Fui advogada durante um pouco mais de 16 anos. Se acrescentar os quase 2 anos que durou o estágio, foram 18 anos dedicados a esta profissão. Sempre a trabalhar no mesmo escritório, em Lisboa, onde tive a sorte de aterrar nos idos de 1995.
Depois de terminar o curso de Direito em Coimbra, viemos para os Estados Unidos onde fiz um mestrado em media law (direito da comunicação social). Quando regressámos, queria muito trabalhar nesta área, pelo que fui bater à porta do escritório do Francisco Teixeira da Mota, o melhor e mais experiente advogado de media law em Portugal.
Não conhecia ninguém (mais tarde verifiquei que até conhecia, mas na altura não sabia!). Não telefonei antes a marcar reunião. Apareci. Ele estava no escritório e disponível para falar comigo. Aceitou ser meu patrono. Poucos dias depois, comecei o estágio no seu escritório. Só mais tarde percebi a sorte que tive!
Foram anos muito intensos, que partilhei com um grupo de pessoas fantástico. Desses anos guardo as melhores recordações. Mas foram, também, anos muito cansativos e stressantes. Ganhei muitos cabelos brancos. Com os problemas dos clientes, com os prazos e os julgamentos. Advocacia não é profissão para cardiacos!
Nos últimos tempos, o cansaço acumulado fez crescer em mim a vontade de mudar. De fazer outra coisa em termos profissionais. Queria acima de tudo fazer alguma coisa que não envolvesse tribunais, juízes e julgamentos. A vinda para os Estados Unidos acabou por precipitar essa mudança, que espero se concretize em breve. Não será uma mudança radical, mas a mim vai-me saber a novo!
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