sábado, 22 de março de 2014

Chimamanda Ngozi Adichie

É a autora do livro que mais gostei de ler nos últimos tempos, chamado Americanah. E é tão bom quando um livro, uma história, nos prende, nos arrasta para o sofá e nos leva para longe da televisão e do computador. Confesso que tenho cada vez mais dificuldade em encontrar estes livros, no meio dos milhares que existem e dos que surgem constantemente, a um ritmo que me baralha e não consigo acompanhar.

Este livro conta a história de Ifemelu e também de Obinze, dois jovens namorados nigerianos, da classe média, que descontentes com o regime opressivo do seu país, que lhes corta as asas, sonham em emigrar para os Estados Unidos. Ela consegue o almejado visto e parte para a América, ele não e acaba por ir para Inglaterra, onde vive como emigrante ilegal até ser apanhado e deportado. Entretanto, nos Estados Unidos, Ifemelu consegue ultrapassar as dificuldades iniciais, agravadas pela cor da sua pele, acabando por conseguir adaptar-se, mas sem nunca perder a visão de outsider que lhe permite analisar a sociedade americana com uma perspicácia e uma lucidez brilhantes. Vai para a Universidade, arranja um emprego, cria um blog, onde escreve sobre raça sempre na perspectiva do negro não-Americano, que tem milhares de seguidores, passa por várias relações amorosas, mas não consegue nunca sentir-se plenamente integrada, o que a faz regressar à Nigéria, muitos anos depois. De volta à terra Natal, sofre o reverse cultural shock, re-encontra Obinze e consegue finalmente o seu lugar ao Sol.

Chimamanda Ngozi Adichie é uma jovem escritora nigeriana, que (tal como Ifemelu) emigrou para os Estados Unidos para ir para a Universidade e hoje, com trinta e tal anos, e uma carreira literária de sucesso, vive entre os Estados Unidos e a Nigéria. Escreve essencialmente sobre raça, diversidade, multi-culturalidade, identidade, através de histórias e personagens que nos cativam. E dá aulas e palestras, como a conhecida Ted Talk, de 2009, intitulada The Danger of a Single Story que recomendo vivamente (e que a mim me foi dada a conhecer pela minha cunhada Daniela - Obrigada!): 


1 comentário:

  1. A última vez que isso me aconteceu foi com "O museu da Inocência", do Pamuk...

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