terça-feira, 28 de abril de 2015

Sorte de principiante

Por aqui, o mês de Março é conhecido por March Madness, por causa da fase final do campeonato de Basketball das Universidades. Ao todo são 64 equipas que, organizadas em 4 grupos, disputam um lugar na grande final. São muitos jogos, muito emotivos, num curto espaço de tempo. Durante 4 semanas não se fala de outra coisa, toda a gente tem a sua equipa preferida e são famosos os "campeonatos de apostas" que ocorrem um pouco por todo o lado.  

Um dos meus colegas, organizou um no meu trabalho. Quem queria participar preenchia o seu "bracket" e pagava 5 dólares. No final, quem fizesse mais pontos, ganhava todo o dinheiro apostado (95 dólares). Second place is for losers

Apostar na equipa vencedora em cada um dos 63 jogos é uma tarefa quase impossível. Mas eu lá preenchi o meu "bracket", com a preciosa ajuda do senhor meu marido, que sempre percebe mais qualquer coisita do assunto e me deu alguns palpites! E não é que ganhei! (Devia dizer ganhámos, mas não digo!). Não acertei todos os jogos, nem pouco mais ou menos. Nem sequer apostei na equipa que acabou por ganhar (ninguém apostou!). Mas fui a que acertei em mais jogos e a equipa em que apostei para ganhar o campeonato foi à final. 

Há mais ou menos 2 semanas recebi um envelope com os 95 dólares das apostas. E até este fim de semana, o dinheiro lá esteve dentro do envelope, numa gaveta da escrivaninha. Queria comprar alguma coisa não consumível. Que ficasse para a (minha) História. Para mais tarde recordar! E, assim, no Sábado passado, comprei uma pequena escultura, feita em ferro, de um homem a tocar saxofone. Fair trade. Made in Burkina Faso. Não tem nada a ver com basketball, mas gostei muito dela assim que a vi!



sábado, 25 de abril de 2015

Uma foto deste dia em 1974



Francisco Sousa Tavares, do alto de uma guarita e através de um megafone, foi o primeiro político a falar à população que no Largo do Carmo,  acompanhando as operações militares comandadas por Salgueiro Maia, aguardava  a rendição de Marcello Caetano.
(Centro de Documentação 25 de Abril)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Demasiado pragmática?

Há uns dias li um post num blog que falava de uma nova iorquina que, farta de todas as manhãs ter de pensar e decidir o que vestir para o trabalho, resolveu arranjar uma "farda". Comprou meia dúzia de calças pretas e 15 camisas brancas (diferentes entre si) e eis que ficou com o problema resolvido. Perguntam-lhe frequentemente se não está farta de vestir sempre a mesma coisa. Às vezes, até lhe perguntam se pertence a alguma seita, que lhe impõe aquela maneira de vestir. A verdade é que, já lá vão 3 anos, e ainda não se fartou.  

Confesso que fiquei a magicar nesta ideia. Sofro um bocado do mesmo problema. Decidir o que vou vestir não é, para mim, uma daquelas coisas que sai naturalmente. Não tenho muitas restrições, mas 4 dias por semana sou suposta vestir de forma minimamente formal. Muitas vezes de manhã, quando o tempo escasseia, dou por mim a vestir uma coisa, olhar-me de alto a baixo, não gostar, despir e ficar a olhar para o roupeiro, como se me tivesse dado uma branca. Normalmente, nesses dias, qualquer coisa que venha a escolher não me deixa particularmente feliz. 

E, por isso, adoptei parte da ideia. Gosto muito de calças pretas. Combinam com tudo e permitem uma grande liberdade na escolha da "parte de cima" e dos adereços que mais uso (echarpes e fios/colares). Tinha 2 pares, que uso muito frequentemente para ir trabalhar. Um dos pares comprei recentemente e gosto mesmo muito delas, pelo que decidi comprar mais 2 pares iguais. A partir de agora e até me fartar, calça preta é a minha "farda". Não será todos os dias, que tenho outra roupa que posso usar (como aconteceu hoje), mas será sempre que a indecisão ameace a minha paz matinal. Ou seja, quase todos os dias ...

sábado, 18 de abril de 2015

Nada voltará a ser como dantes

O próximo ano vai ser em grande por estas bandas e depois disso nada voltará a ser como dantes. É uma afirmação bombástica, eu sei, mas verão que não estou a exagerar. Se tudo correr bem e como planeado, no próximo ano, a Mafalda terminará a Universidade, o Miguel terminará a High School e a Matilde terminará a Middle School. É o que faz ter filhos (mais ou menos) de 4 em 4 anos! E por estas bandas já se começa a pensar nos planos para o futuro próximo.

