Fui mãe pela primeira vez!
Dois dias antes, um Sábado, tínhamos ido ao
cinema ver o filme In the name of the
father, com o fabuloso Daniel Day-Lewis. Não sei se por ser um filme muito
intenso, que mexeu muito comigo, se por o som dentro da sala estar
estupidamente alto, principalmente na cena inicial em que há a explosão no pub,
a Mafalda esteve em permanente agitação, dentro da minha barriga. Eu devia ter
percebido que a sua agitação não era normal. Devíamos ter saído da sala a meio
do filme. Mas ficámos até ao fim e
na madrugada do dia seguinte, o “saco das águas” rompeu-se.
Apanhou-me(nos) de surpresa, claro. Ainda faltava um mês! Fomos para o hospital. Ligaram-me a uma máquina. Tinha algumas dores e algumas contracções. Chorei. Estava em pânico. Não era suposto nascer já! E se não estivesse preparada para vir cá para fora? As horas seguintes foram de espera. O Rui estava comigo. Ainda conseguiu ver o jogo do Super Bowl (jogo da final do campeonato de futebol americano) na televisão que tínhamos no quarto!
Apanhou-me(nos) de surpresa, claro. Ainda faltava um mês! Fomos para o hospital. Ligaram-me a uma máquina. Tinha algumas dores e algumas contracções. Chorei. Estava em pânico. Não era suposto nascer já! E se não estivesse preparada para vir cá para fora? As horas seguintes foram de espera. O Rui estava comigo. Ainda conseguiu ver o jogo do Super Bowl (jogo da final do campeonato de futebol americano) na televisão que tínhamos no quarto!
Durante a noite as dores intensificaram-se mas
eu achei que era normal. Aguentei. Fui muitas vezes à casa de banho. O Rui dormitava num sofá que havia ao lado da cama. Quando já
não aguentava mais, quando as dores se tornaram insuportáveis, chamámos uma
enfermeira. Era de madrugada. A enfermeira chamou logo outra enfermeira. Que
chamou a médica. A partir daí foi tudo muito rápido. E de uma intensidade e
magnitude que não consigo descrever. Acho, sinceramente, que só quem já viveu
esta experiência consegue perceber. A Mafalda nasceu às 6 horas da manhã.
Pequenina, pequenina! Completamente careca.
Senti um alivio tão grande quando a ouvi chorar e me disseram que estava tudo
bem! Eu estava exausta, mas feliz. E é isso que mais lhe desejo, desde esse primeiro dia, todos os dias: que seja feliz! Que se realizem todos os seus sonhos, desejos e aspirações. A fasquia está sempre lá bem no alto, onde ela a coloca. E eu/nós estamos sempre aqui. Parabéns, Mafalda!