terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Uma grande família

Enquanto crescia não tive uma família grande. A minha mãe é filha única. O meu pai tem 2 irmãos, mas a irmã mais velha casou-se com um brasileiro e viveu toda a sua vida em São Paulo. Só veio a Portugal 2 vezes e nunca sequer conheci as suas filhas. Cresci, por isso, com um tio e uma tia e 2 primos, para além dos pais, irmã e avós, claro. Mas tinha pena de não ter uma família maior. Daquelas com muitos tios e primos, que em datas festivas se reúnem à volta da mesa. Com muita comida e muito barulho. 

Outro dos meus lamentos de infância, era não ir passar as férias grandes a casa dos avós. Sempre vivi com os meus avós maternos e os paternos viviam a 3 Km de distância, nas Casas Novas. Visitava-os todos os Domingos, mas nunca fiquei a dormir em casa deles. Agora que penso no assunto, é um bocado estranho. Mas foi assim.

Felizmente, os meus filhos têm uma família bem maior, e apesar das distâncias, bastante presente. E todos os Verões da sua infância foram para Coimbra, para casa dos avós, onde ficavam uma boa parte das férias. Espero que tenham ficado com muitas e boas recordações da Bencanta, dos Combatentes e da Quinta! Estou a falar no passado, mas a verdade é que ainda hoje passam uma grande parte do Verão na Bencanta. E gostam muito. Sempre gostaram. São uns felizardos, mas provavelmente ainda não se aperceberam disso. Há coisas que só em retrospetiva se percebem.

E depois, têm (temos) a sorte de ter esta outra grande família. A dos amigos de sempre. Que foram chegando e ficando, e com o passar dos anos e a partilha de muitos momentos, se tornaram nisso mesmo - na nossa outra grande família. Teria sido bom saber, quando estava a crescer, que um dia iria ter uma grande família!


(Os Pratas Jorge)

(Os Fernandes)


(Os compadres)

1 comentário:

  1. Falta aí o compadre de Macau.
    Mas, ainda que fisicamente ausente, estará sempre presente.
    Abreijos

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