terça-feira, 31 de março de 2015

Washington D.C. - Diário de uma viagem

Dia 1

Uma manhã chuvosa levou-nos ao Smithsonian National Air and Space Museum. O maior e o mais visitado de todos os Smithsonian. Eu já lá tinha ido, há muitos anos atrás, mas foi novidade para o Rui e para os miúdos. Durante umas horas, mergulhámos nos mistérios do espaço, na história da aviação e voltámos atrás no tempo, há guerra fria e à famosa corrida pela conquista do espaço entre Russos e Americanos. 


Depois do almoço, fomos brindados com uma tarde soalheira, pelo que aproveitámos para descer parte da National Mall, a ex libris de Washington. Num dos topos está o Capitólio e no outro o Lincoln Memorial. Ao longo dos enormes jardins, encontramos os vários Smithsonian Museums e os famosos Memoriais. O Smithsonian é um complexo que integra 19 museus, 17 dos quais estão em Washington D.C. e destes, 11 estão na National Mall. Uma das coisas que distingue estes Museus de quase todos os outros é que a entrada é gratuita, para todos, todos os dias do ano, o que numa família de 5 faz toda a diferença!

Foi um passeio muito agradável, por locais que fazem parte do meu imaginário. O meu preferido é, sem dúvida, o Lincoln Memorial. O que mexeu mais comigo foi o Memorial à Guerra do Vietname. Um muro negro, com os nomes de todos os que morreram na guerra. São muitos nomes, muitas mortes, a lembrar-nos a imbecilidade da guerra e a estupidez da raça humana. 

(George Washington Memorial) 

(World War II Memorial) 

(Lincoln Memorial) 

(Vietnam War Memorial)

Dia 2

Neste segundo dia, dividimos-nos. A Mafalda e o Miguel foram ao Museu do Holocausto, enquanto que nós fomos com a Matilde ao Museu de História Natural (mais um Smithsonian). O Museu do Holocausto não é aconselhável a menores de 12 anos e apesar de a Matilde já ter quase 12, achámos que não tem ainda maturidade suficiente para ser confrontada com a brutalidade que foi o Holocausto. E pela descrição da Mafalda e do Miguel, que gostaram muito, acho que fizemos bem. Em contrapartida, o Museu de História Natural é excelente para a idade dela. Muito educativo, com muita informação, muito bem organizada e apelativa.   

A seguir, fomos a pé até ao Capitólio e ao Supreme Court, esta instituição impar do sistema judicial americano, que me fascina desde os meus tempos de estudante em Minneapolis.  Ao final da tarde, encontrámos-nos todos em frente à White House e fomos jantar a casa de uns amigos, o Daniel e a Christine, que deixaram Urbana-Champaign, em Janeiro, rumo a Washington, onde agora vivem. 



 (O Capitólio, em obras)

(Supreme Court) 

(White House)


Dia 3 - último dia

Para o último dia, estava guardada a grande revelação desta viagem. Por sugestão da Christine, fomos ao Newseum, um Museu relativamente recente, sobre os meios de comunicação social, o jornalismo e a liberdade de imprensa. É fascinante rever a História através dos media - da morte do Lincoln até aos protestos deste Verão em Ferguson, passando pelas guerras do Século XX, a Grande Depressão, o Civil Rights Movement, a queda do Muro de Berlim, o 11 de Setembro e por aí fora. Muito bom. 
   
(À entrada do Museu, o texto do First Amendment

(Capas de jornais no dia seguinte ao 11 de Setembro) 


(Fotografias de jornalistas mortos no exercício da profissão)

O bom jornalismo fascina-me. Infelizmente, é muitas vezes ofuscado pelo mau jornalismo. Como em muitas outras profissões, paga o justo pelo pecador.


(Redacção do Washington Post nos tempos do escândalo de Watergate) 

(Christiane Amanpour, jornalista de guerra da CNN) 

(Ted Koppel - apresentador do Nightline, um programa de informação que esteve no ar de 1980 a 2005)

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