segunda-feira, 3 de março de 2014

Lancheiras

Durante anos e anos consegui evitá-las. Felizmente, nunca estivemos numa situação de verdadeira necessidade, e não sendo esse o caso, sempre resistimos à tentação de poupar uns trocos, pelo que os meus filhos sempre comeram comida da escola. Que era boa, eles gostavam e a mim não me dava trabalho. Saíram-nos caros aqueles almoços e lanches. Na verdade, nem sei bem quão caros, pois sempre evitei fazer as contas (nada como enfiar a cabeça na areia ...).  

Em anos recentes, vi algumas amigas optar por mandar a comida dos filhos para a escola. Quando foi preciso começar a fazer contas e a cortar nas despesas, esta era uma das primeiras opções para "ajustar" os orçamentos domésticos. Mas eu aguentei, estoicamente! À custa de outras coisas, diga-se de passagem.

Até agora! Agora não tenho como evitá-las. A escola da Matilde não tem cantina/refeitório. Todas as miúdas têm que levar a comida de casa. A escola do Miguel tem cantina/refeitório, mas a comida é tudo menos recomendável. Pelo menos para ser ingerida diariamente. E, por isso, começo agora os meus dias na cozinha, a preparar almoços e a acondicioná-los nas respectivas lancheiras. 

Felizmente, aqui o almoço é uma refeição "mais ligeira" do que em Portugal. Não é preciso ferver água para aquecer os termos, preparar a sopa e o segundo prato. Os almoços são à base de sandwiches, saladas frias, iogurtes, sumos, fruta, barras de cereais. É mais fácil. Mas, ainda assim, é uma chatice. Não gosto de começar os meus dias na cozinha à volta de comida. Mas tem que ser e o que tem que ser tem muita força!


 (Os almoços de hoje do Miguel e da Matilde)

Sem comentários:

Enviar um comentário