O sistema eleitoral americano é bastante complexo, envolvendo eleições a nível federal, estatal e local. Regra geral, começa com as eleições "primárias", onde os eleitores escolhem os candidatos que se apresentarão nas eleições gerais, que são sempre em Novembro (na 3ª feira a seguir à 1ª segunda-feira de Novembro). Normalmente, os candidatos são republicanos ou democratas, mas os americanos votam sempre em pessoas e nunca em partidos políticos.
Na semana passada, houve eleições primárias. Na 3ª feira, como sempre. A mais importante era a escolha dos candidatos republicano e democrata para Governador do Estado, mas este acto eleitoral envolveu muitas outras eleições e referendos. Houve eleições para o Senado e Câmara de Representantes federal e estatal, e para muitos outros cargos públicos, incluindo para Chefe da Polícia (Sheriff). A par das eleições, houve vários referendos locais relativos a diversas questões, principalmente propostas de subida de impostos para subsidiar determinadas despesas (quase todas chumbaram!). É incrível a quantidade de coisas sobre as quais os eleitores são chamados a pronunciar-se.
A eleição para o Cargo de Governador de Illinois recebe sempre alguma atenção a nível nacional, pelas piores razões possíveis. Nos últimos anos, vários governadores estiveram envolvidos em escândalos e o último (antes do actual) foi mesmo destituído e está preso, depois de ter sido acusado e condenado por corrupção.
Em Novembro, o actual governador, que é democrata, irá defrontar um homem de negócios republicano (Bruce Rauner), um rookie (principiante) nestas coisas da política. Trata-se de um milionário que investiu uma pequena parte da sua fortuna - cerca de 6 milhões de dólares - na sua campanha e que vai tentar tirar proveito da péssima situação financeira em que o Estado se encontra para conquistar o lugar que há mais de uma década foge aos republicanos.
Em Novembro, o actual governador, que é democrata, irá defrontar um homem de negócios republicano (Bruce Rauner), um rookie (principiante) nestas coisas da política. Trata-se de um milionário que investiu uma pequena parte da sua fortuna - cerca de 6 milhões de dólares - na sua campanha e que vai tentar tirar proveito da péssima situação financeira em que o Estado se encontra para conquistar o lugar que há mais de uma década foge aos republicanos.
Antes do dia das eleições, houve claro várias semanas de campanha eleitoral. A face mais visível da companha são os anúncios pagos na televisão e os cartazes espalhados por todo o lado. Mas não há cartazes colados nas paredes (nem um). São todos espetados nos relvados, públicos e privados, de uma forma bastante menos poluente, fácil de retirar e que permite a sua re-utilização, se o candidato venceu as primárias e se apresentar nas eleições gerais ou se, mais tarde, se re-candidatar à mesma posição!
(O relvado de uns vizinhos)
(Um relvado público)
(O relvado de uma igreja)
As campanhas fazem-se, também, porta a porta, pelos próprios candidatos e pelos seus apoiantes. Vieram 2 ou 3 bater à nossa porta, mas despacheio-os rapidamente informando-os que somos estrangeiros, não votamos. Com alguma pena, pois sempre gostei do acto de votar.
Outra forma popular de fazer campanha são os autocolantes nos carros, normalmente colados no para-choques traseiro. Já se vêm destes por aqui:
Será que é desta? Depois de um negro uma mulher? Não sei se será de mais para esta América ... Mas a verdade é que todos esperam que a Srª Clinton se candidate e apesar de a mesma ainda não ter anunciado a sua candidatura, o movimento que a apoia já conseguiu angariar vários milhões de dólares para financiar a futura campanha eleitoral. Esta gente não brinca em serviço!
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