grandes razões de queixa. Até que precisámos de fazer uma procuração para mandar para Portugal...
Ora, nos Estados Unidos não há notários, pelo que tivemos que recorrer aos Serviços Consulares Portugueses, e descobrimos que há um Cônsul Honorário em Chicago. Contactei-o por email, e depois de vários emails trocados, ele marcou um dia e hora para irmos ao seu escritório fazer a procuração. "Meti" o dia de férias (sempre achei muito esquisito dizer-se "meter férias") e rumámos a Chicago. Chegámos cedo, pelo que ainda deu para dar uma volta e almoçar, e há hora marcada lá estávamos no escritório do Cônsul. Ou melhor, lá estávamos na recepção do prédio onde o Cônsul tem o seu escritório, uma daquelas torres gigantes na downtown. E a recepção foi a única coisa que vimos, mesmo. O nosso nome não estava na portaria (o que nos devia logo ter posto de sobreaviso ...) pelo que não nos deixaram subir. A recepcionista telefonou "lá para cima" e parece que a nossa marcação não estava na agenda do Cônsul. Esperámos 1 hora na portaria, sempre a tentar contactá-lo por telefone (e a deixar mensagens progressivamente menos simpáticas na caixa de mensagens), mas o dito nem sequer se dignou a falar connosco, pelo que voltámos para casa sem a procuração e com uma carga de nervos em cima. Perdi um dia de férias, fizemos 400 quilómetros de carro, mas o pior de tudo é esta sensação de irresponsabilidade e falta de respeito que nos deixa mesmo frustrados.
Vínhamos na viagem de regresso a casa quando recebemos um telefonema do Cônsul. Estava claramente pouco satisfeito com as mensagens que lhe deixámos no telefone e ainda tentou justificar-se, mas lá acabou por pedir desculpa, apesar de ainda ter tentado culpar a secretária (sem razão, diga-se, que a marcação foi feita directamente por ele). No final do telefonema disponibilizou-se para fazer nova marcação, mas a minha resposta foi imediata: Não, obrigada!
Vínhamos na viagem de regresso a casa quando recebemos um telefonema do Cônsul. Estava claramente pouco satisfeito com as mensagens que lhe deixámos no telefone e ainda tentou justificar-se, mas lá acabou por pedir desculpa, apesar de ainda ter tentado culpar a secretária (sem razão, diga-se, que a marcação foi feita directamente por ele). No final do telefonema disponibilizou-se para fazer nova marcação, mas a minha resposta foi imediata: Não, obrigada!
O Consulado aqui funcionou muito mal.
ResponderEliminarMuito mal mesmo, a ponto de as pessoas terem que lá passar a noite para tirar uma ...senha.
A chegada deste Cônsul virou tudo do avesso.
O mesmo Cônsul que já se sabe estar de partida.
Tenham medo, tenham muito medo.