A Matilde, muito provavelmente, irá para a escola do Miguel, a Urbana High School. Vai ser uma mudança muito grande para ela. De uma escola pequenina e só de meninas, para uma escola grande e muito heterogénea. Só espero que se integre tão bem como o Miguel. Como, em boa parte, o sucesso inicial do Miguel se deveu ao futebol, que lhe permitiu conhecer rapidamente uma série de miúdos e dar-lhe a sensação de pertença a um grupo, tão importante nesta idade, tenho tentado que a Matilde se interesse por um desporto de grupo, que possa continuar a praticar na escola. E o escolhido por ela (sem saber destes meus ulteriores motivos) foi o vólei. Começou por ter na escola, mas como a época é muito curta (cerca de 2/3 meses), tem praticado num clube. Para já, só para aprender, a competição virá mais tarde, se ela quiser continuar. 

A Mafalda quer ir para a Graduate School, fazer o Mestrado e depois o Doutoramento. Mais uma académica na família! Acho que é um bom plano, que encaixa perfeitamente na sua maneira de ser e nos seus interesses. Sei que gostaria de ir para uma universidade de topo americana, mas não afasta outros cenários, por aqui ou noutro ponto do planeta. Uma coisa é certa, Urbana-Champaign não faz parte dos seus planos para o futuro próximo. As candidaturas essas terão que começar a ser preparadas daqui a meia dúzia de meses, logo a seguir ao Verão. Sei que ela já tem uma ideia de quais as Universidades a que se quer candidatar, mas para já (e como sempre) tal informação ainda está no segredo dos deuses!

Deixei o Miguel para o fim, pois com ele as coisas estão um bocadinho mais indefinidas. O Miguel ainda não sabe o que quer estudar, nem onde. Vai com toda a certeza candidatar-se à University of Illinois, e com as notas que está a ter não deve ter problemas em entrar, mas como está a ter muito boas notas (na escola e no exame nacional que já fez), talvez consiga voar mais alto. O problema é escolher a que Universidades se vai candidatar, pois as opções são muitas e muito diversificadas, sendo certo que algumas, pelas propinas milionárias que praticam, estão naturalmente fora do nosso alcance, ainda que não do dele. E tem que rapidamente começar a pensar nisso, pois também ele terá que começar a preparar as candidaturas logo a seguir ao Verão. E mesmo que opte por ficar aqui em Urbana-Champaign, se calhar vai querer sair de casa e ir para um dormitório, como é habitual por estas bandas quando se vai para a Universidade.

Isto significa que, no final do próximo ano lectivo, podemos ficar reduzidos a 3 cá em casa! Pela minha parte, começo a sentir alguma ansiedade relativamente a todas estas (ou outras) mudanças. O melhor mesmo é aproveitar o presente, e o resto logo se vê. Vai na volta sai tudo ao contrário e os meus filhos vão ser daqueles que ficam em casa dos pais até aos 30!


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Que saudades eu já tenho do Ivan!

O Ivan esteve connosco 2 semanas e, na segunda, resolveu meter mãos à obra e mostrar o que vale na cozinha. E vale muito e isso é meio caminho andado para conquistar a minha amizade eterna. Isso, e o facto de ser um gajo muito porreiro, vá! Começou por fazer um churrasco. Fácil para ele, que não deve haver brasileiro que não saiba assar carne! 





E a partir daí foi sempre a subir. Dois dias depois fez uma lasanha, que estava deliciosa. Fez molho de tomate, em vez de molho branco e usou queijo mozarella de búfalo. A intercalar com as camadas de massa, pôs umas camadas de corgette cortada em fatias longitudinais e previamente alouradas num bocadinho de azeite. Segundo ele, a lasagna fica mais leve. Eu diria que esta lasanha de leve não tinha nada. Mas um dia não são dias, e havia mesmo era que aproveitar a iguaria!



Por fim, fez um dos meus pratos preferidos. Risotto de espinafres e queijo. E eu observei-o com muita atenção. E apontei tudo. E um dia destes exprimento fazer. É uma excelente opção de prato vegetariano, o que por aqui é sempre bom ter na manga.


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Um fim de semana on the road!

Foram quase 1.000 Km! Fomos a Indianapolis e a Chicago. No Domingo à noite estava estoirada e a precisar desesperadamente que o fim de semana tivesse mais um dia para descansar!

A Matilde anda na dança jazz. Uma vez por semana, nada de muito intensivo. Este ano a professora decidiu que iriam participar numa competição. Era voluntário e encarado como uma learning experience. A Matilde, claro, ficou logo numa excitação e só descansou quando lhe disse que podia participar. E, no Sábado, lá fomos nós até Indianapolis. 

Quando lá chegámos, por volta das 3 da tarde, era como se tivesse entrado num filme/série para adolescentes! A competição já tinha começado. O anfiteatro estava cheio de pais, havia miúdas (e alguns, poucos, miúdos) por todo o lado, sempre em grupinhos, nos seus trajes de competição e todas maquilhadas. O apresentador falava alto e muito rapidamente (parecia que tinha engolido uma cassette).  No palco sucediam-se as apresentações, a um ritmo acelerado e com a música sempre aos berros. Quando as apresentações acabaram, os miúdos foram todos para o palco, receber os prémios. O grupo da Matilde ganhou um prémio (na verdade, acho que todos ganharam qualquer coisa), o bastante para saírem de lá todas contentes. Eram quase 10 da noite quando iniciámos a viagem de regresso a casa.



