Nem sei por onde começar. Sinto-me soterrada em informação. Já preenchi muitos formulários, já fiz muitas sessões de
orientação. É (quase) tudo on-line.
É muito prático, mas confesso que às vezes tenho saudades dos velhos
tempos em que estas coisas envolviam pessoas, papel e caneta! Até porque
aqui as pessoas que atendem o público, não interessa se é num organismo
oficial ou um espaço comercial, são sempre simpáticas (às vezes
exageradamente simpáticas, atrevo-me a dizer). Ou seja, não corria o
risco de ter que lidar com aquelas pessoas que parece que estão a fazer o
maior frete da sua vida em nos atender e ajudar, apesar de esse ser
precisamente o seu trabalho ...
Mas como estava a dizer, é (quase) tudo on-line, o que me tem obrigado a aceder a dezenas de sites, fazer logins e inventar passwords. Um stress se atendermos à minha incapacidade crónica para, assim de repente, arranjar mais uma password, que ainda por cima tem que obedecer a uma série de requisitos de segurança!
Ainda não comecei a trabalhar, verdadeiramente. Estes primeiros dias têm sido de aprendizagem, feita essencialmente através de conversas e observação. Deixam-me assistir a reuniões. Mostram-me como os procedimentos e os processos estão organizados. No primeiro dia fizeram-me um tour pelo departamento. Fui apresentada a dezenas de pessoas. Acho que não decorei o nome de quase ninguém! Mas já deu para perceber que as pessoas são bastante simpáticas e o ambiente é relativamente informal, apesar de ser um departamento bastante hierarquizado.
Já tenho um gabinete. Só para mim. Simpático, apesar de não ter luz natural. Um dia talvez consiga passar para um dos gabinetes do outro lado do corredor. Aqueles que dão para a rua e têm janelas enormes! Durante o dia as portas estão sempre abertas, excepto se houver reuniões em curso. Vemos as pessoas a circular. Às vezes espreitam e fazem um pouco de conversa.
Haverá, espero, uma coisa que não me causará stress! O trânsito. Demoro entre 6 a 8 minutos, de carro, de casa para o trabalho. Depende da quantidade de semáforos vermelhos que apanhar pelo caminho. Sempre que quiser posso, perfeitamente, almoçar em casa. Privilégios de viver numa pequena cidade!
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