Foi o meu avô Franklin que me ensinou a andar de bicicleta nas ruas da Bencanta, que na altura quase não tinham movimento nenhum. Quer dizer, movimento tinham. Mas não era de veículos motorizados. Era mais pessoas, miúdos e graúdos. Podíamos brincar na rua sem correr grandes riscos! Caí muitas vezes, chorei, quis desistir. Mas ele insistiu e lá conseguiu que eu me equilibrasse em cima do raio da bicicleta. Esta minha primeira bicicleta ainda existe (acho eu ...), que a minha mãe não é pessoa de se desfazer de coisas (neste aspecto, felizmente, não saio a ela). A última vez que a vi estava no sótão de um dos anexos da casa dos meus pais. Pendurada e enferrujada.
A minha segunda bicicleta foi comprada em segunda mão (ou terceira, ou quarta, não sei ...) pouco tempo depois de chegar a Minneapolis. A intenção era que fosse o meu principal meio de transporte. Afinal de contas estávamos numa cidade completamente plana e muito bikers friendly. Era de aproveitar. E teve algum uso. Fui muitas vezes de casa para a Universidade a pedalar e ainda demos uns bons passeios à volta das centenas de lagos que há no Minnesota. Mas o muito frio e neve que havia no Inverno e o muito calor no Verão não eram propriamente as condições atmosféricas ideiais para a prática do ciclismo. Quando nos viemos embora, vendemos as bicicletas. Talvez ainda esteja pendurada na garagem de alguém a ganhar ferrugem ...
Há uns tempos atrás, estava o meu excelentíssimo marido a começar a desesperar sem saber o que me oferecer nos nossos 25 anos de casados, resolvi surpreendê-lo (e não é fácil ao fim de tantos anos ...). Disse-lhe que o que eu queria mesmo era uma bicicleta! E foi ver um largo sorriso de alívio a aparecer na sua cara. Eis uma prenda que lhe daria muito prazer comprar. Não só pela ideia em si, mas porque não teria nenhuma dificuldade em o fazer. Confesso que, na minha idade e condição física, não irei certamente fazer da bicicleta o meu meio de transporte diário. Sou demasiado preguiçosa. Gosto muito do meu carro! Mas já dei uns bons passeios com a Matilde aqui pelo Bairro, ao fim do dia. Temos que aproveitar as vantagens de viver no Midwest americano: linhas rectas, tudo plano, estradas largas, sem trânsito. Não há desculpas!
Há uns tempos atrás, estava o meu excelentíssimo marido a começar a desesperar sem saber o que me oferecer nos nossos 25 anos de casados, resolvi surpreendê-lo (e não é fácil ao fim de tantos anos ...). Disse-lhe que o que eu queria mesmo era uma bicicleta! E foi ver um largo sorriso de alívio a aparecer na sua cara. Eis uma prenda que lhe daria muito prazer comprar. Não só pela ideia em si, mas porque não teria nenhuma dificuldade em o fazer. Confesso que, na minha idade e condição física, não irei certamente fazer da bicicleta o meu meio de transporte diário. Sou demasiado preguiçosa. Gosto muito do meu carro! Mas já dei uns bons passeios com a Matilde aqui pelo Bairro, ao fim do dia. Temos que aproveitar as vantagens de viver no Midwest americano: linhas rectas, tudo plano, estradas largas, sem trânsito. Não há desculpas!
(A minha terceira bicicleta!)
A conselho médico, devo evitar a bicicleta.
ResponderEliminarAté no ginásio.
50 anos, uma próstata a dar problemas, dão este resultado.
Paciência...
Boa semana