(A classe da Matilde com a professora)

No Domingo, fomos a Chicago levar o Ivan ao aeroporto. Saímos ao fim da manhã e voltámos já depois do jantar. Aproveitei para dar um saltinho ao Ikea e ainda fomos a um outlet que ele queria comprar umas coisas para levar. Até um dia destes, Ivan. Foi bom ter-te por cá!


(On the road to Chicago)

quarta-feira, 8 de abril de 2015

E por falar em big city

Temos tido cá em casa o Ivan, colega do Rui e nosso amigo há vários anos. O Ivan foi o primeiro aluno de doutoramento do Rui. É brasileiro, carioca, mas a viver em São Paulo. Um revolucionário convicto, daqueles que protesta, que vai a manifestações, que luta contra a sociedade capitalista. A sua última batalha foi pela gratuitidade dos transportes públicos em São Paulo! 

Quando, depois de terminar o Doutoramento, regressou ao Brasil, foi viver com a mulher para São Paulo, uma mega cidade com mais de 11 milhões de habitantes.  Segundo a Wikipédia, é a cidade mais populosa do Brasil, do continente americano, da lusofonia e de todos o hemisfério Sul. Alugou um apartamento mesmo no centro da cidade, no 27º andar do famoso edifício Copan, um dos maiores e mais emblemáticos edifícios da cidade, projectado por Oscar Niemeyer nos anos 50.



O edifício Copan é um monstro em betão (não em altura, mas em extensão e volume). Tem 35 andares, uma grande zona comercial e mais de 1000 apartamentos, onde vivem cerca de 5000 pessoas. É uma cidade, dentro da cidade. Mesmo em frente, há uma discoteca, cujo horário de funcionamento diário é das 4 da manhã ao meio-dia. O Ivan contou que quando saía cedo para trabalhar, por volta das 8 da manhã, ainda sempre gente à porta, à espera para entrar! Viveram lá vários anos, até que, no ano passado, vencidos pelo cansaço, se mudaram para uma zona um pouco mais calma da cidade. A idade não perdoa! 

Acho que não gostaria de viver numa destas mega cidades, mas tenho muita vontade de visitar São Paulo, uma cidade que, segundo dizem, tem uma diversidade e uma riqueza cultural fascinante. E o convite está feito. Me espera, Ivan! 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Big City vs. Small City

Quando estivemos em Washington D.C. ficámos num hotel mesmo no centro da cidade, no bairro de Foggy Bottom, um dos mais antigos bairros da cidade, ao pé da George Washington University, de vários edifícios do governo federal, do Kennedy Center for The Performing Arts. A menos de 1 quarteirão do edifício Watergate (que se tornou famoso pelas piores razões). Saíamos do hotel, andávamos uns metros e tínhamos vários cafés, bares e restaurantes, o metro, supermercados. Por uns dias, voltei a viver numa cidade grande. Com trânsito, muita gente, um burburinho permanente. E, como sempre, gostei. Gosto do ambiente cosmopolita das grandes cidades. Da diversidade, do movimento e do barulho. Fico sempre a imaginar as mil e uma coisas interessantes que se podem fazer à noite e ao fim de semana. Fico sempre a pensar que um dia voltarei.






E depois volto para Urbana-Champaign. Para a minha vida calma e tranquila. Sem trânsito e sem (grande) barulho. Com estradas largas, casas com relvados e muitas árvores. Onde as miúdos vão a pé ou de bicicleta para a escola. Onde saio de casa 5 minutos antes da minha hora de entrada no trabalho e venho a casa almoçar. Onde se conhecem e se conversa com os vizinhos. E sinto que afinal há vida para além da grande cidade. Voltarei sempre, mas será que quero mesmo ficar?


sábado, 4 de abril de 2015

Confesso que ...

Tenho alguns preconceitos em relação ao cinema português. Não vi muitos filmes realizados por portugueses e os que vi até hoje não achei particularmente bons ou interessantes.  Morreu o Manoel de Oliveira e eu nunca vi nenhum dos seus filmes. Não é coisa de que me orgulhe particularmente, mas é a mais pura das verdades. E acho que o mesmo acontece com a grande maioria dos portugueses. Todos o conhecem, poucos conhecerão a sua obra. É a ideia que tenho. Uma coisa é certa, viveu uma vida longa e produtiva, gostava do que fazia e manteve-se lúcido e activo até ao fim. Deveras invejável! 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Nós em Washington D.C.

(A caminho do Capitólio) 

(A descansar ao pé do Washington Memorial - com o alto patrocinio da Nike!)

(No Lincoln Memorial

(Sentados na escadaria do Supreme Court)

(De costas para a White House) 

 (Isto foi o mais próximo que conseguimos estar da White House!)

(Em frente ao Muro de Berlim no Newseum)

 (Ele também)

 (E mais uma)

(A última foto destas mini férias)