Pela mão dos nossos amigos catalães, Sara e Victor, juntámo-nos a um grupo que se reúne periodicamente, em casa uns dos outros, para ver um filme. Sem periodicidade regular, mas sempre que as nossas complicadas agendas (e as complicadas agendas dos nossos filhos) o permitem, o casal (que se voluntaria para ser) anfitrião escolhe o filme. Há sempre, claro, petiscos e bebidas, com que todos generosamente contribuem, que nos vão entretendo noite dentro.
A primeira vez que fomos convidados, os anfitriões foram a Sara e o Victor e a escolha do filme ficou a cargo dele, um especialista na matéria (há muitos anos que trabalha na área do audiovisual e, em Barcelona, tinha uma empresa produtora e distribuidora de filmes). Vimos um filme que eu não conhecia, chamado Night on Earth, que conta 5 histórias, independentes entre si, que se passam na mesma noite, durante uma viagem de táxi, em 5 cidades diferentes (Los Angeles, New York, Paris, Roma e Helsínquia). Em cada história, os personagens são o/a motorista do táxi e o(s) seu(s) passageiro(s). Ficamos apenas a conhecer fragmentos da vida destas personagens. O resto, a sua vida para além daquela noite e daquela conversa, fica a cargo da nossa imaginação. A música é de Tom Waits!
No Domingo passado, foi a nossa vez. Uns dias antes começámos a pensar que filme gostaríamos de ver. Não queríamos escolher um filme muito recente que ainda estivesse fresquinho na cabeca de todos nós (ou, pelo menos, de alguns). Não queriamos um filme muito pesado e/ou violento, que a noite era para descontrair. Optámos por um filme de 2005, que na altura gostámos muito, que há algum tempo queríamos rever e que passou despercebido a muita gente - Good Night and Good Luck. Um filme do George Clooney, sobre a luta travada, nos anos 50, pela estação de televisão CBS e um punhado de jornalistas idealistas, para denunciar alguns casos e os métodos do Senador McCarthy (representado pelo próprio com recurso a gravações da época) na sua incansável luta contra os "milhares de comunistas" (e alguns homossexuais) que segundo ele apodreciam a nação americana. Esta "campanha" da CBS, liderada pelo jornalista Edward Morrow ajudou a que MacCarthy fosse alvo de um (raro) voto de censura no Senado dos USA, que foi o início do seu fim.
É um excelente filme (e uma aula de história), a preto e branco, intimista e inspirador, muito bem filmado, e que conta com a prestação de um punhado de excelentes actores, entre os quais o próprio Clooney, Robert Downey Jr., Patricia Clarkson, Jeff Daniels e David Starthairn, no papel de Ed Murrow. Modéstia à parte (que fui eu que tive a ideia), acho que foi uma excelente escolha. Nenhum dos nossos convidados o tinha visto e penso que todos gostaram de o ver! E nós gostámos de o rever!
No Domingo passado, foi a nossa vez. Uns dias antes começámos a pensar que filme gostaríamos de ver. Não queríamos escolher um filme muito recente que ainda estivesse fresquinho na cabeca de todos nós (ou, pelo menos, de alguns). Não queriamos um filme muito pesado e/ou violento, que a noite era para descontrair. Optámos por um filme de 2005, que na altura gostámos muito, que há algum tempo queríamos rever e que passou despercebido a muita gente - Good Night and Good Luck. Um filme do George Clooney, sobre a luta travada, nos anos 50, pela estação de televisão CBS e um punhado de jornalistas idealistas, para denunciar alguns casos e os métodos do Senador McCarthy (representado pelo próprio com recurso a gravações da época) na sua incansável luta contra os "milhares de comunistas" (e alguns homossexuais) que segundo ele apodreciam a nação americana. Esta "campanha" da CBS, liderada pelo jornalista Edward Morrow ajudou a que MacCarthy fosse alvo de um (raro) voto de censura no Senado dos USA, que foi o início do seu fim.
É um excelente filme (e uma aula de história), a preto e branco, intimista e inspirador, muito bem filmado, e que conta com a prestação de um punhado de excelentes actores, entre os quais o próprio Clooney, Robert Downey Jr., Patricia Clarkson, Jeff Daniels e David Starthairn, no papel de Ed Murrow. Modéstia à parte (que fui eu que tive a ideia), acho que foi uma excelente escolha. Nenhum dos nossos convidados o tinha visto e penso que todos gostaram de o ver! E nós gostámos de o rever!
Uma tertúlia muito engraçada.
ResponderEliminarNão se vê disso por aqui.
BFDS