sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Domínio (quase) absoluto

Das universidades americanas no famoso Ranking de Shanghai, que todos os anos "mede" a qualidade das Universidades a nível mundial, tendo como critério de ordenação a prestação académica e científica das mesmas. Naturalmente, que a sua análise não é isenta de críticas, mas a verdade é que este ranking é bastante conceituado e muito divulgado. 

Este ano, à semelhança dos anos anteriores, as universidades americanas dominam. Têm 8 Universidades no Top 10 (tendo arrebatado o pódio, com Harvard, Stanford e MIT), 16 no Top 20 e 37 no Top 50. A University of Illinois at Urbana-Champaign ocupa o 28º lugar, estando em 4º entre as melhores escolas de engenharia do mundo.  

Há 3 Universidades portuguesas no Ranking, em lugares bem mais modestos. A Universidade de Lisboa (que resultou da fusão da Clássica e da Técnica) ficou entre o lugar 201-300. A Universidade do Porto entre o 301-400 e a Universidade de Coimbra entre o 401-500 (a partir do 100º lugar, o ranking não específica o lugar concreto de cada Universidade). O prognóstico do Prof. Cruz Serra, Reitor da Universidade de Lisboa, de que com a fusão, a Universidade de Lisboa passaria a ser a mais importante universidade da Península Ibérica, ainda não se verificou. A Universidade de Barcelona está à frente da UL.

Tendo trabalhado durante 7 anos numa Universidade portuguesa e estando agora a trabalhar numa Universidade nos Estados Unidos, este domínio americano não me surpreende minimamente. O financiamento público e privado que todos os anos é canalizado para as grandes Universidades é verdadeiramente avassalador. As receitas geradas pelas propinas milionárias que os alunos pagam e o financiamento que as grandes agências federais (e não só) canalizam para a investigação científica permitem um desenvolvimento das Universidades a todos os níveis.

Sinceramente, em Portugal, com o financiamento do ensino superior a diminuir dramaticamente nos últimos anos e com as restrições que a nossa lei impõe à contratação pública (de professores, de funcionários, de bens e serviços) até me surpreende que continuemos a ter boas universidades. Felizmente, há sempre pessoas que conseguem fazer omeletes sem ovos! 

1 comentário:

  1. Não há grandes mistérios.
    Investimento massivo, aposta séria no ensino, na investigação.
    O que se vê na América, vai-se vendo também nalgumas instituições académicas na Ásia (Hong Kong, Singapura, China, Coreia, Japão, Taiwan).
    Boa semana!

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